Com a chegada de Luca Marini, a MotoGP terá três duplas de irmãos dividindo a pista na temporada. Mas que outros pilotos viveram a mesma situação?

A temporada 2021 da MotoGP terá um ambiente ainda mais familiar. Com o salto de Luca Marini para a classe rainha do Mundial de Motovelocidade, serão três as duplas de irmãos dividindo as pistas na categoria de elite do motociclismo.

Novo piloto da Avintia, o vice-campeão de 2020 da Moto2 é filho de Stefania Palma e, portanto, meio irmão de Valentino Rossi. Além dos italianos, Aleix e Pol Espargaró e Marc e Álex Márquez também competem na mesma categoria.

Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube! Clique aqui.
Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram!

Luca Marini é irmão de Valentino Rossi por parte de mãe (Foto: VR46)

Isso, contudo, não é exclusividade da MotoGP. Fórmula 1, Indy, Stock Car e até o Rali Dakar já viram irmãos competindo juntos ao longo dos anos. E o 10+ relembra esses momentos fraternais do esporte a motor mundial.

1) Aleix e Pol Espargaró

Aleix Espargaró já tinha pouco mais de três temporadas de experiência na Moto2 quando o irmão mais novo Pol desembarcou na classe rainha para vestir as cores da Tech3. Hoje com 31 anos, o mais velho dos pilotos de Granollers é titular da Aprilia, mas apesar do contrato de fábrica, ainda está bastante aquém dos resultados obtidos por Pol.

Campeão da Moto2 em 2013, Pol soma seis pódios na MotoGP, contra apenas um do irmão. Os dois, contudo, estão empatados no número de poles: duas para cada lado.

Pol e Aleix Espargaró correm juntos já há alguns anos (Foto: Sebas Romero/KTM)

2021, todavia, tem potencial para tornar o placar ainda mais elástico. Enquanto Aleix segue com a casa de Noale, Pol vai formar par com Marc Márquez na poderosa Honda.

2) Marc e Álex Márquez

Marc Márquez ganhou a companhia do irmão no grid da MotoGP só em 2020, o que significa que ele mal conseguiu aproveitar, uma vez que quebrou o braço ainda na abertura do campeonato e não voltou mais a correr.

Diferente de Pol e Aleix, Marc e Álex tem um currículo anterior à MotoGP similar, uma vez que os dois foram campeões nas classes menores: o mais velho venceu nas 125cc em 2010 e na Moto2 em 2012, enquanto o caçula venceu a Moto3 em 2014 e a classe intermediária em 2018.

Na classe rainha, porém, Marc já é hexacampeão, soma 56 vitórias, 95 pódios e 62 poles. Álex conseguiu dois pódios na temporada de estreia.

Marc e Álex Márquez quase não correram juntos em 2020 (Foto: Repsol)

3) Valentino Rossi e Luca Marini

Tal qual aconteceu com Álex, Luca Marini vai se juntar a um irmão multicampeão no grid da MotoGP. Aos 41 anos, Valentino vai para a 22ª só na classe rainha, onde acumula 89 vitórias, 199 pódios e 55 poles.

Marini, por sua vez, tem apenas cinco temporadas na Moto2 no currículo do Mundial de Motovelocidade. Vice-campeão no ano passado, Luca venceu seis corridas e conseguiu 15 pódios e cinco poles na classe intermediária.

Diferente do caçula, que nunca foi campeão mundial ― e tampouco competiu na classe menor, já que fez uma única corrida na Moto3 em 2013 ―, Rossi venceu nas 125cc em 1997 e nas 250cc em 199.

4) Emerson e Wilson Fittipaldi

O Brasil também teve irmãos contemporâneos na Fórmula 1. Emerson e Wilson Fittipaldi dividiram as pistas do Mundial em 1972, 1973 e 1975.

Apesar de mais novo, foi Emerson quem chegou primeiro à elite do automobilismo e fez a estreia em 1970. Com 144 GPs na carreira, o agora ex-piloto de 74 anos acumulou 14 vitórias, seis poles, 35 pódios e o bicampeonato, com títulos em 72 e 74.

Três anos mais velho, Wilson estreou em 72, mas abandonou 21 dos 35 GPs que disputou ― 25 pela Brabham e dez pela Copersucar ― e conseguiu somar apenas três pontos na categoria.

Wilson Fittipaldi correu com o irmão na F1 (Foto: George Standaar/Forix)

5) Gilles e Jacques Villeneuve

Os irmãos Villeneuve também correram juntos na Fórmula 1, mas apenas em duas corridas. Em 1981, Jacques disputou os GPs de Vegas e do Canadá, acompanhando Gilles, que estava na quarta temporada completa na categoria.

O tio do outro Jacques, o mais famoso, contudo, teve uma carreira muito mais discreta que o irmão, apesar de participações nas 500 Milhas de Indianápolis e nas 24 Horas de Le Mans.

