Iluminado pelo pôr do sol, Lewis Hamilton teve uma performance de gala em Abu Dhabi - ainda que seja extremamente chata para quem assiste
“Eu gosto da noite. Sem a escuridão, não poderíamos ver as estrelas”.
Se você não gosta – e eu entendo você não gostar, confesso que eu também não gosto – de ‘Crepúsculo’, peço desculpas por abrir esta análise citando o primeiro livro da série da escritora Stephenie Mayer. É que ele se encaixa, em parte, com o GP de Abu Dhabi, que encerrou a temporada 2019 da Fórmula 1 neste domingo, 1º.
A pista de Yas Marina pode ter seu charme arquitetônico, as suas luzinhas brilhantes e a beleza do crepúsculo. Porém, no asfalto, é um circuito chato, com poucas possibilidades. Até por isso, ela revela o melhor daqueles que são, hoje, os maiores astros da categoria: Lewis Hamilton e a Mercedes.
Estrelas foram feitas para brilhar durante a noite
O inglês fez valer a pole position, pulou na frente e teve uma prova perfeita. Perfeita não no sentido de arrojo ou algo assim, mas no sentido de ser extremamente eficiente. O carro, o W10, também correspondeu. A estratégia foi exata, e o consumo de pneus foi na medida. Homem e máquina se encaixam perfeitamente com Yas Marina, uma realidade que existe para a equipe alemã desde a introdução do atual regulamento de motores, em 2014.
Para quem assiste, é chato. Mais uma na conta do circuito árabe. Para Hamilton, foi o mais perfeito passeio na marina.
Atrás dele, até que Abu Dhabi foi um pouco mais emocionante do que o normal. Max Verstappen passou praticamente todas as 55 voltas reclamando, seja do carro, de retardatário… Ainda assim, mesmo que sem fazer frente à Flecha de Prata #44, o holandês teve um bom desempenho e, quando precisou disputar posição contra a Ferrari, foi muito bem. O #33 acabou em segundo no GP e em terceiro no Mundial de Pilotos, uma grande conquista para a Red Bull e Honda – principalmente para os japoneses.
Valtteri Bottas, na outra Mercedes, teve um domingo mais animado, digamos assim. Largando em último por conta de uma troca de motor, o finlandês fez uma corrida de recuperação dentro das possibilidades de seu carro – ou seja, ultrapassou quase todo mundo, seja na pista (em nove oportunidades) ou na estratégia de pit stops. Terminou em quarto, quase beliscando um pódio.
E o que dizer da Ferrari? Se a noite árabe é um grande momento para a estrela de Hamilton brilhar, a escuridão estava lá para abraçar os italianos. Uma estratégia contestável para Sebastian Vettel e Charles Leclerc, além de um carro que consome muito os pneus e é ruim de curva, resultam em mais riscos assumidos. Se é até divertido para quem assiste (e não torce para a equipe), não é tão efetivo quanto tudo aquilo que Hamilton e Mercedes fazem (com algumas exceções, claro).
Falando em escuridão, brilho e estrelas, teve mais gente que conseguiu brilhar no marasmo crepuscular. Sergio Perez conseguiu terminar o ano em alto nível, ultrapassando a McLaren de Lando Norris e abocanhando o 7º lugar (e melhor do resto). É um feito importante em uma prova onde só um carro abandonou e para um time que, no ano passado, acabou e renasceu – o que teve impacto direto no desenvolvimento do carro de 2019.
Já a escuridão dominou a Renault. Daniel Ricciardo e Nico Hülkenberg andaram para trás, fechando o GP em 11º e 12º, respectivamente. Os franceses estão no limiar entre fazer figuração e passar vergonha na F1, o que é perigoso até para os planos deles e a continuidade do time na categoria.
E assim terminou o ano. Em 2020 tem mais. Resta saber se Hamilton e a Mercedes continuarão em grande fase – e se a Ferrari continuará ajudando.
“Não é o fim. É apenas o começo”.
Ok, parei de citar ‘Crepúsculo’.
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