A primeira semana de testes da F1 apontou o que muitos esperavam e outros tantos temiam: a Mercedes vai continuar como a força dominante em 2016. Mas a Ferrari se aproximou e o resto do grid parece muito mais equilibrado

A ESPERA ACABOU. Finalmente os motores voltaram a roncar pra valer na F1 em 2016. Os últimos dias de fevereiro foram bem intensos para a categoria, que conheceu dez dos 11 modelos que vão alinhar no Mundial a partir de 20 de março em Melbourne. Em termos visuais, foram pouquíssimas as mudanças implementadas pelas equipes nos carros para este ano, considerando até mesmo a estabilidade no regulamento técnico. É certo que algumas peças foram revisadas e atualizadas, mas a maioria delas fica mesmo por baixo das carenagens.

Assim, a pré-temporada 2016 começou com cara de 2015, ou quase: isso porque o mundo da F1 deu as boas-vindas à caçula Haas, que chega ao grid prometendo muito mais do que meramente fazer figuração. Foi uma novidade pra lá de esperada e cercada de expectativa por tudo o que os norte-americanos podem fazer neste ano. Destaque também para a Renault, que volta ao campeonato mundial como equipe de fábrica após cinco anos. E menção honrosa também para a repaginada Manor que, reforçada pelo motor Mercedes e câmbio da Williams, mostrou, com o novo carro colorido com as cores da Grã-Bretanha, que finalmente pode sonhar em fazer mais do que apenas número.

Em termos de equipes, Haas, Renault e a própria Manor foram as grandes novidades por si só nesta primeira semana de pré-temporada que a F1 promoveu em Barcelona. A Sauber, ao contrário, colocou na pista catalã o modelo antigo, o C34, enquanto o C35 foi apresentado apenas na manhã deste 1º de março para a segunda bateria de testes.

Quanto aos outros times, a questão principal era saber fundamentalmente o quanto a Ferrari havia evoluído para chegar perto da Mercedes e o quanto as Flechas de Prata avançaram durante o inverno. Outra interrogação pairava sobre a terceira força do grid, cada vez mais embolado. E a McLaren? Finalmente deu o tão esperado passo em frente para voltar a brilhar na F1? 

Embora seja ainda prematuro dizer, Barcelona respondeu muitas perguntas do fã do esporte nos primeiros dias de testes. Uma delas é que o jogo de forças, ao menos no topo da F1, seguirá como está, com a Mercedes à frente da tabela. Há uma certa zona cinzenta a partir daí, com Williams, Red Bull e Force India lutando pelo posto de terceira melhor equipe neste começo de ano, e com um grande bolo no pelotão intermediário. A McLaren avançou, de fato, mas ainda não o bastante para voltar a ser aquela McLaren.

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O fato é que a primeira semana de testes de pré-temporada mostrou, na prática, o que muitos temiam: sim, a Mercedes continua como a principal força da F1. De longe. Obviamente que a base para a afirmação não está necessariamente na tabela geral de tempos dos últimos dias em Barcelona, mas sim no número massivo de voltas completadas por Lewis Hamilton e Nico Rosberg com o novo W07 Hybrid. Percorrer mais de 3 mil km com um carro novo e sem uma quebra sequer é motivo para comemorar — e, aos adversários, só resta lamentar.

Aliás, a tabela de tempos nua e crua é algo que sempre deve ser relativizada quando se faz qualquer análise dos testes de pré-temporada. O panorama é melhor vislumbrado nas nuances de uma sessão de treinos. Os objetivos de cada equipe nem sempre estão na busca pelo melhor tempo, mas geralmente o foco está nos trabalhos em busca de confiabilidade, avaliações dos cinco diferentes tipos de pneus para este ano, testes aerodinâmicos e simulações de corrida. Até mesmo em razão da mudança no formato do treino classificatório, o trabalho na semana passada foi pouco focado em voltas rápidas com pouco combustível.

