A chuva da Bélgica foi de proporções absurdas e protagonizou a não-corrida da Fórmula 1. No 10+ desta semana, relembramos outros temporais na história recente da categoria

A Fórmula 1 passou por uma situação anormal e curiosa no GP da Bélgica de 2021, disputado no último domingo (29). Uma chuva de proporções absurdas caiu em Spa-Francorchamps, deixando a pista sem condições seguras de receber a corrida.

A categoria até insistiu, atrasou, mas foi obrigada a dar a corrida como encerrada após apenas duas voltas, que serviram para contagem da metade dos pontos, dando a vitória para Max Verstappen.

No 10+ desta semana, relembramos os piores temporais da era moderna da Fórmula 1.

Brasil 2003

O GP do Brasil de 2003 teve Barrichello pole (Foto: Ferrari Media)

O GP do Brasil de 2003 foi um absoluto caos, e muito por conta da chuva absurda que castigou Interlagos naquele dia 6 de abril. Foram sete voltas atrás do safety-car antes da largada.

A prova contou com um número elevado de acidentes e teve cinco introduções de safety-car até a bandeira vermelha que encerrou a prova. Mark Webber perdeu o controle na curva do café e atingiu a barreira de pneus. Em seguida, Fernando Alonso coletou um pneu solto da Jaguar e também bateu forte, encerrando a etapa de forma antecipada, ainda com 17 voltas para o fim.

A vitória de Giancarlo Fisichella foi a última da equipe Jordan na F1. O impacto do temporal foi tão forte que a categoria transferiu o GP do Brasil da reta inicial para a parte final do campeonato a partir de 2004.

Europa 2007

Felipe Massa batalhou pela vitória no GP da Europa de 2007 (Foto: Reprodução)

A chuva em Nürburgring, em 2007, foi curta, mas conseguiu causar bastante estrago no GP da Europa de 2007. O pé d’água começou a cair ainda na volta de apresentação. Quem se valeu disso foi o estreante Markus Winkelhock, da Spyker, que colocou pneus de chuva justamente antes da corrida começar e largou do pit-lane.

A volta 1 já foi insustentável para vários pilotos por conta da chuva, e a situação foi apenas piorando, com muitos carros aquaplanando, como os de Lewis Hamilton, Jenson Button, Nico Rosberg, Adrian Sutil, Scott Speed e Vitantonio Liuzzi. A bandeira vermelha foi acionada e a prova foi interrompida por cerca de 20 minutos.

A chuva parou e a corrida foi reiniciada. Ela viria a aparecer no final da corrida, vencida por Fernando Alonso, mas de forma leve.

Japão 2007

Alonso's crash in the rain at ﹰFuji - 2007 Japanese Grand Prix: formula1
Batida de Alonso custou briga pelo título (Foto: Reprodução)

E Nürburgring não foi a única sede de um toró na temporada 2007. No GP do Japão, sediado em Fuji pela primeira vez após 30 anos, uma tempestade caiu no circuito, que fez a prova ser iniciada com o safety-car, que durou 19 das 67 voltas da corrida.

Em condições extremas, Fernando Alonso sofreu um acidente que diminuiu suas chances de título, e Sebastian Vettel perdeu a oportunidade de ir ao pódio pela primeira vez na carreira ao acertar a traseira de Mark Webber durante o safety-car pós-batida de Alonso.

A prova foi vencida por Lewis Hamilton e também ficou marcada pelo absurdo duelo de Felipe Massa e Robert Kubica até a linha de chegada.

Malásia 2009

Jenson Button venceu o GP da Malásia de 2009 (Foto: Repodução)

O finado GP da Malásia era marcado pelas bruscas mudanças climáticas que resultavam em chuvas de proporções bíblicas, e foi isso que aconteceu em 2009.

A corrida foi iniciada em pista seca, e assim foi por 19 voltas, quando a chuva veio e em um nível absurdo, forçando muito trabalho das equipes nas trocas de pneus.

A bandeira vermelha veio após os acidentes de Sebastian Vettel e Sébastien Buemi. Com 31 das 55 voltas completadas, as condições não melhoraram e Jenson Button, com a Brawn, foi declarado o vencedor com metade dos pontos. Foi a última ocorrência de pontuação pela metade na F1 antes do GP da Bélgica de 2021.

