Após o anúncio de Valtteri Bottas na Alfa Romeo, a Fórmula 1 encaixou mais uma peça no quebra-cabeças para a formação do grid de 2022. Alguns espaços, no entanto, seguem abertos e com vários pilotos de olho

A semana da Fórmula 1 começou agitada. O GP da Holanda ainda estava vivo na memória de muitas pessoas, enquanto a Alfa Romeo anunciou que Valtteri Bottas foi o escolhido para substituir Kimi Räikkönen na temporada 2022 da F1. Uma mudança esperada há um tempo, mas que precisava de confirmação.

Com isso, agora o grid da F1 2022 já conta com 13 pilotos confirmados e sete vagas abertas. Algumas estão mais indefinidas do que outras, é verdade. Na Mercedes, por exemplo, George Russell deve ganhar o posto que é atualmente ocupado por Bottas.

GP da Holanda só engana e F1 ainda deve uma corrida

Na Aston Martin, Lance Stroll deve seguir no time comandado pelo pai por mais um ano. E a AlphaTauri faz apenas charme para firmar novo acordo com Pierre Gasly, especialmente após a renovaçãod e Sergio Pérez com a Red Bull.

No 10+ de hoje, selecionamos alguns pilotos que ainda seguem na disputa por um pequeno e valioso espaço no grid da F1 no próximo ano.

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Antonio Giovinazzi busca se manter na F1 em 2022 (Foto: Alfa Romeo)

Antonio Giovinazzi

Se você olhar a carreira de Giovinazzi na base, vai encontrar alguns bons resultados, como o vice da GP2 em 2016, misturados com pontuações discretas no meio do pelotão. Mesmo assim, o italiano está na Fórmula 1 desde 2017, quando fez duas corridas pouco notáveis pela Sauber, com direito a um belo acidente no GP da China.

Desde 2019 na Alfa Romeo, Giovinazzi é sempre questionado pelos fãs da categoria. “O que ele está fazendo lá?” é uma das perguntas mais vistas nas redes sociais. Apesar de fazer nova temporada ruim, mesmo com evolução do carro, Antonio é constantemente mais veloz do que o companheiro Räikkönen.

Com a chegada de Bottas na vaga do finlandês, sobra apenas um espaço para Giovinazzi na equipe para 2022. Apesar disso, os rumores dão conta de que a Alfa Romeo vai aproveitar o novo regulamento para fazer uma modificação completa na dupla de competidores. Se tudo der certo, volta a ser pilotos de testes no ano que vem.

Nyck De Vries é o atual campeão da Fórmula E, com a Mercedes (Foto: Fórmula E)

Nyck De Vries

Quando foi campeão da Fórmula 2 em 2019, De Vries esperava que a Mercedes o ajudasse a encontrar um espaço no grid da Fórmula 1 no ano seguinte, mas isso não aconteceu. A vaga na Williams, por exemplo, sobrou para o vice Nicholas Latifi.

Neste período, decidiu partir para a Fórmula E e viu vários ex-companheiros de grid na F2 subirem ou passarem pela F1, como Jack Aitken, Mick Schumacher e até mesmo Nikita Mazepin — esse último, ex-companheiro que chegou a fazer 255 pontos a menos em uma mesma temporada.

Depois de conquistar o título da Fórmula E em uma temporada de pouco brilho, mas muita consistência, o nome do holandês voltou a cercar o paddock da Fórmula 1, novamente graças ao apoio da Mercedes. Seu nome é mencionado em conversas com Alfa Romeo e Williams, mas deve ficar mesmo com a vaga deixada por George Russell no time de Grove.

Nicholas Latifi quer manter o lugar na F1 pelo terceiro ano seguido (Foto: Williams)

Nicholas Latifi

Outro piloto que está no grid da Fórmula 1, mas ainda não foi confirmado para a próxima temporada. Depois de sofrer muito na Wiliams em 2020 e zerar na tabela de pontos, o canadense mostrou alguns momentos decentes em 2021.

Apesar de ainda sofrer muito com o carro, especialmente nas classificações, pontuou em duas corridas seguidas: Hungria e Bélgica. Com isso, possui sete pontos conquistados na temporada. Ainda é ofuscado pelo companheiro George Russell, o que colabora com a pecha de “piloto pagante”.

A grande diferença, porém, é que a Williams já não vive o mesmo caos financeiro de outrora, quando Latifi chegou lá com o dinheiro do pai. Agora, comprada por investidores, a equipe admite que já pode viver sem pilotos pagantes e, com isso, Nicholas pode sair da brincadeira de andar na Fórmula 1. Mesmo assim, segue como um forte nome para 2022.

Alexander Albon
Alexander Albon já passou pela F1, com Toro Rosso e Red Bull (Foto: Red Bull Content Pool)

Alexander Albon

Albon talvez seja o nome mais conhecido dessa lista, especialmente por ter alcançado uma das maiores equipes do grid da Fórmula 1 em um passado bem recente. Depois de passagem rápida pela F2, subiu em 2019 para correr na Toro Rosso.

Com bons resultados na primeira metade da temporada, o tailandês foi promovido para a Red Bull no mesmo ano e, em boa parte das provas, não decepcionou. O problema é que o bom rendimento sumiu em 2020, apesar de dois pódios, e Albon não foi sombra para Max Verstappen. Acabou substituído por Sergio Pérez.

Depois de passear pelo DTM, o nome de Albon voltou a ser ventilado na Fórmula 1. A Red Bull, que comanda sua carreira, deseja vê-lo em alguma equipe na temporada 2022. Alfa Romeo e Williams são as maiores possibilidade. Na segunda, porém, há o fato de receber motores da Mercedes e a montadora alemã não está disposta a facilitar o acordo.