Desta forma, é pouco relevante a primeira posição de Sebastian Vettel na tabela de tempos desta primeira semana em Barcelona. É nítido que a Ferrari evoluiu com seu pacote para 2016, e é normal que seja assim. Mas a marca estabelecida pelo tetracampeão, 1min22s810, foi alcançada com os novos pneus ultramacios, os mais rápidos da F1. Por sua vez, a Mercedes ‘só’ teve o oitavo melhor tempo da semana, conquistado por Nico Rosberg. Mas o alemão foi o mais rápido de toda a sessão usando pneus médios, com os quais anotou 1min24s087.

O diabo está nos detalhes, já diria o poeta. E aí, nos detalhes, é que fica evidente o quanto a Mercedes continua como a grande prima-dona da F1.
(Kimi Räikkönen nos testes da F1 em Barcelona (Foto: Getty Images))

A Mercedes segue como a equipe a ser batida na F1 em 2016 (Lewis Hamilton foi o piloto que mais completou voltas na primeira sessão da pré-temporada)

Por mais que a Ferrari tenha dado o salto de qualidade que dela se esperava, não parece ser o bastante para superar as flechas de prata. O novo W07 completou incríveis 675 voltas, quase o dobro da Ferrari e não apresentou problemas. A nova joia construída em Brackley registrou tempos constantes e um equilíbrio visto no pouco desgaste dos pneus, mesmo em stints mais longos.

Essa é a grande diferença: confiabilidade, equilíbrio, consistência. O carro que era quase imbatível agora também é praticamente intransponível. Na prática, uma das poucas certezas depois desta primeira semana de testes é que o Mercedes W07 Hybrid é o modelo a ser batido em 2016.

Traçando um paralelo com a primeira bateria de testes da pré-temporada em 2015, em Jerez, a Mercedes fez um trabalho semelhante. A equipe buscou a maior quilometragem possível nos quatro dias de pista, e em nenhum deles figurou na ponta da tabela de tempos. O mesmo cronograma foi seguido à risca na abertura dos trabalhos em 2016, com a diferença que os pilotos foram muito mais exigidos desta vez. Mas a resposta foi dada já em Barcelona: o W07 é, de longe, um modelo melhor e ainda mais confiável.

Este é o ponto de vista compartilhado por alguns dos pilotos do grid. Fernando Alonso, por exemplo, disse que a Mercedes “está mais forte do que nunca”. Felipe Massa, igualmente impressionado, foi claro: “Já é um grande aviso da Mercedes o fato de ter feito tantas voltas nesta semana. Eles estão em grande forma. Vai ser muito difícil para o resto”, analisou. O próprio Hamilton se impressionou com a força do novo W07: “Nunca vi nada assim na minha carreira. O carro é muito forte e vai apenas melhorando e melhorando a cada saída. Depois de dois títulos seguidos seria fácil perder o foco, mas é claro que todos estão mais focados do que nunca e fizeram um trabalho ainda melhor”, exaltou o tricampeão.

O avanço da Ferrari é significativo e foi ressaltado por Vettel e Kimi Räikkönen. Enquanto a Mercedes trabalhou em sua maratona particular, a escuderia de Maranello liderou três dos quatro dias de testes, ficando fora do topo apenas no dia em que a nova SF16-H teve problemas no sistema de combustível. Mas, no geral, foram dias positivos.

Kimi afirmou que a nova Ferrari “é melhor que a do ano passado” e Vettel avaliou que o carro “correspondeu às expectativas”. Discursos otimistas, mas sem tanta empolgação. É natural que seja assim, afinal muito dinheiro foi investido nisso. 

Contudo, a Ferrari foi apenas a sexta equipe com maior quilometragem em Barcelona, totalizando 353 voltas, ou 1.643 km, quase metade em relação à Mercedes. É possível que os italianos foquem num programa semelhante ao da rival nesta semana em Barcelona para avaliar o quanto o novo modelo pode ser resistente. E aí, ter um melhor panorama do quanto a Ferrari está atrás da Mercedes. 
(Nos dois dias que andou, Sebastian Vettel liderou os treinos da F1 (Foto: Getty Images))

Há uma perspectiva bem interessante na disputa pelo terceiro lugar do Mundial de Construtores nesta temporada. Em 2015, a Williams venceu a disputa de ser a ‘melhor do resto’, considerando todo o poderio técnico e financeiro de Mercedes e Ferrari. A Red Bull veio logo atrás, enquanto a Force India logrou o melhor resultado da sua história ao fechar o campeonato em quinto lugar, posto que fora da McLaren no ano anterior.

