Após nove etapas, a MotoGP entrou na pausa de verão. No primeiro final de semana de agosto, então, o Mundial chega em Brno para a segunda metade da temporada, e o GRANDE PREMIUM listou dez pontos para ficar de olho

Após a etapa na Alemanha, a MotoGP chegou a sua pausa de verão, com a primeira metade da temporada fechada e lacrada. Sem grandes surpresas, Marc Márquez foi para as férias com uma grande vantagem na liderança do campeonato e caminhando para mais um título.

Entretanto, a primeira fase de 2019 também reservou algumas surpresas, como uma Suzuki competitiva, Fabio Quartararo conseguindo se colocar na briga pelas primeiras colocações e Maverick Viñales sendo o piloto da Yamaha a conseguir vencer pela equipe.

Portanto, o que se pode esperar para a segunda metade do campeonato da classe rainha do Mundial de Motovelocidade? O GRANDE PREMIUM tentou listar dez coisas para ficar de olho na parte final do calendário.
 

 

A primeira vitória de Quartararo

Fabio Quartararo chegou como um meteoro à MotoGP. Com seu salto promovido pela SIC, equipe satélite da Yamaha, o francês já chegou impressionando e empilhando bons resultados. Nas primeiras nove etapas, foi pole-position três vezes, além de ter subido ao pódio em duas ocasiões.

Agora, resta saber se o estreante da classe rainha vai conseguir sua primeira vitória na segunda metade da temporada. E ninguém menos que Marc Márquez já mostrou crer no piloto, pois além de indicar que pode incomodar no campeonato, se mostrou surpreso com o desempenho apresentado pelo #20.
 
(Fabio Quartararo e Danilo Petrucci (Foto: Michelin))

Rins de volta ao degrau mais alto do pódio

A Suzuki vem crescendo cada vez mais dentro da MotoGP. Um bom exemplo disso é como Álex Rins tem se mostrado cada vez mais competitivo – na reta final de 2018, foi ao pódio três vezes em quatro corridas, e no ano foram cinco os top-3.

E se isso já era uma pequena mostra, em 2019 o espanhol mostrou estar entre os pilotos de ponta. Em Austin, aproveitou a queda de Marc Márquez para garantir sua primeira vitória na classe rainha. Resta agora ver se o piloto vai voltar a triunfar – só que, nas duas últimas corridas antes das férias, abandonou com acidentes.
 

A vitória de Rins (Álex Rins conquista a primeira vitória no GP das Américas (Foto: Suzuki))

A recuperação de Rossi – e da Yamaha

A Yamaha vem enfrentando uma fase um tanto quanto difícil nos últimos anos. Sem ser competitiva e sofrendo com a falta de velocidade, tem patinado para conseguir se colocar na ponta do pelotão e brigar por vitórias, e desde o GP da Holanda de 2017, só conseguiu subir no degrau mais alto do pódio outras duas vezes, uma em 2018 e outra neste ano, e ambas com Maverick Viñales.

E quem vem sentindo mais o golpe da fábrica japonesa é Valentino Rossi. O italiano não vence há dois campeonatos, enfrentando não apenas sua maior seca de triunfos, como em 2019 também passa pela pior primeira metade de temporada de sua carreira.

Mas apesar do período complicado que enfrenta na MotoGP, o #46 já descartou uma aposentadoria ou até mesmo que a idade tenha papel decisivo na falta de competitividade. Então resta ver se vai conseguir fazer as pazes com a M1.
 

Rossi vai fazer as pazes com a vitória? (Valentino Rossi (Foto: Yamaha))
 

Petrucci superando Dovizioso

Danilo Petrucci chegou à Ducati em 2019 e tem mostrado grande desempenho com a Desmosedici. Inclusive, conseguiu alcançar sua primeira vitória na classe rainha do Mundial, o que lhe garantiu uma renovação de contrato com a esquadra de Borgo Panigale para 2020.

Entretanto, se uma vez seu discurso foi de que queria ajudar Andrea Dovizioso a conquistar o título, na prática as coisas têm começado a se desenhar diferente. Antes bastante atrás de seu ‘mentor’, Petrux tem começado a alcançar cada vez mais o italiano, conseguindo inclusive terminar a sua frente em três das últimas quatro corridas.

O piloto chegou a dar a entender, após Assen, de que tinha que obedecer ordens de equipe, mas logo negou e que poderia brigar com o companheiro na pista. E se a tendência seguir, é capaz de terminar mais corridas na frente do #4 e até mesmo alcançar na classificação, afinal, está apenas seis pontos atrás.
 

