Enquanto Max Verstappen cruzava a linha de chegada do GP da Áustria soberano com a sua Red Bull, Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel mostraram que não sabem se comportar no meio de grid. Em uma rápida olhada na história da Fórmula 1, é possível perceber que outros tantos pilotos campeões, como o da Alfa Romeo […]

Enquanto Max Verstappen cruzava a linha de chegada do GP da Áustria soberano com a sua Red Bull, Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel mostraram que não sabem se comportar no meio de grid. Em uma rápida olhada na história da Fórmula 1, é possível perceber que outros tantos pilotos campeões, como o da Alfa Romeo e o da Aston Martin, não se dão lá muito bem quando estão longe das primeiras posições.

O fato de estarem no meio do grid de uma categoria em que já dominaram, e aí independe se a equipe é mesmo pequena ou vive apenas uma má fase, aproxima campeões nada acostumados com aquilo com a chegada de um competidor que queira tirar os seus míseros pontos. Também é preciso ponderar que, com tamanha técnica, esses pilotos em geral sabem como deveriam fazer, apenas o carro que não obedece. Problema instaurado para um, dois, três, quatro anos de desalentos.

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Entre os momentos escolhidos para os 10+ de campeões no meio do grid a seguir estão desde a recente barbeiragem de Räikkönen até os tempos em que Emerson Fittipaldi optou por deixar a McLaren e encarar o incipiente projeto da Copersucar, em 1976. Outra passagem marcante, claro, se refere à irritação de Fernando Alonso com a McLaren, em 2015, no episódio que ficou conhecido como ‘motor de GP2’. 

Veja os 10+ a seguir:

Kimi Räikkönen – Ferrari 2014

(Foto: Divulgação/Ferrari)

Essa com a Alfa Romeo nem é a primeira vez que o finlandês não figura mais entre os ponteiros. Logo quando voltou à F1 após a sua aposentadoria, Kimi encarou maus momentos na Lotus, mas conseguiu pódios e até uma vitória em Abu Dhabi. Duro mesmo foi frequentar as últimas colocações a bordo de uma Ferrari, principalmente em 2014, quando pela primeira vez desde que havia sido campeão não terminava o ano sem um pódio sequer. 

Sebastian Vettel – Ferrari 2020

Sebastian Vettel, Ferrari, 2020
Divulgação/Scuderia Ferrari

Por falar em Ferrari, e no outro piloto envolvido no acidente do circuito austríaco, Vettel também não tem boas lembranças da temporada passada — mais até se contada a batida com o então companheiro Charles Leclerc, no GP do Brasil, em 2019. Andar atrás nunca foi a do alemão, que se viu fora da zona de pontuação em dez das 17 provas disputadas no ano passado. No GP da Itália, em Monza, nenhum carros da escuderia italiana completou a prova.  

Fernando Alonso – McLaren 2015

Fora da Ferrari por não conseguir os resultados almejados, o espanhol voltou à McLaren em 2015 em busca do seu terceiro título mundial. Mal sabia ele que as coisas ficariam ainda piores. Daí um episódio que custou caro na vida do piloto. Cansado de tanto andar no meio para o fim do grid, o Príncipe das Astúrias explodiu e foi ao rádio reclamar do motor Honda, em pleno final de semana de GP do Japão. O famoso “motor de GP2” custou algumas inimizades ao piloto, que ainda amargou mais três temporadas completas de puro desgosto.

Jenson Button – McLaren 2013

(Foto: Divulgação/McLaren)

O britânico é contemporâneo de Alonso nessa péssima fase da McLaren, mas seu calvário começou ainda antes. Em 2013, depois de tanto tentar lutar por três anos seguidos pelo segundo título mundial, o Sir Button passou a temporada inteira fora do pódio sendo que, em duas oportunidades, ficou duas corridas seguidas sequer fora dos pontos. Um prato cheio para fazer barbaridades em busca de melhores resultados, que não vieram. O britânico e o mexicano Sergio Perez, então companheiro de equipe, chegaram a se fechar durante uma disputa na pista, tocar roda e se acusar via repórteres no GP do Bahrein. 