A julgar pelos nem sempre conclusivos testes de pré-temporada desta semana, pode-se dizer que a batalha pelo último lugar do top-3 deve ser mesmo entre Williams, Force India e Red Bull. Novamente — e é sempre bom ressaltar isso —, os tempos de volta devem sempre ser relevados neste primeiro estágio.

Começando pela Williams, nota-se claramente nos trabalhos que o foco foi avaliar a consistência do novo FW38. Valtteri Bottas anotou o 14º tempo dentre os 23 pilotos que estiveram na pista, enquanto Felipe Massa ficou em 21º. A equipe completou uma quilometragem razoável com o novo modelo: 377 voltas, ou 1.754 km. Bottas, por exemplo, foi o piloto a completar o stint mais longo com os pneus macios  — 17 — e com os duros — 26.

Contudo, o time de Grove enfrentou seus problemas na Catalunha.

“Tivemos alguns problemas, mas testes são assim”, comentou Bottas depois de estrear o carro para 2016. Contudo, o finlandês ressaltou algo importante, relacionado à deficiência do time em baixas velocidades. “As primeiras impressões do carro são boas e acho que corrigimos muitos dos problemas do ano passado. Mas é muito cedo para dizer onde estamos em relação aos outros”, acrescentou, adotando o discurso-padrão nesta fase.

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Assim como a Williams, a Force India conta com o motor Mercedes como um grande trunfo para melhorar ainda mais seu resultado de 2015. Outra carta na manga do time de Silverstone é o próprio carro. O VJM09 é uma evolução da ótima especificação B do modelo usado no segundo semestre de 2015 e que permitiu à Force India pontuar de forma consecutiva nas últimas nove provas do ano passado.

O novo carro parece bem promissor, e a conclusão para tal afirmação não está apenas na boa performance do time na última semana: Nico Hülkenberg garantiu o segundo melhor tempo no geral usando pneus supermacios, ficando a 0s3 de Vettel, que fez a melhor marca da semana passada com os ultramacios. Sergio ‘Checo’ Pérez terminou a sessão em quinto, e até mesmo o inexperiente piloto de desenvolvimento Alfonso Celis fez um trabalho interessante, se colocando em sétimo.

Hülkenberg, assim como Pérez, teve apenas um dia de pista, mas o bastante para adotar um tom otimista. “Saí com primeiras impressões positivas enquanto seguimos aprendendo sobre este carro. Testamos muitas coisas hoje e, apesar de precisarmos afinar algumas, sinto que estamos no rumo certo”, disse o alemão, revelando que um dos principais focos do trabalho do time esteve no acerto do carro.  ‘Checo’ também ficou satisfeito: “O carro tem um potencial impressionante, estou totalmente confortável nele”, comentou o mexicano.

Já a Red Bull, como era de se esperar, tem toda sua força no chassi, o qual Helmut Marko elegeu o melhor de todos já construído em Milton Keynes. E é justamente este o trunfo dos taurinos para compensar a maior deficiência do time, que está no motor Renault rebatizado como TAG Heuer. Pelo menos nos trabalhos em Barcelona, o RB12 se comportou muito bem na pista e apresentou um desempenho bem interessante tanto com Daniel Ricciardo como com Daniil Kvyat. A expectativa é que a unidade de força melhore consideravelmente e, se de fato acontecer, a Red Bull vai ganhar muito.

Assim como as outras equipes, a Red Bull direcionou um bom tempo de pista para ver o quão confiável é o novo RB12, e a resposta pareceu positiva. “O carro é bem parecido com o anterior, não tive nenhuma impressão estranha, o que é bom”, opinou Ricciardo, ciente de que a Renault precisa avançar no seu desempenho. “Ainda não estamos em ritmo de corridas em termos de potência e não temos tudo montado por enquanto, como o esperado”, disse.

