Michael Masi fica ou sai mesmo, conforme o esperado? Independente disso, o GP* faz uma curadoria de decisões controversas da FIA em seu tempo

MICHAEL MASI CAIU! E AGORA, HAMILTON FICA NA F1?

A indefinição sobre o cargo de diretor de corridas da Fórmula 1 em 2022 – após a exclusão do nome de Michael Masi do organograma oficial da FIA e o final cheio de nuances da temporada que passou – é uma interrogação. Masi vai sumir totalmente do caminho? O GRANDE PREMIUM recorda algumas decisões questionáveis da FIA nos anos em que Masi esteve no cargo diretivo – tenha sido mais ou menos decisão dele pessoalmente.

Além de Masi, que parece realmente na porta de saída, quem também deixou a equação foi Jean Todt, que chegou ao fim do último mandato na presidência da FIA. Após 12 anos do francês, o novo presidente, Mohammed Ben Sulayem, foi quem assumiu em dezembro de 2021 em meio ao furacão.

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Vettel e a saga das placas no Canadá (Foto: Ferrari)

A placa do Canadá em 2019

Sebastian Vettel dominava aquela fim de semana de 2019. Fez a pole e liderava a corrida nas primeiras 48 de 70 voltas no Canadá. Foi naquele ponto que escapou da pista rapidamente e voltou logo, impedindo que Hamilton, que andava relativamente perto, pudesse ultrapassar. Lewis teve de tirar o pé, mas nada muito fora do comum. Algumas voltas depois, punição de 5s no tempo final por voltar à pista de maneira insegura. O movimento acabou por dar a vitória a Hamilton. Um irritado Vettel parou o carro no Parque Fechado no lugar indicado, tirou a plaquinha do segundo lugar que estava à frente de sua Ferrari e trocou pela placa do #1.

Leclerc brilhou com o motor suspeito da Ferrari em 2019 (Foto: Ferrari)

Acordão com a Ferrari

O que tinha no motor da Ferrari? O carro vermelho de 2019 era extremamente pontente e engolia as rivais naquele ano, o que levantou suspeita das rivais. No fim da temporada, a FIA descobriu que havia uma alteração fora das regras no fluxômetro que ajudava a colocar um tempero especial no propulsor. Mas essa informação saiu apenas tempos depois e por conta de investigação. Inicialmente, a FIA colocou o problema em sigilo e apenas obrigou os italianos a entrarem nas regras. Pouco tempo depois, porém, a FIA conseguiu que a Ferrari concordasse com o teto orçamentário que a fábrica repeliu por tanto tempo.

GP da Bélgica 2021,
A situação de Spa em 2021 complicou Masi (Foto: Reprodução/Twitter/@F1)

As decisões tomadas no GP da Bélgica de 2021

A chuva tomou conta de Spa-Francorchamps no fim de semana do GP da Bélgica de 2021 e iniciou um apanhado de confusão por parte da direção de prova. Primeiro, ao longo da classificação do sábado, parecia claro que não era seguro andar. Sebastian Vettel chegou a pedir bandeira vermelha claramente no começo do Q2, algo que Masi ignorou e terminou numa forte batida de Lando Norris. No dia seguinte, a F1 esperou, torceu para a chuva dar uma trégua, mas nada parecia promissor. No fim das contas, a decisão foi deixar os carros rodando atrás do safety-car por duas voltas. O suficiente para encerrar a prova e dar metade dos pontos devidos aos pilotos. Mas competição, mesmo, não apareceu.

Hamilton e Verstappen bateram em Monza (Foto: Reprodução/F1 TV)

Os predominantemente culpados – Silverstone e Monza

Antes da sequência de acontecimentos incríveis das últimas quatro corridas da temporada, dois acidentes marcaram a rivalidade entre Hamilton e Verstappen em 2021. Nos GPs da Inglaterra e da Itália, os dois se tocaram. Em Silverstone, apenas Verstappen abandonou; em Monza, os dois. Mas nos dois casos um deles foi penalizado – primeiro Hamilton, depois Verstappen – por uma razão curiosa: ter sido predominantemente responsável pelo contato. Veja bem, não se trata de ser culpado pela batida, que é outra coisa. A punição veio por um dos pilotos ter iniciado o movimento que terminou em contato, apesar dos comissários terem entendido que foram ações de corrida nos dois casos.

