Como o GP da Cidade do México passa a receber a etapa mexicana com novo nome e na mesma pista, GRANDE PREMIUM destaca outras pistas que fizeram o mesmo

É uma raridade um circuito receber a Fórmula 1. Mesmo nos tempos de calendário mais cheio da história, somente pouco mais de duas dezenas de pistas de corrida recebem a F1 dentre as centenas de estruturas prontas para corridas de automóvel mundo afora. Mesmo assim, algumas pistas já receberam mais de um evento. Não mais de um GP, veja, mais de um evento.

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O GRANDE PREMIUM aproveita a situação do GP da Cidade do México do próximo fim de semana para destacar algumas pistas que passaram por algo assim.

*Escrito em parceria entre Pedro Henrique Marum e Gabriel Carvalho

O Hermanos Rodríguez é mais uma pista que recebe o segundo evento diferente (Foto: GP do México)

Hermanos Rodríguez (México e Cidade do México)

A lista começa exatamente no protagonista da semana. O circuito Hermanos Rodríguez recebeu o GP do México válido pelo mundial da F1 desde 1963 e por três passagens: 1963-1970, 1986-1992 e desde 2015. A questão é que o governo federal mexicano resolveu fazer mudanças e realocar o investimento para pagar a taxa de sede exigida para a F1. Em vez disso, aportou o dinheiro num enorme projeto de expansão ferroviária pela Península de Yucatán. Assim, gente da iniciativa privada resolveu pagar a taxa e promover o evento que, a partir deste ano, deixa de ser o GP do México e passa a ser o GP da Cidade do México. Mas no mesmo local.

Silverstone é a casa da F1 (Foto: Red Bull Content Pool/Getty Images)

Silverstone (Inglaterra e 70 anos)

A verdade é que as circunstâncias impostas pela pandemia do novo coronavírus fizeram essa lista praticamente se desenhar sozinha nos últimos dois anos. Silverstone foi a casa da primeira corrida da história da F1 e tradicionalmente serve de sede do GP da Inglaterra. Em 2020, entretanto como alternativa para o calendário travado, acabou recebendo duas provas: o GP da Inglaterra de sempre e o GP dos 70 Anos, que levou o nome comemorativo já que aconteceu perto do septuagésimo aniversário na primeira prova da história da F1.

INTERLAGOS
Interlagos agora é a casa do GP de São Paulo (Foto: Duda Bairros/Vicar)

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Interlagos (GP do Brasil e São Paulo)

A mesma coisa que no México acontecerá no GP brasileiro a partir desta temporada 2021. Após um duelo com contornos eleitorais entre o governo federal – que tinha interesse em levar a corrida para um autódromo inexistente no Rio de Janeiro – e o governo estadual de São Paulo, a F1 acabou assinando contrato para permanecer na capital paulista e assumir o nome de GP de São Paulo no lugar de GP do Brasil. Mas na pista de Interlagos

Ímola recebeu o GP da Emília-Romanha nos dois últimos anos (Foto: Renault)

Ímola (Itália, San Marino e Emília-Romagna)

É normal lembrar de Ímola, próxima a Bolonha, como sede do GP de San Marino. É verdade que essa foi a nomenclatura da corrida disputada na pista entre 1981 e 2006, mas a primeira prova em Ímola foi o GP da Itália de 1980, ano em que Monza passava por reforma grande. Nos últimos dois anos, pista retornou ao calendário, agora como GP da Emília-Romanha.

A largada do GP de Eifel de 2020, em Nürburgring (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Nürburgring (Alemanha, Europa, Luxemburgo e Eifel)

Apesar dos três eventos diferentes realizados em Ímola, o recorde de eventos está com Nürburgring. A pista alemã construída no meio das montanhas de Eifel recebeu incríveis quatro corridas diferentes. Foram 41 provas ao todo: todas entre 1951 e 1976 foram como GP da Alemanha. O reaparecimento, em 1984, seria como GP da Europa, ao passo que a pista sediou o GP de Luxemburgo no anos de 1997 e 1998. Em 2020, foi GP de Eifel. Ao todo, foram um GP de Eifel, dois de Luxemburgo, 12 GPs da Europa e 26 GPs da Alemanha.