A quilometragem da Red Bull na primeira semana foi semelhante ao obtido pela Williams: 369 voltas, ou 1.717 km, com Ricciardo ocupando o quarto posto no geral na tabela de tempos, duas posições à frente de Kvyat. Todo o contexto em si mostra que a Red Bull tem mesmo um conjunto muito estável — mais uma vez. Se o motor Renault-TAG Heuer ajudar, os taurinos vão, sim, dar muito trabalho.
(A Red Bull pode assustar as grandes neste ano? (Foto: Getty Images | Arte: Grande Prêmio) )

A disputa no pelotão intermediário da F1 tem tudo para ser bem mais intensa e interessante em 2016. De uma forma ou de outra, as equipes se reforçaram: a Renault está de volta ao grid, a Toro Rosso vem de motor Ferrari [de 2015] e a McLaren deu finalmente um bom passo em frente. A Manor vem toda reestruturada e mais forte, enquanto a Haas foi uma grandíssima surpresa desde o início dos testes em Barcelona. Sobre a Sauber, impossível avaliar algo, uma vez que todo o trabalho do time foi feito com o carro de 2015. Mas, por si só, isso já faz com que Felipe Nasr e Marcus Ericsson estejam um pouco atrás das outras equipes do pelotão do meio.

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Alguns pontos chamaram a atenção neste primeiro estágio: a Toro Rosso obteve a segunda maior quilometragem da semana passada em Barcelona: 447 voltas, ou 2.080 km, ficando só atrás da Mercedes. Confiabilidade é sempre bom, e o novo STR11 provou ser resistente, apresentando poucos problemas — uma falha no câmbio no primeiro dia e pequenos problemas elétricos. Um bom passo em frente em relação ao modelo do ano passado, que tantas vezes deixou Carlos Sainz na mão.

“Podemos ficar orgulhosos com a quilometragem que alcançamos durante o primeiro teste porque não sabíamos o que esperar ao chegar aqui com muitas interrogações sobre a nova unidade de potência e um carro completamente novo”, comemorou o diretor-técnico James Key, feliz pelo trabalho desempenhado pela Ferrari com o motor. “Trabalhar com eles tem sido muito fácil e tranquilo, eles estão nos apoiando muito bem”, disse.

Ao menos neste começo de temporada, a Toro Rosso pode se beneficiar por contar com um motor que, mesmo sendo desatualizado, é bastante forte e confiável. O mesmo não se pode dizer da McLaren, que, ao que tudo indica, vai comer muita grama com o motor Honda em 2016.

Os primeiros dois dias de trabalho da equipe foram muito produtivos: Jenson Button completou 84 voltas na estreia do MP4-31 e não teve problemas, chegando a agradecer aos céus por não ter se aposentado. Na terça, Alonso passou das 100 voltas com o novo modelo e, embora os tempos de volta não fossem tão sonantes, a confiabilidade apresentada pelo novo carro foi algo muito animador. Mas a velha rotina de quebras voltou com tudo a partir de quarta-feira.

Uma falha hidráulica no motor abreviou os trabalhos de Button, de modo que a McLaren trocou a unidade de potência para Alonso voltar à pista para fechar a semana. Contudo, um novo vazamento, desta vez no sistema de refrigeração do motor, fez com que o bicampeão completasse só três voltas, o que é sempre frustrante.

Novo chefe do projeto da Honda para a F1 após a saída de Yasuhisa Arai, Yusuke Hasegawa entende que, apesar dos problemas, o começo da McLaren foi positivo. “Tivemos um bom começo, confirmando a melhora no ERS. Entretanto, os últimos dias mostraram que há áreas da confiabilidade da unidade de potência que precisamos trabalhar visando a Austrália. Na segunda semana de testes, estamos mirando em avaliar a performance do carro como um todo”, disse.

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Os dois primeiros dias de trabalho da Manor foram bem significativos. Com Pascal Wehrlein a bordo do novo MRT05, a equipe foi mais de 5s mais rápido que o tempo obtido por Will Stevens no treino classificatório do GP da Espanha do ano passado. Um avanço e tanto. Wehrlein é talentoso e pode levar o time aos pontos pela primeira vez desde o saudoso Jules Bianchi. O jovem alemão trabalhou basicamente em acertos distintos e em avaliar o carro com os novos pneus Pirelli. E teve um retorno bem positivo, fechando em 16º na tabela de tempos no geral. Porém, mais do que os tempos em si, a performance do carro pareceu muito boa.