(Petrucci e Dovizioso (Foto: Ducati))

 

Dovizioso de volta a briga pelo título

Depois de brigar quase que de igual para igual com Marc Márquez em 2017 e 2018, nada mais natural do que Andrea Dovizioso entrar em 2019 como o favorito a fazer frente ao espanhol da Honda. Mas mesmo a vitória na etapa de abertura do campeonato não fez o italiano engrenar na disputa.

Com queda de rendimento, o titular da Ducati não tem conseguido brigar com o adversário, chegando nas férias da MotoGP com uma desvantagem de 58 pontos na classificação. O piloto até mesmo chegou a dizer que o #93 é um dos maiores e que não tem como lutar com o penta com a moto fornecida por sua equipe.

A classe rainha do Mundial de Motovelocidade volta da pausa de verão em uma sequência de pistas que pode favorecer a esquadra de Borgo Panigale e, quem sabe, ajudar o #4 a se aproximar um pouco da briga pelo caneco.
 

(A chegada do GP do Catar (Foto: Repsol))

Lorenzo e a adaptação à Honda

Com a chegada de Jorge Lorenzo na Honda em 2019, muitas eram as expectativas em volta do ‘dream team’ da fábrica. Entretanto, o que era para ser um sonho com dois fortes pilotos, ainda não saiu do imaginário pela dificuldade de adaptação do tricampeão.

E a sorte não está ao lado do #99, que sofreu uma forte queda e grande lesão em Assen e perdeu as duas etapas antes das férias de verão. Com tempo para se recuperar e voltar aos poucos aos treinos, resta saber se vai conseguir mostrar sua força com a RC213V no restante da temporada.
 

Lorenzo: a adaptação vem? (A queda de Lorenzo (Foto: Reprodução))

Álex Márquez saltando para a MotoGP

Um dos assuntos que mais tem tomado grande parte do noticiário nas últimas semanas é um possível salto de Álex Márquez para a MotoGP em 2020. Atual líder da Moto2, o irmão mais novo de Marc tem mostrado grande desempenho e evolução nas pistas.

Entretanto, as coisas podem não ser bem assim. Além do pentacampeão reconhecer que o piloto não teria espaço na Honda no momento, o próprio titular da Marc VDS já afirmou que é uma possibilidade real seguir mais um ano na classe intermediária. Mas se for para contar com a torcida de Cal Crutchlow, em breve encontra uma vaga.
 

A subida de Álex Márquez é tema de discussão (Álex Márquez (Foto: Reprodução))
 

O asfalto de Silverstone

No final de agosto o Mundial de Motovelocidade desembarca em Silverstone rodeada de grande expectativa. O motivo é para saber se o asfalto do circuito inglês vai estar bom para a categoria após o fiasco da etapa em 2018 e todas as reformas feitas neste ano.

Na última temporada, o domingo foi marcado por fortes chuvas, e o traçado não conseguiu absorver a água, obrigando a cancelar as provas das três classes por segurança. Por isso, um grande recapeamento foi realizado para o atual campeonato.

A F1 já passou pela pista e disse estar mais suave, mas com algumas ondulações que ‘os caras da MotoGP’ não vão gostar, como disse Daniel Ricciardo. Portanto, os responsáveis pelo autódromo já planejam uma reforma na curva Brooklands para deixar tudo ok para o Mundial.
 

(Visão aérea de Silverstone)

 

O restante da temporada da MotoE

A etapa da Alemanha do Mundial de Motovelocidade marcou uma nova era elétrica, que foi a primeira etapa da história da MotoE. A categoria das motos elétricas teve em Saschsenring Niki Tuuli como primeiro vencedor.

Entretanto, a já curta corrida da categoria foi encerrada com uma bandeira vermelha, o que encurtou ainda mais a ação na pista alemã. Com isso, a expectativa para as próximas etapas cresce para assistir boas provas.
 

(Niki Tuuli (Foto: Reprodução))

Quando Márquez vai ser campeão

Marc Márquez parece caminhar para mais um título no Mundial de Motovelocidade. Se mostrando absoluto na primeira metade da temporada, já alcançou cinco vitórias, além de ter subido no pódio em todas as etapas, exceto em Austin, quando caiu. Detalhe que quando não triunfou, cruzou a linha de chegada em segundo.

Com isso, já construiu uma confortável vantagem na liderança da classificação, até porque Andrea Dovizioso não tem conseguido fazer frente. Nas férias de verão, então, o espanhol da Honda já apresenta respiro de 58 pontos na ponta da tabela, mais de duas vitórias.

Portanto, resta saber quando vai conseguir colocar as mãos no caneco. Em 2018, o #93 tornou-se pentacampeão no Japão, restando três etapas para o final do campeonato. Em 2016, o título também veio em terras nipônicas, sobrando ainda três etapas até o encerramento do ano. Resta apenas fazer as apostas.
 

Em que etapa o título de Márquez vem? (Marc Márquez (Foto: Red Bull Poll Content))

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