De um marco histórico em Indianápolis ao desenrolar do escândalo na Stock Car, passando por uma F1 que parece ser mais interessante, 2016 tem bastante coisa que pode ser curiosa ou divertida

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Mais um ano que começa, e a temporada do automobilismo e do motociclismo internacional faz suas promessas de que coisas interessantes estão pela frente. Até mesmo a F1, modorrenta por boa parte dos últimos dois anos, terminou a pré-temporada deixando alguns rastros de curiosidade. Seja pelos estudos para a introdução da nova proteção de cabeça ou pelo novo formato de classificação ou pelas equipes que buscam criar e reformar sua história, elementos curiosos entraram na jogada em 2016.

Pelos lados do motociclismo, o mundo quer ver como Valentino Rossi, Marc Márquez e Jorge Lorenzo vão reagir uma vez que a temporada ainda começa envolta na confusão generalizada do ano passado. WEC e Stock Car também trazem suas interrogações, bem como a criação da primeira categoria da história com carros guiados por inteligência artificial. Mas o maior destaque do automobilismo em 2016 só pode ser um: a mais histórica das marcas alcançáveis por uma corrida.

10 – A nova Audi

 

A Audi desenvolveu um novo carro para carregar a bandeira R18 e-tron quatro. Depois de dois anos batida por Toyota e Porsche, respectivamente, a marca das três pontas resolveu ampliar a tecnologia de sua máquina para algo mais parecido com o que as rivais colocaram nas pistas do calendário do WEC. Serão 6MJ e baterias de íon-lítio, por exemplo. Ir mais longe na tecnologia híbrida, no entanto, pode custar em termos de confiabilidade. É essa a maior preocupação dos pilotos entrando no ano. Mesmo o chefe da equipe, Wolfang Ulrich, falava antes dos testes em Sebring no mês passado sobre a necessidade de conhecer melhor cada parte do carro. O caminho vai ser longo, especialmente contra o 919 Hybrid campeão da Porsche, mas os olhos certamente estão na Audi.

A nova Audi vem para brigar com Porsche pelo título do WEC (Audi)

9 – O desenrolar de uma temporada da Stock Car que parte da lama

Uma mensagem vazada no WhatsApp, e a deflagração de um dos maiores escândalos da história da Stock Car a alguns dias da abertura da temporada. No olho do furacão, a Stock Car tem uma pressão maior a fazer para cima da CBA, grande culpada por toda a confusão. Despreparada, a Confederação Brasileira de Automobilismo precisa tirar seu rosto do poço onde está há tanto tempo para conseguir angariar um mínimo respeito e virar o jogo no caso. Cacá Bueno e Thiago Camilo, “os mais chatos”, lideram o coro por uma entidade mais profissional. Cacá foi vocal sobre o assunto, falou que não ficou surpreso e prometeu não mudar. Agora, mais do que nunca, é importante que não apenas ele e Camilo não mudem, mas que outros pilotos se aproximem do estilo de falar mais ativamente, reclamar e tornar tudo – ou boa parte de tudo – público. Agora a Stock Car tem de pensar em si e em evoluir depois de um ano muito conturbado por todos os motivos extra-pista. A forma como vai reagir é o que mais vai despertar atenção.

 
(Cacá Bueno (Foto: Bruno Terena/Red Bull Content Pool))

8 – Manor e a nova classe média

A Manor não quer ser grande. Isso é fato documentado e afirmado pelo novo diretor de corridas – efetivamente o chefe das atividades da equipe , Dave Ryan. Fora da F1 desde que foi despedido da McLaren em 2009 pelo ‘Liegate’, uma espécie de primo pobre do ‘Spygate’, Ryan foi chamado pelo ex-consultor-técnico da equipe – e hoje diretor da Renault , Bob Bell e aprovado pelo dono da esquadra, Stephen Fitzpatrick, para coordenar a nova fase. Após desentendimentos com Fitzpatrick, John Booth e Graeme Lowdon foram cuidar do projeto da Manor no WEC e deixaram a F1. A equipe de Banbury correu, conseguiu enfim se livrar da âncora que foi a montadora russa Marussia, e se amarrou à Mercedes. De motores alemães novos em folha e com a marca alemã pensando em puxar a Manor para ser sua equipe B, o time inglês mostrou na pré-temporada que já não é mais aquela escuderia nanica. Com Pascal Wehrlein e Rio Haryanto, pilotos novatos da F1 no volante, a Manor deseja entrar no mix da classe média mais extensa do Mundial.