O mesmo não se pode dizer de Rio Haryanto. Talvez pela indefinição sobre sua vaga — o governo da Indonésia ainda não pagou os R$ 45 milhões devidos à Manor —, o novato se mostrou muito inseguro no carro e cometeu alguns erros, batendo no fim do último dia da semana passada. Não se sabe se Rio vai continuar no time, mas, no geral, o clima é de otimismo com o novo conjunto. 

“O principal objetivo era checar a instalação da unidade de potência da Mercedes e a transmissão da Williams antes de ir avançando com os trabalhos de acerto básico. Não tivemos maiores problemas e conseguimos alcançar quase 300 km de quilometragem em cada dia”, disse Luca Furbatto, chefe de projeto do time.

 

 

 

 

 

 

 

 

Assim como a Manor, a Renault teve uma semana de sensações mistas. Nos primeiros dois dias, coube a Jolyon Palmer guiar a ‘viúva negra’ R.S.16 e ter as primeiras impressões do novo carro. Mas o britânico enfrentou uma série de problemas, sobretudo no novo motor, permitindo apenas 79 voltas em Barcelona, sendo o piloto com menor quilometragem no fim de semana. Era, definitivamente, um começo bem ruim para o time de Viry-Châtillon, mas até Kevin Magnussen entregar um pouco mais de otimismo a partir de quarta-feira.

K-Mag compensou a baixa quilometragem obtida por Palmer e completou 264 voltas em Barcelona, ficando só atrás de Lewis Hamilton e Nico Rosberg. De quebra, o dinamarquês foi responsável pelo maior stint da sessão usando os pneus médios, completando 30 voltas com os compostos brancos. E não teve grandes problemas — tirando um vazamento de água, alcançando a décima marca no geral. “Com a quilometragem acumulada ao longo dos últimos dois dias, temos uma boa base. Temos muito trabalho a fazer, mas é um começo sólido de temporada”, avaliou Frederic Vasseur, diretor de corridas do time.

Por fim, fica uma avaliação extremamente positiva da Haas. A equipe chegou à F1 e mostrou logo de cara bom trabalho com o novíssimo VF-16, que parece bem nascido e promissor. A quilometragem obtida em Barcelona foi maior que a da McLaren, por exemplo, completando 281 voltas, ou 1.308 km em quatro dias de testes. 

Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean e Esteban Gutiérrez conseguiram desempenhar um bom trabalho com bons tempos de volta e, mesmo no momento de maior dificuldade, quando a asa dianteira de Romain quebrou no primeiro dia de testes, o time tirou de letra a situação e não perdeu tempo, levando o franco-suíço novamente à pista para andar em velocidade reduzida e aprender o máximo possível sobre o novo carro.

A boa forma foi exaltada por Guenther Steiner, chefe da mais nova equipe da F1. “Estou positivamente surpreso com a rapidez com que a equipe vai se solidificando. Os mecânicos se acostumaram rapidamente ao carro, e você pode medir a diferença entre os dias 1 e 4. As coisas podem dar errado — precisamos treinar um pouco mais os pit-stops —, mas a realidade é diferente do que fazer isso na garagem. É uma experiência nova para os caras, e o nosso maior inimigo é que nós cometemos erros apenas por sermos inexperientes. Mas temos muita confiança e muitos dados. Estamos em boa forma”, disse o italiano de nome alemão.

O começo é o melhor possível para uma equipe que está engatinhando. Com um bom pacote e todo o suporte por parte da Ferrari, não é nenhum exagero dizer que a Haas poderá brigar por pontos nesta temporada, embolando de vez o pelotão intermediário de uma F1 que tem tudo para ser muito mais divertida neste ano, em que pese a perspectiva de um novo domínio prateado no Mundial em 2016.
(Romain Grosjean, o líder da Haas (Foto: Getty Images | Arte: Grande Prêmio))

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