Separamos dez fatos que buscam explicar o motivo de 2012 ter sido a melhor e mais surreal temporada da F1 no século

Desconfie de alguém que não coloque a temporada 2012 da Fórmula 1 como uma das melhores da história do esporte a motor. Decidido em favor de Sebastian Vettel só na perna asiática do fim do ano, o campeonato teve de tudo um pouco. E quase que o grid inteiro conseguiu brilhar em algum momento.

É por isso que o 10+ de hoje é diferente. Aproveitando que a lendária temporada completa dez anos em 2022, reunimos alguns pontos que tentam explicar os motivos de gostarmos tanto dela.

Seis equipes vencendo corrida

O intertítulo aqui é quase que o resumo, né? Precisa dizer mais alguma coisa além de que seis equipes diferentes tiveram pilotos triunfando? Mas, tudo bem, a gente fala: Red Bull e Ferrari, que se mostrariam mais para frente as principais forças do grid, fecharam o campeonato na frente, mas o ano foi tão doido que a McLaren, terceira, ganhou mais que os italianos e tanto quanto os austríacos. Mas teve também Lotus, Mercedes e até Williams no topo do pódio. Uma loucura.

NICO ROSBERG; MERCEDES; GP DA CHINA; XANGAI; 2012
Nico Rosberg foi o primeiro piloto a vencer na nova era da Mercedes na F1 (Foto: Mercedes)

A briga pelo tri

É bem verdade que Vettel embalou para ficar com a taça quando venceu quatro provas seguidas na Ásia, mas aquele foi o ponto de virada do campeonato e não o definidor completo, digamos assim. É que o alemão foi acabar o ano só 3 pontinhos na frente de Fernando Alonso. E mais: por pouco, muito pouco, não abandonou a prova final, em Interlagos, em incidente na largada com Bruno Senna. O tricampeão teria sido outro…

Sebastian Vettel

Sim, Vettel já era um bicampeão mundial de Fórmula 1, mas ainda havia um certo olhar torto em cima do jovem alemão. Não que fosse algo merecido, mas havia. É que 2010 foi um ano esquisito da categoria em que Seb quase perdeu para Alonso, quase perdeu para Mark Webber. Aliás, possivelmente teria sido derrotado caso o australiano não arrebentasse o ombro andando de bicicleta. Aí veio 2011 e o discurso era de que o carro muito superior que gerou o bi. Em 2012, não, nada disso. Num ano tão apertado, Vettel brilhou, especialmente na perna asiática, chegando ao tri antes de Alonso. Foi meio que uma mudança de patamar dentro da história da F1.

Fernando Alonso

Nem sempre o derrotado merece críticas, né? No caso de Alonso, foi mais uma grande temporada do bicampeão, levando a Ferrari para a briga nas costas. Fernando conquistou todas as três vitórias do time em 2012, mas a maior delas, sem dúvida, foi em Valência. Largando em 11º, enfileirou ultrapassagens em uma pista complicadíssima e teve, muito provavelmente, uma das cinco melhores atuações do século na Fórmula 1. Seguramente a melhor daquele ano e a melhor de sua carreira.

PÓDIO; GP DA EUROPA; 2012; MICHAEL SCHUMACHER;
Michael Schumacher no seu último top-3 na F1, em dia de show de Alonso (Foto: Ferrari)

A guerra na McLaren

Lewis Hamilton e Jenson Button já não se aguentavam mais e a rivalidade interna na McLaren estava borbulhando. Só que isso, ao mesmo tempo em que gerava um clima insustentável no time, acabou empurrando os dois pilotos para bons resultados em 2012. Mesmo com um carro inferior, Hamilton e Button venceram 7 provas no ano. O que veio depois? A ida de Hamilton para a Mercedes. E o resto é história.

A despedida de Michael Schumacher

Sim, nós sabemos que a volta de Schumacher ao grid com a Mercedes foi melancólica, que a performance foi absurdamente inferior ao que teve no auge e antes da primeira aposentadoria, tudo certo. Mas não deixa de ser histórico o ano em que o maior campeão de todos os tempos parou de vez, né? E ainda teve um pódio, naquele mesmo GP da Europa, em Valência. Ficou para sempre.

SERGIO PÉREZ; FÓRMULA 1;
Segundo lugar no circuito dos grandes: Pérez foi segundo colocado no GP da Itália de 2012 (Foto: Sauber)

O brilho de Sergio Pérez

Depois de um 2011 tímido, Pérez brilhou intensamente em 2012. O mexicano fez incríveis três pódios com a modesta Sauber e, em um deles, mereceu muito a vitória. Quem é que não se lembra da atuação de gala de Checo na Malásia, perseguindo e pressionando Alonso por voltas e mais voltas? Tanto brilhou que foi parar na McLaren em 2013, substituindo ninguém menos que Hamilton.

A corrida da vida de Nico Hülkenberg

Hülkenberg ficou marcado na história da F1 como o piloto sem pódio e talvez o GP do Brasil de 2012 tenha sido o auge disso na carreira do ótimo alemão. Nico teve a melhor atuação de sua vida, liderou boa parte da corrida que oscilava entre pista seca e molhada, fez várias ultrapassagens, estava voando no traçado de Interlagos. Só que uma batida com Hamilton danificou o carro, gerou uma punição para o alemão e o que poderia muito bem ter sido uma vitória virou um amarguíssimo quinto lugar. E até hoje não vimos Hülk levantar troféu na categoria.

PASTOR MALDONADO; WILLIAMS; GP DA ESPANHA; BARCELONA; 2012
Pastor Maldonado conquistou a última vitória da Williams na F1 (Foto: Williams)

O GP da Espanha

A corrida que gerou o tema do 10+ de hoje, afinal, semana passada completou exatamente dez anos. Uma das provas mais inexplicáveis de todos os tempos, um domínio surreal de ninguém menos que Pastor Maldonado, que fez pole e venceu a corrida. Difícil de acreditar que aquilo podia ter acontecido, mesmo em um ano tão doido.

O GP do Brasil

Já falamos dele aqui nos outros tópicos, mas merece um capítulo separado juntando tudo. A decisão do título, o quase acidente com o líder do campeonato, o dia de quase glória de Hülkenberg, a corrida em si que foi fantástica. A tal da chuva da represa veio e bagunçou tudo. Foi o encerramento perfeito para uma temporada perfeita.

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