Michael Schumacher – Mercedes 2010

MICHAEL SCHUMACHER; MERCEDES; GP DO BAHREIN; 2010;
(Foto: Ercole Colombo)

Um dos maiores pilotos de todos os tempos, o alemão também já deu mal depois da glória dos sete títulos mundiais. Schumacher voltou da aposentadoria depois de quatro anos afastado e sofreu com a evolução da F1. A velocidade, claro, ainda estava ali, mas era como se o tempo de reação fosse outro. Como se os freios obedecessem agora uma nova realidade, a qual Michael custava a se adaptar. O acidente com Vitantonio Liuzzi, no GP de Abu Dhabi de 2010 foi uma barbeiragem de quem quer voltar para a pista a todo custo. O atropelo em Jean-Eric Vergne, em Singapura 2012, seu último ano na categoria, também é digno de nota.

Jacques Villeneuve – BAR 1999

Sem paciência para esperar a Williams retomar os bons resultados depois da temporada vitorioso, o canadense decidiu levar seu troféu de campeão para a BAR em 1999. A equipe era um projeto do seu empresário Graig Pollock, que lhe prometeu regalias e um polpudo contra-cheque. No entanto, tudo deu errado e a equipe passou o primeiro ano sem pontuar uma vezinha apenas. As coisas até chegaram a melhorar de figura nos anos seguintes, mas aí a carreira do filho de Gilles Villeneuve já caminhava para o seu final.

Damon Hill – Arrows 1997

Damon Hill, Arrows, 1997,
Reprodução

Sobre pais e filhos, em 1997, ano da conquista de Jacques Villeneuve, o filho de Graham Hill decidiu se aventurar na nanica Arrows. É bem verdade que a relação de Damon Hill com a Williams vinha azedada desde a derrota em 1995 e, antes mesmo de ser campeão mundial, ele decidiu receber propostas de outras equipes. A ideia do projetista Tom Walkinshaw, com motor Yamaha e pneus Bridgestone, era boa, mas não deu certo. O inglês venceria o GP da Hungria de 1997 até um problema no acelerador acabar com o sonho da Arrows. 

Nelson Piquet – Lotus 1989

Já tricampeão mundial, o brasileiro em tese teria mercado onde bem entendesse. A Lotus, que decidiu pagar o que Nelson diz ser três vezes mais o que receberia na Williams, levou o piloto. O carro, no entanto, sobretudo em 1989, não estava à altura do piloto. O motor Judd do seu segundo ano na equipe era um dos mais fracos daquele final de anos de 1980 e o meio do grid era o que restava. O piloto inclusive não conseguiu classificar o seu carro para o GP da Bélgica aquele ano, em uma passagem nada interessante para o piloto. 

Niki Lauda – Brabham 1979

O piloto austríaco sentiu que o tratamento que lhe foi dado pela Ferrari após o acidente que por pouco não abreviou sua vida, em 1976, não foi lá dos mais acolhedores. Para o competidor, Enzo Ferrari passou a desconfiar da sua postura, na volta aos trabalhos em 1977. Assim, apesar de ter vencido o título com certa tranquilidade, Lauda foi embora da equipe antes mesmo do campeonato acabar e assinou com a Brabham. Mas em 1979, o carro de Bernie Ecclestone, equipado com motor Alfa Romeo, estava longe das primeiras posições. Tanto que o naquela altura bicampeão desistiu da carreira e decidiu se aposentar.

Emerson Fittipaldi – Copersucar 1976

Wilson Fittipaldi (Foto: George Standaar/Forix)

O caso do bicampeão mundial é emblemático na relação de grandes nomes que andaram no meio do pelotão. Emerson, que havia sido campeão com a Lotus e com a McLaren, ainda era protagonista na F1, decidiu se incorporar ao projeto de Wilsinho Fittipaldi. Assim, Emerson encarou um carro que não tinha pontuado no ano anterior e, como era de se esperar, conseguiu um ou outro bom resultado em 1976, mas, em geral, ficou mais perto do fim do grid. 

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