Yuki Tsunoda passa longe de uma temporada dos sonhos na F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

Yuki Tsunoda

Quando Tsunoda foi confirmado na Fórmula 1, no fim de 2020, parecia uma mudança de ares na AlphaTauri, principalmente com a saída de Daniil Kvyat. O japonês chegou bancado pelo consultor Helmut Marko, apesar da breve passagem pela Fórmula 2 e da pouca idade (20 anos).

Na primeira corrida do ano, porém, Tsunoda mostrou que poderia dar conta do recado e conseguiu pontuar com um grande 9º lugar. Depois, no entanto, não fez muito mais mais. Seu melhor resultado foi no caótico GP da Hungria, quando chegou a briga pelo pódio, mas ficou em sexto.

Após 13 corridas, o japonês ficou mais conhecido pela irritação e os muitos palavrões nos rádios com a equipe do que pelo desempenho na pista. Por isso, apesar de ser bancado pro Marko, ainda não foi garantido na próxima temporada e vive cercado por outros pilotos da Academia da Red Bull que são mais experientes e estão andando bem em categorias de base — e que serão mencionados aqui, claro.

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Jüri Vips é uma das grandes apostas da Red Bull para o futuro (Foto: Red Bull Content Pool)

Jüri Vips

Se você perguntasse, em 2018 e 2019, qual o futuro da Red Bull, a maior parte dos especialistas apontaria o nome do estoniano Jüri Vips. Dono de grandes campanhas na F3 Europeia e na Fórmula 3, o jovem parecia predestinado a um lugar na Fórmula 1, dependendo apenas dos pontos na superlicença.

Por isso, ainda em 2019, a Red Bull o mandou para a Super Formula, mas fez apenas uma corrida. Em 2020, a pandemia de Covid-19 atrapalhou os planos, mas a vaga na Fórmula 2 surgiu como um presente dos céus após o acidente de Sean Gelael em Barcelona.

Em 2021, na Hitech GP, Vips faz um campeonato consistente na F2 e ocupa a quinta posição. Até agora, foram duas vitórias, uma pole e uma volta mais rápida, que o credenciam a uma chance de título nas etapas finais do ano. Mais maduro, pode ganhar a vaga de Tsunoda na AlphaTauri, apesar de ter um competidor duro na briga.

Liam Lawson corre na F2 e no DTM em 2021 (Foto: Red Bull Content Pool)

Liam Lawson

O neozelandês Liam Lawson é uma das joias preciosas da Red Bull na atualidade. Dono de grande campanha na maior parte dos campeonatos de base que disputou ao longo da carreira, subiu em 2021 para a Fórmula 2 e corre ao lado de Vips na Hitech GP.

Apesar de ser o oitavo colocado no certame, mostrou bom rendimento em diversas etapas e chegou a vencer na abertura do campeonato. No DTM, faz melhor ainda e ocupa a vice-liderança, com três triunfos conquistados.

Com apenas 19 anos, talvez seja cedo demais para Lawson ganhar um espaço na Fórmula 1, ainda mais na AlphaTauri que vive com alta rotatividade de pilotos, mas ninguém imagina o que se passa na cabeça de Helmut Marko.

CALLUM ILOTT; FÓRMULA 2; F2; UNI-VIRTUOSI;
Callum Ilott foi vice-campeão da F2 em 2020 (Foto: FIA Fórmula 2)

Callum Ilott

O nome de Callum Ilott ser especulado na Fórmula 1 não é nenhuma novidade. Depois de bom desempenho na Fórmula 2 no ano passado, quando ficou com o vice-campeonato, foi colocado como potencial piloto da Alfa Romeo ou Haas por conta de sua participação na Academia de Pilotos da Ferrari. No fim, foi preterido por veteranos em uma equipe e por Mick Schumacher e Nikita Mazepin em outra.

Ilott segue ligado à F1 como piloto de testes de Ferrari e Alfa Romeo. E é essa última equipe que pode colocá-lo no grid do Mundial pela primeira vez, dependendo de acordos financeiros vantajosos, é claro. Para o britânico, seria ótimo, ainda mais ao lado de um experiente Valtteri Bottas. Mas como vimos aqui, a disputa é intensa.

Ainda em 2021, aliás, Ilott vai disputar uma etapa da Indy, em Portland. Mas já deixou claro que está apenas “para experimentar” e não fechou as portas para a F1, especialmente no futuro próximo.

Théo Pourchaire já venceu em Mônaco na F2 e testou com a F1 na Hungria (Foto: Alfa Romeo)

Théo Pourchaire

O francês Théo Pourchaire é o mais novo da lista, pois completou 18 anos no último dia 20 de agosto. Apesar disso, é o atual vice-campeão da Fórmula 3 e está em sexto lugar na Fórmula 2, com direito a vitória nas apertadas ruas de Mônaco.

Membro do Sauber Junior Team, Pourchaire possui próxima ligação com a Alfa Romeo e recentemente foi elogiado pelo chefe do time, Fréderic Vasseur, que o considerou “um dos melhores para o futuro”. Apesar disso, a pouca idade deve pesar contra o jovem francês.

Guanyu Zhou é piloto de testes da Alpine e corre na Fórmula 2 (Foto: Alpine)

Guanyu Zhou

Integrante da Academia de Pilotos da Renault, hoje Alpine, Guanyu Zhou é um nome que desperta atenção nas categorias de base há alguns anos. Atual vice-líder da Fórmula 2, em seu terceiro ano na categoria, finalmente está mostrando desempenho suficiente para subir de classe.

O que pesa a seu favor, no entanto, é o fato de ser chinês e poder, assim, carregar muitos fãs e audiência para a Fórmula 1 caso consiga uma vaga. Neste ano, já levou o título da F3 Asiática, mas corre por fora na briga por vagas em 2022.

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