Lewis Hamilton venceu o GP de São Paulo após todo o imbróglio (Foto: Mercedes)

A demora para a tomada de decisão quanto a asa da Mercedes em Interlagos

Se alguma questão técnica do carro não estiver em acordo com as regras, exclusão sumária da atividade. É uma das regras mais claras e antigas do esporte a motor, e foi o que aconteceu na classificação em Interlagos. A Mercedes de Hamilton tinha uma quebra. Exclusão. Mas demorou quase 20 horas até que a decisão saísse.

A fechada de Verstappen em Hamilton no Brasil (Foto: Reprodução/F1 TV)

A falta de punição a Verstappen em Interlagos

Na hora de defender de um Lewis Hamilton que atropelava os rivais pela pista, Max Verstappen jogou a Red Bull para fechar a Mercedes. Tudo bem, mas ele fechou até a beirada da pista e mais seis metros para fora depois disso. Apesar da atitude, a definição de jogar alguém para fora, nenhuma resposta. Nem mesmo depois de vários pilotos falarem abertamente que aquilo mudava tudo nas regras.

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O caminho do título de Verstappen em dez atos

Comissários rejeitam recurso da Mercedes sobre o incidente entre Verstappen e Hamilton

Não, os comissários nem avaliaram a saída de pista de Verstappen para jogar Hamilton ainda mais fora no Brasil. Com o passar dos dias e o surgimento da onboard do holandês, a Mercedes apelou. A sensação, com os pilotos confusos pelo que Max fizera, até chegou a ser de que haveria alguma atitude posterior. Mas não. Os comissários dobraram a aposta em seguir o jogo.

Esteban Ocon fez uma baita corrida e terminou fora do pódio por centímetros. Ainda se meteu numa conversa entre Masi e Red Bull (Foto: Alpine)

A negociação com a Red Bull

Ainda na Arábia Saudita, logo no começo, Verstappen recebeu ganhou a posição de Hamilton e usou um tanto da parte de fora da pista. Um acidente na sequência transformou as coisas, porque a bandeira vermelha fez com que todo mundo se preparasse para uma relargada parada. Só que Max não podia simplesmente trocar de posição com Lewis, porque Esteban Ocon se colocara entre os dois. O que começou uma conversa absurda de Masi com o representante da Red Bull. Durante o papo, transmitido na TV, ficou claro que o diretor não tinha percebido da presença de Ocon e ficou oferecendo soluções para a equipe dos energéticos evitar a punição. Ficou com um ar de comédia pastelão.

Lewis Hamilton e Max Verstappen se encontraram de novo, agora na Arábia Saudita (Foto: Mercedes/LAT Images)

As decisões quanto ao brake-test de Verstappen na Arábia

Mais uma vez, Hamilton atacava Verstappen numa das últimas corridas da temporada 2021. Em Jedá, na inauguração oficial da pista, Max já tinha recebido a ordem de devolver a posição após levar a melhor por fora da pista. Normal na luta de dois pilotos, nada que assustasse, e a ordem era padrão. O que aconteceu depois é que não foi. Verstappen travou no meio da pista para que Hamilton passasse antes da zona de abertura do DRS, mas Lewis travou. Devolver a posição parando no meio da pista rendeu uma punição de 5s. Pouco? Muito? Fato é que entrou para a conversa.

GP da Áustria 2021,
As incertezas dos limites de pista (Foto: Reprodução/Twitter/@F1)

As mudanças em situações de limites de pista

Toda hora nas últimas temporadas o público tem de lidar com voltas canceladas, chamadas de atenção e, em último caso, punições pelos limites da pista. Sozinho, isso já tem sua camada de discutível, mas fica muito pior quando falta consistência. Durante 2021, foram várias as vezes que os limites de pista da corrida do domingo foram diferentes daquelas da sexta-feira e do sábado.

O QUE F1 RESERVA COM REVOLUÇÃO NAS REGRAS DE 2022?

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