Coreia do Sul 2010

Primeira visita da F1 em Yeongam teve muita chuva (Foto: Ferrari Media)

A primeira visita da Fórmula 1 ao circuito de Yeongam foi marcada pela chuva no circuito sul-coreano. A prova foi iniciada com safety-car e contou com uma bandeira vermelha de 40 minutos por conta das condições complicadas.

Com a chuva mais leve, a prova retornou e ficou marcada pela vitória de Fernando Alonso, que com a batida de Mark Webber e a quebra de motor de Sebastian Vettel, assumiu a liderança do Mundial com duas corridas para o fim do campeonato. O terceiro título não veio.

Canadá 2011

Na Garagem: Button supera temporal de Montreal e vence corrida mais longa  da F1
Muita água caiu em Montreal no GP do Canadá de 2011 (Foto: Reprodução)

Um dos torós mais notáveis da história recente da Fórmula 1 aconteceu no GP do Canadá de 2011. A prova teve tempo fechado durante praticamente toda sua duração, mas a situação ficou bastante feia depois da volta 19, com uma enorme tempestade que forçou a interrupção da prova.

Foram duas horas de paralisação até o retorno da corrida, que com o recorde de seis safety-cars, teve a vitória do inglês Jenson Button após ultrapassagem sobre Sebastian Vettel na última volta da corrida. O piloto chegou a cair para último durante aquele maluco domingo. É a corrida mais longa da história da categoria, com 4 horas de duração.

Malásia 2012

Fernando Alonso venceu o GP da Malásia de 2012 (Foto: Ferrari Media)

O GP da Malásia de 2012 foi outra prova marcada por uma chuva torrencial no circuito de Sepang. A prova foi suspensa com apenas nove voltas e ficou 50 minutos interrompida até que a condição da pista fosse segura novamente.

A etapa foi vencida por Fernando Alonso, com a Ferrari, naquele que foi o primeiro pódio do mexicano Sergio Pérez na Fórmula 1.

Japão 2014

Um tufão passou por Suzuka no dia que matou Jules Bianchi (Foto: Reprodução)

A corrida mais triste dos últimos anos na Fórmula 1 contou com efeito da chuva. O circuito de Suzuka sofreu com a passagem do tufão Phanfone, que trouxe fortes tempestades para a área. A corrida foi suspensa pela primeira vez na segunda volta, com 20 minutos de interrupção.

A chuva até cessou por um tempo, mas acabou voltando com força na reta final da corrida, provocando aquaplanagem que rendeu o acidente de Adrian Sutil. Jules Bianchi, piloto da Marussia, colidiu contra o trator que retirava a Sauber de Sutil da área de escape. Com lesões cerebrais, viria a morrer nove meses depois, em julho de 2015. A corrida recebeu uma nova bandeira vermelha e não foi reiniciada.

Brasil 2016

Chuva torrencial caiu em Interlagos em 2016 (Foto: Mercedes)

A disputa de título em 2016 estava bastante quente quando veio para o Brasil, na penúltima etapa da temporada, e o que rolou em Interlagos certamente foi a última chuva de proporções absurdas antes do GP da Bélgica do último domingo.

Os pilotos largaram após 8 voltas atrás do safety-car, mas uma bandeira vermelha foi acionada giros depois pela batida de Marcus Ericsson, interrompendo a prova por 35 minutos. Depois de uma nova relargada, outra bandeira vermelha veio pelo acidente de Kimi Räikkönen, mostrando que a pista não estava segura com a chuva, pausando a corrida em mais 25 minutos.

Eventualmente, a prova seguiu com a diminuição da chuva e teve a vitória de Lewis Hamilton.

Bélgica 2021

GP da Bélgica 2021,
(Foto: Reprodução/Twitter/@F1)

O GP da Bélgica de 2021 viu uma chuva torrencial e que impediu qualquer atividade de pista da Fórmula 1 no último domingo. Foram mais de três horas de atraso e duas tentativas de correr em Spa-Francorchamps, mas a condição extrema da pista fez a direção de prova determinar o fim da prova com duas voltas completadas atrás do safety-car, dando a vitória para Max Verstappen.

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