A Fórmula 1 tem seus perigos, mas a vida fora dela não fica para trás. Fernando Alonso que o diga. Separamos dez acidentes preocupantes que aconteceram fora dos autódromos

Os últimos dias trouxeram um susto para os fãs de Fórmula 1. Fernando Alonso sofreu um acidente de bicicleta e, apesar de já até mesmo já ter recebido alta do hospital, flertou com lesões mais graves. Não foi uma situação inusitada: ao longo dos últimos anos, acidentes de pilotos fora dos autódromos se tornaram relativamente comuns.

Acidente aéreo? Teve. Acidente de moto? Teve. Acidente de bicicleta? Ô se teve. O GRANDE PREMIUM olha para o passado e separada dez incidentes com consequências para a Fórmula 1.

Os critérios para essa lista são simples: é necessário ser um piloto envolvido com a F1 no momento do acidente e, além disso, sofrer acidente em algum acontecimento que não seja uma competição propriamente dita, incluindo tanto lazer quanto situações normais do cotidiano. Vamos lá.

Nannini, acidente de helicóptero, 1990

Quis a cronologia que a lista começasse com um acidente dos mais feios. Alessandro Nannini era um piloto promissor da Fórmula 1, isso até a tentativa de pouso do helicóptero em sua chácara na Itália. O piloto perdeu controle e causou forte impacto contra o solo, jogando Nannini para fora. Em um lance de infelicidade extrema, uma das hélices decepou parte do braço direito do então piloto da Benetton. Em um piscar de olhos, chegava ao fim a carreira na F1. A história, todavia, não é 100% triste: esforços médicos conseguiram reimplantar o membro perdido e, após longa recuperação, Nannini retomou a carreira no turismo europeu. 

Senna, acidente de jet-ski, 1991

Era junho de 1991 e Ayrton Senna aproveitava tempo livre no Brasil, em Angra dos Reis. O piloto vinha forte para o tricampeonato de Fórmula 1 quando se viu em uma situação que poderia colocar tudo a perder. Em um passeio, o brasileiro caiu no mar e foi atropelado pelo jet-ski um amigo. O saldo: pontos na parte de trás da cabeça e a necessidade de usar proteção extra no capacete para driblar a dor. O piloto tentou esconder a situação em um primeiro momento, mas tudo veio a público após capotagem do brasileiro em acidente no GP seguinte, o do México. Mesmo com o susto aquático, o piloto seguiu na campanha do tri sem maiores problemas.

A campanha do tri de Senna quase foi prejudicada por acidente extrapista (Foto: Reprodução)

Coulthard, acidente de avião, 2000

O acidente com potencial mais devastador da lista é, incrivelmente, um dos que menos teve consequências. David Coulthard estava voando até Mônaco em maio de 2000, isso até problemas no motor da aeronave levarem a um acidente durante pouso emergencial. David teve a sorte de escapar por conta própria, virtualmente ileso. Piloto e copiloto, entretanto, morreram. O escocês foi submetido a uma bateria de exames no GP seguinte, o da Espanha, mas foi liberado para correr. E terminou em segundo. Sorte na vida é isso aí.

Montoya, acidente jogando tênis, 2005

Juan Pablo Montoya foi para a McLaren em 2005 com uma missão clara: perder peso. Após anos sem se importar com isso na Williams, o colombiano buscou hábitos mais saudáveis. Dentre eles, jogar tênis. Era bom para o corpo, mas só até o dia em que o piloto machucou o punho em uma partida. Foram necessários dois GPs de afastamento em um episódio que já ditava o tom para a difícil passagem do piloto por Woking. A cereja no bolo foi que, na volta ao batente, o Juan Pablo já estava recuperando parte do peso perdido meses antes. É…

Juan Pablo Montoya teve passagem difícil pela McLaren (Foto: McLaren)

Heidfeld, acidente de bicicleta, 2005

Nick Heidfeld estava com um azar tremendo em 2005. Para começo de conversa, pegou uma Williams cada vez mais decadente. Depois, sofreu acidente em teste privado e perdeu os GPs da Bélgica e da Itália para se recuperar com calma. O GP seguinte, o do Brasil, seria o do retorno. Não foi: o alemão andava de bicicleta quando foi acertado por uma moto, o que forçou ausência nos últimos três GPs do ano também. Maneira adequada de encerrar a tenebrosa passagem pela equipe britânica, já que assinou com a BMW para 2006.

Webber, acidente de bicicleta, 2008

A primeira de duas menções a Mark Webber nessa lista é em um incidente pouco conhecido. Era fim de 2008 e, já de férias, o piloto andava de bicicleta na Austrália quando foi atingido por um carro. O impacto causou uma série de lesões, incluindo uma fratura na perna direita. A previsão inicial era de seis meses de recuperação, o que comprometeria a temporada 2009. Um esforço hercúleo de piloto e equipe, incluindo mudança de data de testes e operações já com a temporada acontecendo, permitiram que Mark não perdesse um único GP.

Schumacher, acidente de moto, 2009

Essa pode não parecer digna da lista em primeira análise. Afinal, Michael Schumacher já não era piloto de F1 em 2009. Mas há um porém: poderia ter sido. A história começa em fevereiro, quando o alemão fez um teste despretensioso com uma moto na Espanha. Andando na casa dos 130 km/h, o heptacampeão caiu e bateu com relativa força contra o asfalto. Levou tempo até o então aposentado se recuperar por completo, principalmente na região do pescoço. E foi assim que Michael não conseguiu substituir Felipe Massa após o acidente da mola em julho. A vaga na Ferrari ficou com Luca Badoer e, depois, com Giancarlo Fisichella.

Webber, acidente de bicicleta, 2010

Mark Webber terminou o GP de Singapura de 2010 como líder do campeonato e com chance única de ser campeão mundial. Não era de jeito nenhum o momento para sofrer um acidente de mountain bike, resultando em uma lesão no ombro. Não era um problema grave, mas exigiria o uso de remédios para combater a dor até o fim da temporada. É difícil dizer o impacto que isso teve na pilotagem, mas a campanha de Webber foi pelo ralo: o australiano não venceu nenhuma das quatro corridas restantes e acabou vendo o companheiro Sebastian Vettel levantando o caneco.

Pascal Wehrlein viu o mundo de cabeça para baixo em 2017 (Foto: Reprodução)

Wehrlein, acidente na Corrida dos Campeões, 2017

Essa ainda está fresca na memória. Pascal Wehrlein tinha trocado a Manor pela Sauber para a temporada 2017, só que a nova parceria começou com o pé esquerdo. Participando do Race of Champions, uma prova de exibição com figurões do automobilismo, o alemão conseguiu a proeza de capotar enquanto corria contra Felipe Massa. A consequência não parecia tão grave, sendo só uma lesão no pescoço. Só que os músculos não voltaram ao normal tão rapidamente e, na altura do GP da Austrália, Pascal mal aguentou os treinos livres de sexta-feira. A consequência foi o afastamento de dois GPs, com Antonio Giovinazzi substituindo.

Alonso, acidente de bicicleta, 2021

A lista se encerra com a adição mais recente. Fernando Alonso andava de bicicleta pela cidade de Lugano quando foi atingido por um carro, situação que causou apreensão imediata. Afinal, as memórias do acidente de Alessandro Zanardi em 2020 ainda estão frescas na memória. Só que o espanhol teve alguma sorte, sofrendo ‘só’ uma fratura na mandíbula e perdendo alguns dentes. Ainda não se sabe quanto tempo vai levar até uma recuperação plena, mas não parece ser motivo para grande preocupação em 2021.

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