Embora o sul-africano seja o único com contrato renovado por longo prazo, foi o português que conseguiu os resultados mais expressivos de uma KTM que precisou se reencontrar na primeira metade da temporada 2021 da MotoGP. O currículo dos dois, contudo, é bastante similar

A KTM fez uma primeira metade de temporada de menos para mais em 2021. E o lado mais da atuação dos austríacos no campeonato ficou na conta de Miguel Oliveira, que conseguiu uma vitória e outros dois pódios nas primeiras nove corridas deste ano.

A casa de Mattighofen começou o ano cercada de expectativas, não só pelas três vitórias conquistadas em 2020, mas também pela forma dominante com que com Oliveira encerrou o campeonato passado, em Portimão. Mas o histórico recente de nada serviu.

Miguel Oliveira tem sido o principal nome da KTM em 2021 (Foto: KTM)

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Sem um bom casamento com os pneus preparados pela Michelin neste ano, a RC16 demorou a engrenar, mas, a partir do GP da Itália, quando entrou em cena um novo chassi, as coisas mudaram de figura. Dos 184 pontos conquistados por Oliveira, Binder, Danilo Petrucci e Iker Lecuona em 2021, 69% viram a partir da corrida em Mugello.

Assim, a KTM encerrou a primeira metade da temporada na terceira colocação do Mundial de Construtores, com 114 pontos, 70 atrás da Yamaha, que lidera a disputa.

Dos quatro pilotos, porém, Oliveira tem sido o mais destacado. Além de ter vencido com a moto de Mattighofen, o português encaixou muito bem com o time de fábrica e o fato de ser ele o dono dos melhores resultados em 2021 mostra um melhor relacionamento com o protótipo atual.

Além disso, Miguel não teve dificuldades de se impor no duelo interno, apesar de Binder claramente contar com o apoio da equipe, como mostra o fato de ele ser o único garantido até 2024. No momento, o contrato do #88 é válido apenas até 2022.

Brad, por outro lado, tem um ritmo de corrida incontestável, mas tem na classificação seu calcanhar de Aquiles. Em 2021, por exemplo, o sul-africano largou no top-10 em apenas duas oportunidades e foi penúltimo colocado no grid dos GPs da França e da Holanda, superando apenas o novato Enea Bastianini e o substituto Garrett Gerloff, respectivamente.

Brad Binder tem sofrido especialmente na classificação (Foto: KTM)

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No 10+ desta terça-feira (20), o GRANDE PREMIUM coloca Binder e Oliveira frente a frente em uma dezena de quesitos e constata que, apesar das diferenças de 2021, os dois contam com um currículo bastante parecido.

Carreira no Mundial de Motovelocidade

Nascido em Potchefstroom, na África do Sul, Binder está prestes a completar 26 anos e corre no Mundial de forma permanente desde 2012. No currículo, soma 36 pódios, sete poles e o título de 2016 da Moto3.

Oliveira, por sua vez, debutou no campeonato do mundo em 2011, quando disputou 11 corridas nas 125cc. Até aqui, o piloto de Pragal tem 39 pódios e cinco poles.

Histórico na MotoGP

Oliveira foi o primeiro a desembarcar na classe rainha. O português estreou na MotoGP em 2019, com a satélite Tech3, e já disputou 39 GPs, somando três vitórias, cinco pódios e uma pole. Foi só neste ano que Miguel assumiu um lugar na equipe de fábrica, ocupando a posição deixada vaga por Pol Espargaró, que partiu para a Honda.

Binder, por outro lado, tem uma experiência mais curta. Depois de ser vice-campeão na Moto2 em 2019, o sul-africano saltou para a MotoGP direto com a equipe de fábrica da KTM e venceu na terceira corrida na categoria. Desde então, porém, o irmão de Darryn sequer voltou ao pódio, mas assegurou uma renovação de contrato.

Relação com a KTM

Binder e Oliveira têm uma longa relação com a KTM, marca que começaram a defender ainda em 2015, ambos na Moto3. O sul-africano acumula 16 vitórias e 34 pódios pela marca, enquanto o colega de 26 anos fez 15 triunfos e 35 top-3.

Além disso, Binder disputou a Red Bull Rookies Cup entre 2009 e 2011, enquanto Oliveira fez só três corridas na categoria apoiada pelos austríacos em 2008.

Pré-temporada

Com as dificuldades enfrentadas pela KTM com os pneus de 2021, nem Binder e nem Oliveira foram grandes destaques na fase de testes do Mundial. Miguel foi apenas 16º no combinado dos dias de atividade no Catar no início do ano, 1s343 atrás do líder Jack Miller. 0s165 atrás do português, Brad ficou em 17º.

Número de GPs

Com idades próximas, os dois também não tem muita diferença em termos de corridas disputadas. No total, Binder fez 168 GPs no Mundial, ante 169 de Miguel.

Poles

No quesito poles, a vantagem discreta vai para o lado de Binder, que largou na ponta sete vezes: seis na Moto3 e uma na Moto2. Oliveira soma cinco poles: duas na Moto3, duas na Moto2 e uma na MotoGP.

Pódios

Em termos de pódios, os dois também somam números parecidos. Binder tem 36, sendo um na MotoGP, 15 na Moto2 e 20 na Moto3. Oliveira tem 39: cinco na classe principal, 21 na do meio e 13 na menor.

Vitórias

O número de triunfos dos dois na carreira no Mundial também é parecido. Binder soma 16 vitórias ― sete na Moto3, oito na Moto2 e uma na MotoGP. Já Oliveira tem 15 triunfos ― seis na classe menor, seis na divisão do meio e três na elite.

Voltas mais rápidas

A igualdade entre os dois pilotos da KTM também é notória no quesito voltas mais rápidas. Os dois conseguiram a marca em 12 oportunidades. Brad fez duas na MotoGP, três na Moto2 e sete na Moto3. Miguel tem duas na MotoGP, quatro na Moto2 e seis na Moto3.

Posição final na classificação

Neste último ponto de análise, a balança pende para o lado de Binder, o único campeão entre os dois. Além da vitória na Moto3, o sul-africano foi vice-campeão e terceiro colocado na Moto2. Miguel foi vice na Moto3 e também na Moto2, além de ter um terceiro lugar na divisão intermediária.

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