Schumacher e Villeneuve, 1997: a decisão em Jerez (Foto: Reuters)

Jerez (Espanha e Europa)

A pista de Jerez de la Frontera recebeu a Fórmula 1 somente sete vezes, mas deu tempo de servir como dois eventos diferentes. A pista foi casa do GP da Espanha entre 1986 e 1990 e deixou o calendário por alguns anos. Voltaria em 1994 e 1997, em ambas oportunidades como GP da Europa.

Sergio Pérez venceu em Baku em 2021 (Foto: Mark Thompson/ Getty Images/Red Bull Content Pool)

Baku (Europa e Azerbaijão)

A última pista a receber o atualmente desativado GP da Europa foi aquela estabelecida nas ruas de Baku. Na temporada 2016, quando estreou, levou o continente como batismo. Entretanto, no ano seguinte já mudou: virou GP do Azerbaijão, nome que popularizou a prova e a pista veloz de rua.

F1 2019 ÁUSTRIA RED BULL RING
O GP da Áustria acontece no Red Bull Ring, casa tradicional da F1 (Foto: Reprodução/Twitter)

Red Bull Ring (Áustria e Estíria)

A pista que recebe a Fórmula 1 em Spielberg é uma velha conhecida. Afinal, apesar de ter outro nome e ser inteiramente diferente, era naquele mesmo lugar que estava o antigo circuito de Österreichring, que recebeu o GP da Áustria entre 1970 e 1987. Depois, com cara nova, voltou a receber a prova entre 1997 e 2003 e, claro, após comprado e reformado pela Red Bull, fez Spielberg retornar em 2014. Nos últimos dois anos, 2020 e 2021, a pista recebeu duas corridas por ano: o GP da Áustria e o GP da Estíria. Tudo indica que a versão da Estíria fica no passado a partir de 2022.

LEWIS HAMILTON; MERCEDES; F1; PRÉ-TEMPORADA; BAHREIN;
O GP do Bahrein já é uma prova tradicional do calendário (Foto: Mercedes)

Sakhir (Bahrein e Sakhir)

A pista instalada perto de Manama, capital do Bahrein, passou a receber a F1 em 2004 e seguiu presença ao longo dos anos 2000, tornando-se presença tradicional no calendário – apesar do estado de convulsão social que causou o cancelamento da corrida em 2011 e outras crises ao longo dos anos, sempre com os abusos autoritários e desrespeito aos direitos humanos do sistema monárquico local. De qualquer forma, o Bahrein não apenas ficou no calendário após os problemas enormes do começo da década passada como ganhou força e, em meio à pandemia, ganhou um segundo evento: o GP de Sakhir. Nesta prova, os carros andaram pela pista do anel externo do traçado barenita, bem diferente ao estilo da F1 e muito veloz.

Jean-Pierre Jabouille conquistou a primeira vitória dos motores turbos na F1 em Dijon, 1979 (Foto: Pinterest)

Dijon (França e Suíça)

O velocíssimo e desafiador circuito de Dijon-Prenois teve vida curta na Fórmula 1 e recebeu somente seis corridas ao longo de uma década. Tudo bem, foi o suficiente para receber o GP da França por cinco vezes: 1974, 1977, 1979, 1981 e 1984. E um GP da Suíça! Em 1982. É algo memorável porque, em fato famoso no esporte a motor, as corridas de automóvel ficaram proibidas entre 1955, por conta do desastre de Le Mans, e 2016 na Suíça. Atualmente, apenas carros elétricos podem disputar corridas no país, então segue sendo um não para a F1.

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