Acostumada a mandar e desmandar na Fórmula 1 desde 2014, a Mercedes está abaixo da Red Bull em 2021. O GRANDE PREMIUM lista fatores que explicam a mudança na ordem de forças
No começo de 2021, quando a pré-temporada ainda rolava, muito se falava que a Red Bull teria condições de fazer frente à Mercedes e, quiçá, ameaçar aqui e acolá. Porém, após oito etapas, a situação é outra: a Red Bull já domina e subjuga a Mercedes, que, perdida, fica atrás dos taurinos em uma posição que há muito não lhe pertencia.
Com oito corridas passadas, a Red Bull tem a ponta do Mundial de Pilotos com Max Verstappen, com 156 pontos, contra os 138 de Lewis Hamilton. Já no Mundial de Construtores, a equipe austríaca tem 252 tentos, contra os 212 dos anglo-alemães, corroborando o domínio taurino no ano. Com tudo isso na conta, o GRANDE PREMIUM elenca aqui alguns motivos que explicam o protagonismo da escuderia dos energéticos em 2021.
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Evolução do motor Honda
Desde o retorno à Fórmula 1, a companhia japonesa buscava uma afirmação total de que tinha voltado à boa forma. Após protagonizar cenas vergonhosas com a McLaren, sobretudo em 2015 e 2016, a empresa passou a fornecer a unidade motriz para a Red Bull a partir de 2019.
Após ficar atrás da Mercedes e das unidades de potência da Ferrari, a Honda entrega em 2021 um verdadeiro “canhão” para os taurinos, que até o momento dominam o campeonato e apresentam um carro melhor na parte aerodinâmica e também no quesito potência.
Melhor compreensão do regulamento
Às vésperas da entrada do novo regulamento técnico da Fórmula 1, que passa a vigorar em 2022, pouco mudou entre 2020 e 2021. Dito isso, algumas mudanças aconteceram. A diminuição do downforce, causada pelas alterações no assoalho, as mudanças no difusor e nos dutos de freio traseiros parecem ter caído melhor para o RB16B, que evoluiu melhor que o W12 e desponta como o grande carro de 2021.
Chegada de Sergio Pérez
Verdade seja dita: ‘Checo’ demorou a engrenar na equipe taurina. O mexicano pediu cinco corridas para se adaptar; tão logo o prazo se esgotou, venceu o GP do Azerbaijão em atestado límpido de que estava adaptado à nova casa.
No Mundial, Pérez é o terceiro colocado, com 96 pontos, atrás apenas do líder, Max Verstappen e de Lewis Hamilton. Com um segundo piloto tão forte assim, a Red Bull anota vantagem neste quesito.
Má fase de Valtteri Bottas
Se do lado taurino o segundo piloto é sinônimo de segurança e bons resultados, a Mercedes conta com um Valtteri Bottas mais apagado do que nunca. Cercado pela especulação de que deixará a equipe no fim de 2021, o nórdico pouco faz na pista para justificar a permanência.
Como melhores resultados, quatro terceiros lugares, no GP do Bahrein, Portugal, Espanha e mais recentemente na Estíria. Além disso, uma pole-position em Portimão se destaca no cartel do finlandês, que é apenas o quinto colocado no Mundial de Pilotos com 74 pontos, atrás inclusive de Lando Norris, da McLaren.
Além do resultado aquém nas pistas e da incerteza do futuro, Bottas ainda consegue protagonizar cenas que apenas reforçam sua saída da Mercedes, como a enfadonha rodada nos boxes no GP da Estíria e a ríspida troca de mensagens por rádio com a equipe no GP da França.
Ótima fase de Max Verstappen
Max Verstappen está melhor do que nunca. Aos 23 anos de idade, o holandês já se mostra pronto para ser campeão mundial. Sabendo dosar a genialidade com a consistência, o piloto não comete mais erros bobos ou joga fora chances preciosas.
Com quatro vitórias e três pole-positions, Verstappen alinha o ótimo RB16B que tem nas mãos com uma eficácia impressionante e tira proveito das falhas da Mercedes de maneira impiedosa. Com 156 tentos no Mundial, 18 a mais que Hamilton, o holandês abre vantagem e pavimenta o caminho rumo ao primeiro mundial da carreira.
Red Bull quase perfeita, Mercedes perdida
Se até 2021 a Mercedes ditava o ritmo de tudo, apresentava estratégias brilhantes, carros perfeitos e vencia com sobras, em 2021 tudo mudou. Acostumada no passado recente a ter o protagonismo, a Red Bull até perdeu o GP do Bahrein, levando um undercut dos anglo-alemães.
Porém, depois disso, com as lições devidamente aprendidas, a equipe dos energéticos passou a dar as cartas, dominar, inovar e vencer a Mercedes em estratégias e na pista, salvo o GP da Espanha, último triunfo da Mercedes em 2021. Um incrível jejum de quatro corridas fora do topo do pódio.
Foco total em 2021
A equipe dos energéticos quer ser oportunista. Mesmo correndo o risco de iniciar 2022 atrás, quando o novo regulamento técnico da categoria entrará em vigor, a equipe foca em 2021 e na chance única de sair da fila de títulos que dura desde 2013.
Com uma era híbrida dominada pela Mercedes, a Red Bull sabe que 2021 é a oportunidade perfeita para desbancar os anglo-alemães e, até agora, cumpre à risca o papel de desafiante.
Do outro lado da briga, por mais que Lewis Hamilton não queira, a Mercedes jura de pé junto que deixou de lado o desenvolvimento do W12 e que já deposita as forças no carro da próxima temporada. Christian Horner, chefe taurino, crê em um blefe dos anglo-alemães, mas na pista a diferença é facilmente sentida.
100% de aproveitamento nas corridas de rua
Etapas em circuitos de rua sempre trazem um tempero especial para as corridas. Em 2021, a rodada dupla de circuitos não permanentes bagunçou o campeonato e serviu como impulso para os taurinos tomarem as rédeas do certamente. Após uma corrida pífia da Mercedes, que viu Bottas abandonar por conta de um pit-stop desastroso e Hamilton finalizar apenas em sétimo, a Red Bull venceu com Verstappen.
Na rodada seguinte, nas ruas da capital azeri, Verstappen abandonou após um furo de pneu, mas ‘Checo’ Pérez fez valer a estrela e venceu, provocando um erro bizarro de Hamilton, que acabou em 15º, enquanto Bottas, discretíssimo ao longo do fim de semana, foi 12º.
Teto orçamentário
Em 2021, o teto orçamentário de gastos começou a valer. Se por um lado as finanças estão equalizadas, por outro, quem antes tinha muito para gastar e podia injetar quantias quase infinitas de dinheiro, agora se vê sob um limite.
Ruim para a Mercedes: a equipe precisa correr atrás da rival, mas precisar também cortar investimentos em desenvolvimento e pesquisa. Melhor para a Red Bull, que se aproveita de condições financeiras semelhantes para aproveitar o momento e dominar.
Com a intensificação da medida para 2022 e a adoção do novo regulamento técnico no próximo ano, os taurinos não dão sinais de que largarão a oportunidade de triunfar em 2021.
Hamilton mais errático
Acostumado a mandar e desmandar nas corridas e nos campeonatos, Lewis Hamilton mostra, em 2021, uma versão bem incomum e errática. A grande cena que comprova isso foi a manobra na relargada do GP do Azerbaijão.
Além disso, mais recentemente, no GP da Áustria, Hamilton chegou a quase rodar na perseguição contra o holandês. Ao que tudo indica, o heptacampeão mundial apresenta dificuldades em deixar de lado o papel de protagonista.
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