Gilles, por sua vez, venceu sete vezes na Fórmula 1, somou 13 pódios e fez duas poles. O canadense morreu aos 32 anos em decorrência de um acidente na classificação do GP da Bélgica de 82, em Zolder.

6) Michael e Ralf Schumacher

Michael e Ralf Schumacher dividiram as pistas na Fórmula 1 por dez temporadas. O mais velho estreou no Mundial em 1991 e, quando o irmão chegou, já acumulava dois títulos mundiais.

Ao longo da carreira, Michael defendeu quatro equipes: Jordan, Benetton, Ferrari e Mercedes, acumulando 91 vitórias, 155 pódios, 67 poles e um total de sete títulos. O caçula defendeu Jordan, Williams e Toyota na passagem de 11 temporadas, somando seis vitórias, 27 pódios e seis poles.

Antes do Mundial, Michael foi campeão da Fórmula 3 Alemã, enquanto Ralf venceu a Fórmula Nippon.

Michael e Ralf Schumacher dividiram o pódio do GP da Hungria de 2005 (Foto: Ferrari)

7) Michael e Jeff Andretti

A família Andretti também teve dois irmãos contemporâneos no esporte. Jeff e Michael Andretti correram juntos na Champ Cars no início dos anos 90.

Mais novo dos irmãos, Jeff teve uma carreira bastante mais breve. Foram só 23 corridas na Champ Car, com um sétimo lugar como melhor resultado. Nessas etapas todas, disputadas majoritariamente em 91, o piloto hoje com 58 anos teve não só a companhia do irmão Michael, mas também do pai Mario e do primo John.

8) Cacá e Popó Bueno

As pistas brasileiras também tiveram um clima familiar. Entre 2003 e 2016, Cacá e Popó Bueno correram juntos na Stock Car.

Aos 44 anos, Cacá acumula 284 corridas na categoria nacional, com 37 vitórias, 84 pódios, 38 poles e os títulos de 2006, 2007, 2009, 2011 e 2012. Popó, de 42, fez 186 corridas ao longo de 14 temporadas, somando seis pódios e uma pole. O melhor resultado no campeonato foi o décimo lugar de 2010.

Galvão é o pai de Cacá e Popó Bueno (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)

9) Danilo e Dennis Dirani

Os Bueno não foram os únicos irmãos a competirem lado a lado na Stock Car. Danilo e Dennis Dirani dividiram as pistas brasileiras uma única vez, na abertura da temporada 2016, em Curitiba.

Naquela Corrida de Duplas, Danilo dividiu o carro com Daniel Serra, enquanto Dennis foi parceiro de Diego Nunes. O mais velho dos Dirani levou a melhor na classificação e largou em sétimo, logo à frente do irmão.

Na corrida, o resultado se repetiu: Danilo fechou como quarto lugar, enquanto Dennis foi nono na prova que teve Marcos Gomes e Antônio Pizzonia como vencedores.

10) Kevin e Luciano Benavides

Não é só no asfalto que os laços familiares se fazem presentes. Campeão de 2021 do Rali Dakar entre as motos, Kevin Benavides dividiu o acampamento com o irmão, Luciano.

O caçula, de 25 anos, chegou depois ao Dakar, em 2018. Kevin estreou em 2016, mas perdeu a edição do ano seguinte antes de voltar ininterruptamente.

Além do triunfo deste ano, o argentino de 32 anos, que guia pela Honda, foi quarto em 2016, segundo em 2018, quinto em 2019 e 19º em 2020. Luciano, que fez a prova deste ano com a Husqvarna e abandonou após queda, tem como melhor resultado o sexto posto do ano passado.

Kevin e Luciano Benavides correm juntos no Dakar (Foto: ASO)

LEIA TAMBÉM
+ Inimigo íntimo: a disputa entre companheiros de equipe na MotoGP 2020

Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Escanteio SP.

SÃO PAULO E-PRIX 2023:
SINTA A ENERGIA DA FÓRMULA E

25 de março de 2023 CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ACESSAR O SITE OFICIAL DE VENDAS E ATIVAR O SEU BENEFÍCIO EXCLUSIVO COM O CÓDIGO SAOPAULOVIP. Comprar Ingresso com desconto

GOSTA DO CONTEÚDO DO GRANDE PRÊMIO?

Você que acompanha nosso trabalho sabe que temos uma equipe grande que produz conteúdo diário e pensa em inovações constantemente. Mesmo durante os tempos de pandemia, nossa preocupação era levar a você atrações novas. Foi assim que criamos uma série de programas em vídeo, ao vivo e inéditos, para se juntar a notícias em primeira-mão, reportagens especiais, seções exclusivas, análises e comentários de especialistas.

Nosso jornalismo sempre foi independente. E precisamos do seu apoio para seguirmos em frente e oferecer o que temos de melhor: nossa credibilidade e qualidade. Seja qual o valor, tenha certeza: é muito importante. Nós retribuímos com benefícios e experiências exclusivas.

Assim, faça parte do GP: você pode apoiar sendo assinante ou tornar-se membro da GPTV, nosso canal no YouTube

Saiba como ajudar