 

Será que a Manor vem para o pelotão do meio na F1 agora que tem dinheiro? (Manor teste)

7 – A parceria Haas-Ferrari

 

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Estreante esperada na F1 ansiosamente desde a confirmação de sua entrada, a Haas chega enfim e com um modelo bastante ousado. A parceria técnica entre os dois times é tamanha novidade que já foi até submetida à investigação da FIA após causar um certo incômodo em outras equipes. É legal, contudo. Não apenas a unidade de força vem de Maranello, como também a transmissão, bateria e assistência técnica. Tirando o chassi, quase todo o resto vem da Ferrari, o que faz a Haas uma espécie de equipe B com ingerência maior sobre suas decisões. Gene Haas, dono do time, é campeão na Nascar e está longe de ser um novato – além de, dono de um conglomerado internacional de automação industrial, ter um orçamento seguro para participar sem desespero financeiro. O chefe é Guenther Steiner, ex-diretor-técnico de Jaguar e da Red Bull. Com Romain Grosjean e Esteban Gutiérrez no volante, a Haas mostrou na pré-temporada um carro que ainda tem problemas de confiabilidade, algo natural, mas muito bem-nascido.

 

 

Romain Grosjean observa o problemático carro da Haas em Barcelona: as coisas devem estar OK para a Austrália (Grosjean Haas)

6 – Os desenvolvimentos do protetor de cockpit

A FIA quer adotar uma proteção de cockpit para utilizar a partir da temporada 2017 da F1. Na última reunião do Grupo de Estratégia, no final de fevereiro, o modelo aprovado foi o halo. Primeiro proposto pela Mercedes, o halo tem o apoio da Associação de Pilotos – embora o presidente Alex Wurz siga falando nos canopies fechados como em jatos no futuro – de chefes de equipe e da federação. Depois da aprovação, no entanto, alguns pilotos começaram a chiar. Lewis Hamilton, Nico Hülkenberg e Jolyon Palmer foram alguns dos que são contrários, mas parecem representar uma parte menor no panorama geral. Para não perder tempo, a Ferrari mandou Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel com o halo para algumas voltas nos últimos dias em Barcelona, e os dois aprovaram. Embora visualmente esquisito, é considerado uma boa “proteção adicional”. O halo não é, no entanto, ainda não é certeza. A Red Bull vai apresentar um modelo que ela própria desenvolveu como alternativa, por exemplo.

 

Halo: a geringonça de aspecto horroroso que vai ser aplicada nos carros de 2017 (Halo na Ferrari de Räikkönen)

5 – Roborace: a próxima fase

Talvez ninguém esperasse por isso. A F-E tem em sua DNA uma história curta de inovar o automobilismo em todas as formas. A primeira categoria de bólidos movidos apenas por energia elétrica agora terá em seus quadros uma categoria-satélite com carros empurrados por pilotos virtuais. Inteligência artificial, isso mesmo, vai tomar conta de guiar os carros pelos circuitos de rua pelo mundo. A categoria foi idealizada pelo magnata russo da tecnologia, Dennis Sverdlov, que entrou no ramo da tecnologia EV por meio de sua start-up, a Kinetik, parceira da F-E. Foi ele quem inventou o Yotaphone, o smartphone de duas telas, por meio de sua antiga empresa, a Yota – vendida para a multimilionária MegaFon. As corridas começam com a nova temporada, que inicia apenas em setembro, devem ter uma hora de duração e com dez equipes pondo dois carros na pista. A ideia, segundo Sverdlov, é ter carros que cheguem aos 300 km/h. As reclamações e críticas, como Toto Wolff já fez, especialmente as que afirmam que corrida sem piloto não é automobilismo, já foram respondidas pelo diretor-executivo da Formula E Holdings, Alejandro Agag. Segundo o espanhol: “Não sabemos se isso é automobilismo ou não. Ainda existem as corridas de cavalo – e andamos de carro na cidade. As pessoas sempre vão querer correr umas contra as outras. É um desafio totalmente diferente, e o automobilismo está aqui para o longo prazo."

 

A corrida do futuro não tem pilotos. Loucura total? (Formula E)

4 – O fim de uma era?

 

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A F1 atual tem quatro pilotos em seus quadros que entraram no panorama na primeira metade dos anos 2000. Deles, três vivem em 2016 seus últimos anos de contrato. A situação para Jenson Button e Kimi Räikkönen, aos 36 anos, parece mais definitiva. Ambos chegam ao que parece uma segunda temporada extra dada por McLaren e Ferrari, respectivamente especialmente Button, que realmente parecia carta fora do baralho ao final da temporada 2014. Felipe Massa chega ao final de seu contrato com a Williams. Nos dois anos em que lá esteve, trabalhou bem e recuperou uma moral que havia perdido nos últimos anos de Ferrari. Não se sabe bem o que a equipe de Grove pensa, mas Felipe terá 35 anos quando a temporada terminar. Com Valtteri Bottas sempre cotado pelas rivais maiores, talvez uma saída do finlandês seja o necessário para a permanência do brasileiro. A Ferrari, sabe-se, tem interesse em Bottas. Talvez, então, a saída de Kimi seja a peça necessária para a manutenção de Massa na F1. Button e Räikkönen já deixaram claro que, caso saiam de onde estão, deixam a F1. Sobre Massa, ainda não há absoluta certeza, mas é difícil ver Felipe aceitando trabalhar numa equipe de menores aspirações que a Williams. O quarto elemento é Fernando Alonso. O bicampeão, aos 34 anos, tem mais duas temporadas no contrato com a McLaren, mas os boatos de seu desejo de abandonar a F1, a Honda e a McLaren são bem conhecidos – assim como sua vontade de ir guiar no WEC. Não é muito difícil imaginar Fernando pedindo o boné ao fim do ano e fechando as portas para uma geração. Os quatro ingressaram na F1 entre 2000 e 2002, e Alonso, por exemplo, já era campeão mundial quando todos os 18 pilotos do grid estrearam na F1. Juntos e antes de contabilizar o que quer que aconteça em 2016, os quatro somam 997 largadas, 78 vitórias, 268 pódios e quatro títulos mundiais. Sem o quarteto, Lewis Hamilton, que estreou em 2007 e tem 31 anos de idade, passa a ser o mais veterano de um grid jovial. 

