Heptacampeão mundial da MotoGP, Valentino Rossi também coleciona momentos ruins na carreira. Por isso, o GRANDE PREMIUM reúne dez nessa lista do nome que o rosto da categoria neste século

Valentino Rossi chegou à classe rainha do Mundial de Motovelocidade em 200 após ser campeão das 250cc. Desde então, correu por três montadoras — Honda, Yamaha e Ducati —, conquistando sete títulos. Isso claramente o coloca entre os melhores da história, mas os últimos anos, já em decadência, parecem colocar uma mancha no notório no currículo do ‘Doutor’.

Mas esses 21 anos de Rossi na classe rainha foram recheados de momentos positivos e, claro, negativos. Além de vitórias, o italiano esteve presentes em pontos ruins e baixos da carreira.

Entre títulos e decepções, o GRANDE PREMIUM lista os dez piores momentos de Valentino Rossi na MotoGP desde que chegou na categoria.

Valentino Rossi caiu no GP da Comunidade Valenciana e perdeu o título de 2006 (Foto: Reprodução)

1) A perda do título de 2006

Valentino Rossi chegou à Valência, para a última etapa de 2006, como líder do campeonato com 8 pontos de vantagem para Nicky Hayden. Podia ter sido mais, é claro, se não tivesse perdido a prova anterior, em Portugal, por apenas 0s002 para Toni Elias.

Na etapa da Comunicade Valenciana, o italiano fez a pole e viu o rival largando apenas em 5º. Parecia o cenário ideal para a conquista de mais um título mundial. Quando as luzes se apagaram, porém, tudo mudou.

Líder absoluto, Rossi sofreu uma queda na terceira volta. Ainda fez uma prova de recuperação insuficiente e ficou em 13º. Enquanto isso, Hayden foi consistente, terminou em terceiro e conqusitou o único título na classe rainha do Mundial. Um golpe que o ‘Doutor’ nunca vai esquecer.

Valentino Rossi sofreu grave acidente em 2010 (Foto: Yamaha)

2) Lesão durante treinos em Mugello

A temporada 2010 começou com Jorge Lorenzo e Valentino Rossi, ambos da Yamaha, polarizando a briga pelo título. O espanhol venceu na Espanha e na França, além de um segundo lugar no Catar. O italiano venceu na abertura da temporada e fez outros dois pódios.

Quando chegaram em Mugello, palco da quarta etapa do calendário, os dois brigavam pelo domínio da categoria. No terceiro treino livre, a 25 minutos do fim, o piloto da Yamaha perdeu o controle da moto e sofreu uma fratura exposta na tíbia e no perônio da perna direita.

Com uma reclamação acelerada, perdeu apenas quatro corridas, mas se despediu da disputa pelo título, vencido pelo companheiro Lorenzo. Naquele ano, Rossi ainda venceu o GP da Malásia, mas nunca mais encontrou o bom desempenho e saiu para a Ducati no ano seguinte.

3) Os anos na Ducati

A mudança de Rossi para a Ducati parecia um movimento ousado do italiano para criar um ambiente favorável em uma montadora que buscava retomar os bons resultados. Algo parecido com o que fez com sucesso anos antes, ao sair da Honda para a Yamaha.

Correndo por uma marca de seu país natal, a Itália, o heptacampeão mundial da MotoGP não rendeu o esperado. Foram apenas três pódios em duas temporadas, além de alguns abandonos e muitos resultados medíocres.

Após dois anos, o casamento acabou e Rossi retornou para a Yamaha, onde voltou a andar em alto nível. A passagem pela Ducati, no entanto, virou um exemplo de que nem toda mudança de time é algo positivo na MotoGP.

4) Acidente com Stoner em Jerez

O GP da Espanha de 2012 foi disputado em Jerez com pista molhada e promessa de grandes emoções. Largando apenas em 12º, Valentino viu uma oportunidade de render melhor na pista adversa, com todos em condições semelhantes.

Após boa prova de recuperação, o italiano já se encontrava entre os primeiros colocados e brigava pelo pódio quando se deparou com o rival Casey Stoner, então na Honda, logo à sua frente.

Na volta 7, Rossi forçou uma ultrapassagem por dentro na curva 1, escorregou e caiu, acertando o australiano. Fim de prova para Stoner, enquanto Rossi retornou e terminou em quinto. O incidente, no entanto, atrapalhou uma chance de resultado melhor para o italiano e ainda ficou marcado como um erro infantil de alguém tão experiente.

5) Morte de Marco Simoncelli

O GP da Malásia de 2011 era a penúltima etapa da temporada, mas não durou muito. Após duas voltas, a corrida foi cancelada por conta de um grave acidente envolvendo Marco Simoncelli, promessa italiana que fazia grande campeonato naquele ano.