Alonso e Massa vão estar no grid em 2017? (Fernando Alonso e Felipe Massa)

3 – Clima entre os grandes nomes da MotoGP

O que aconteceu no final da temporada passada da MotoGP não precisa de muitas lembranças – é difícil que alguém não se lembre. Mas vamos lá: Valentino Rossi e Marc Márquez começaram a se estranhar para valer sobretudo após o GP da Malásia de 2015 após alguns pequenos desentendimentos anteriores, mas a situação chegou aos limites quando um movimento brusco do pé de Rossi foi seguido pela queda de Márquez na Austrália. Valentino, punido, teve de largar em último no final da temporada em Valência e perdeu o título para o companheiro e desafeto Jorge Lorenzo – que não parou de colocar lenha na fogueira e pedir punições para Rossi. Agora, Valentino e Jorge pregam paz na Yamaha enquanto não se olham muito. Mas com Márquez não tem isso. A AC Management, responsável pela gestão dos direitos de imagem dos irmãos Márquez, encerrou o contrato com a VR46 Racing Apparel, empresa de publicidade de Rossi, por causa do conflito. O temor do que pode acontecer é tamanho que fãs espanhóis de Márquez anunciaram que nem vão até Mugello para o GP da Itália com medo de represálias. Por sua vez, a MotoGP tenta com todas as forças enterrar o ocorrido. A FIM decidiu mudar toda a estrutura de comissários, decidiu, junto à Honda, não divulgar a telemetria do incidente, criou um painel de comissários para julgar infrações. Com a nova eletrônica padronizada pelos softwares da Magneti Marelli, o desenho do grid ainda está em suspenso. Mas se Rossi e Márquez se encontrarem na pista em situações importantes, tudo indica que vai pegar fogo.

 

Rossi, Lorenzo e Márquez: promessas de muitas faíscas em 2016 (Valentino Rossi, Jorge Lorenzo e Marc Márquez)
2 – Novo formato de classificação da F1

A percepção vinda dos chefões da F1 sobre a necessidade de fazer alguma coisa que mexa com as estruturas da categoria é bem conhecida há muito tempo. Para 2016, qualquer solução seria tardia, mas Bernie Ecclestone e a FIA não se fizeram de rogados em tentar correr com alguma coisa. O que conseguiram passar enquanto arquitetavam junto às equipes uma mudança completa nos carros para 2017, passaram uma medida que transforma o formato da classificação numa verdadeira dança das cadeiras. Será um corre-corre quando o relógio disparar e os pilotos tiveram um minuto e meio para não serem os mais lentos da tabela de tempos. Se no final das contas os chefes de equipe queriam que o Q3 fosse mais conservador, perderam. Os oito pilotos na fase final do treino classificatório passarão pelo mesmo sistema: 14 minutos com o primeiro eliminado saindo após cinco destes. Então, de 90 em 90 segundos, o mais lento vai sendo cortado até que reste um, o pole-position. Esta novidade, ao contrário das proteções de cabeça, causou muito mais reações negativas. Sebastian Vettel falou em nome dos pilotos que a decisão mostra “falta de liderança”, enquanto Jenson Button falou que é confuso até para ele, que dirá para os fãs. 

 
(Daniil Kvyat (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio))

1 – 500 Milhas de Indianápolis

Uma das provas mais tradicionais do automobilismo mundial – parte da tríplice coroa do esporte junto do GP de Mônaco e das 24 Horas de Le Mans – chega à marca mais importante marca. A 100ª edição das 500 Milhas de Indianápolis transforma a prova de 2016 do ‘Maior Espetáculo do Automobilismo’ numa atração ainda maior que comumente. A primeira edição aconteceu em 1911, 105 anos atrás. Desde então, a prova apenas não foi realizada em 1917 e 1918, de forma voluntária, por conta do envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial; depois, entre 1942 e 1945, durante a participação do país na Segunda Guerra Mundial, o automobilismo foi banido. Apenas um piloto do grid atual pode se igualar aos maiores vencedores da história: Helio Castroneves, com três títulos, bate na porta de Rick Mears, Al Unser Sr e AJ Foyt. A prova acontece no dia 29 de maio, sete dias depois do Pole Day. Há a expectativa do grande show que será apresentado no Brickyard relembrando a história parruda da prova.

Quem é o louco que vai perder a Indy 500 deste ano? (Indianápolis, 500 Milhas)

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