Andando em quarto, Simoncelli perdeu o controle da moto, caiu e foi acertado por Colin Edwards e pelo amigo Valentino Rossi na cabeça e no peito. O impacto o levou à morte, apesar das tentativas de reanimá-lo no centro médico do autódromo.

Anos depois, Rossi lembrou do amigo: “Estávamos juntos quase todos os dias, pelo menos cinco ou seis vezes por semana”. Ainda colocou o momento como o mais difícil de sua carreira, mas que a perda do colega o ajudou a criar a academia de jovens pilotos que possui atualmente e já revelou vários destaques no Mundial.

6) Briga com Marc Márquez na Malásia

Valentino Rossi chegou ao GP da Malásia com 11 pontos de vantagem para Jorge Lorenzo na briga pelo título. Era a penúltima etapa do campeonato e tinha um peso decisivo, pois podia encerrar o certame naquele dia.

No grid, Dani Pedrosa era o pole, com o companheiro Marc Márquez em segundo. Na Yamaha, Valentino era o terceiro e Jorge estava em quarto. Na corrida, quase tudo mudou.

Enquanto Pedrosa disparou na liderança, a disputa ficou intensa logo atrás. Lorenzo passou e se separou do grupo, enquanto Rossi e Márquez travavam um duelo feroz. Após algumas tocando carenagem com o rival da Honda, o italiano deu um chute na moto adversária e fez o #93 cair.

No fim da prova, que terminou em terceiro, Rossi foi punido. Manteve os pontos da prova na Malásia, é verdade, mas precisou largar dos boxes na corrida seguinte, em Valência. No fim, perdeu o título e a última chance de ser campeão na carreira.

Valentino Rossi se despediu do time de fábrica da Yamaha após 15 temporadas (Foto: Yamaha)

7) A temporada 2020

A pandemia de Covid-19 mudou o mundo inteiro e bagunçou o esporte a motor. Na MotoGP não foi diferente. Com eventos cancelados, campeonato adiado, provas em menos locais e protocolos sanitários rigorosos. Mesmo assim, nos ofereceu uma das mais interessantes temporadas dos últimos anos.

Faltou, porém, combinar com Valentino Rossi. Com dificuldades na moto M1, da Yamaha, fez pouco ao longo do ano. Conseguiu um pódio no GP da Andaluzia e um quarto lugar em San Marino, além de outros dois top-5. De resto, apenas decepções, quedas e abandonos. E olha que o pior ainda estava por vir.

8) Covid-19

Antes do GP de Aragão, que marcava o início de uma rodada dupla no circuito espanhol, Valentino Rossi teve uma notícia desagradável: foi diagnosticado com Covid-19, a doença que marcou 2020.

Com isso, o #46 perdeu as etapas de Aragão e Teruel. Ainda voltou para as três corridas finais da temporada, mas abandonou uma e terminou as outras em 12º. Resultado decepcionante para o ‘Doutor’.

Valentino Rossi vai correr na SRT em 2021 (Foto: SRT)

9) Mudança para a SRT

A temporada 2020 de Valentino Rossi já foi bem explicada acima. Dos quatro pilotos da Yamaha na MotoGP, o veterano foi o pior e o único que não venceu. Franco Morbidelli garantiu dois triunfos e terminou como vice-campeão, Maverick Viñales venceu uma prova e foi sexto, Fabio Quartararo levou três provas e foi oitavo. O italiano, no entanto, ficou com um único pódio e em 15º.

Sem vencer na categoria desde o GP da Holanda de 2017, o casamento com a Yamaha se desgastou e chegou ao fim. A equipe de fábrica optou por renovar a dupla e pegou Quartararo para o campeonato de 2021. Com isso, Rossi foi para a vaga do francês na SRT, uma equipe satélite de orçamento menor, apesar de resultados convincentes nos últimos anos.

O GP de Doha foi um dos piores da carreira de Valentino Rossi (Foto: SRT)

10) O GP de Doha de 2021

Na abertura da temporada 2021 da MotoGP, Valentino Rossi surpreendeu ao colocar a SRT na 4ª posição no grid no GP do Catar. Na corrida, no entanto, sofreu com o rendimento da moto e caiu para o 12º lugar.

Em Doha, porém, foi pior. Sem encontrar o ritmo ideal, sofreu ao longo de todo o fim de semana e não passou diretamente para o Q2. Em seguida, conseguiu o 21º e penúltimo lugar no grid — sua pior posição sem problemas, acidentes ou punições.

Na corrida, foi melhor e terminou em 16º, ainda distante da zona de pontuação. Pouco, muito pouco mesmo, para um heptacampeão mundial da MotoGP. O Doutor chegou em seu limite?

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