Com a suspensão das atividades de sábado (25), muita gente perdeu a oportunidade de seguir trabalhando no acerto da moto. Sendo assim, a pergunta prevalece: quem pode parar Maverick Viñales?

Líder de todos os treinos da pré-temporada 2017, Maverick Viñales abriu o ano fazendo jus ao rótulo de favorito. Ainda no primeiro dia de atividades no Catar, o #25 mostrou — mais uma vez — que se encaixou perfeitamente à YZR-M1 e tratou de estabelecer logo na primeira sessão de treinos a melhor marca do fim de semana: 1min54s316.

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Na sexta, quando focou no ritmo de corrida, Maverick teve seu primeiro revés na Yamaha, mas a queda não machucou e tampouco serviu para abalar a confiança do espanhol. Mesmo sem melhorar a marca do primeiro dia — Marc Márquez, Loris Baz e Héctor Barberá foram os outros que não baixaram o tempo do TL1 na sexta-feira —, Viñales vai para o GP do Catar como ‘homem a ser a batido’, embora o fim de semana não tenha sido dos mais normais em Losail.

Em uma região de clima desértico, onde a média de chuva gira em torno de 8,8 dias por ano, o Mundial de Motovelocidade encontrou condições para lá de atípicas. Com previsão de chuva para todo o fim de semana, os pilotos procuraram apertar o passo já no primeiro treino, uma tentativa de assegurar logo de cara uma vaga no Q2, a fase final do treino classificatório. Já na sexta-feira, ainda sem chuva, o TL2 acabou sendo mais interessante, de novo com os pilotos buscando volta rápida. Na sessão seguinte, a pista também permaneceu seca, mas o vento forte e a umidade atrapalharam um pouco, embora não o suficiente para impedir a queda dos tempos.

Mas essa não é a análise que mais importa para a prova de abertura da temporada. O que vai contar ao longo das 22 voltas da corrida catari é mesmo o ritmo de corrida.

 

Constante, firme e forte

Assim como aconteceu nos testes coletivos, Viñales aparece à frente dos rivais em termos de ritmo de prova. Ao longo os treinos em Losail, o #25 conseguiu completar algumas sequências de voltas, rodando na casa de 1min55s médio. Também como aconteceu na pré-temporada, Márquez despontou como principal rival, já que imprimiu um ritmo mais próximo, com voltas em 55s alto. 

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Ainda assim, o #93 não se mostrou tão confiante em acompanhar o ‘Top Gun’. No entender do tricampeão da MotoGP, escapar com Viñales na ponta da corrida “já seria um bom resultado”. O problema é que Marc estava contando com o sábado para sanar algumas dificuldades da RC213V, mas agora tem apenas a meia hora do warm-up para tentar se ajustar.

Andrea Dovizioso aparece na sequência na lista de rivais, perto do piloto da Honda, acompanhado por uma lista de pilotos que fizeram seus giros em 1min56s.

Confortável na M1 desde o primeiro contato, Viñales apontou uma única preocupação: o desgaste dos pneus.

No ano passado, a Yamaha sofreu um pouco com o desgaste da borracha, mas as mudanças feitas no projeto da M1 foram feitas no sentido de solucionar essa dificuldade. Até aqui, não parece que Maverick tem um grande problema nas mãos.

(Maverick Viñales (Foto: Yamaha))

Chuva impediu treinos de sábado em Losail (Chuva em Losail (Foto: Honda))
 

Que dupla!

Embora Viñales venha brilhando desde que ‘ganhou as chaves’ de sua M1, a performance do espanhol não chega a ser novidade, já que o talento do #25 já tinha sido comprovado na Suzuki. Sendo assim, uma das grandes surpresas deste primeiro fim de semana de Mundial de Motovelocidade vem dos boxes da Tech3.

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Sem Pol Espargaró e Bradley Smith, que mudaram para a KTM, Hervé Poncharal olhou para a classe intermediária em busca de novos titulares e encontrou uma dupla e tanto. Depois de boas performances na pré-temporada, Johann Zarco e Jonas Folger seguiram rodando entre os ponteiros.

Bicampeão da Moto2, Zarco vai começar sua primeira prova na MotoGP no quarto posto, tendo feitou seu melhor giro com apenas 0s692 de atraso para Viñales. Com seu tradicional jeitinho calmo e analítico, o #5 avaliou que teve sorte com sua posição de largada, uma vez que cravou seu 1min55s008 rodando atrás de ponteiro, o que se transformou num aprendizado interessante.

“Se puder ficar perto do primeiro pelotão por pelo menos metade da corrida, posso atingir um resultado sólido”, avaliou Johann.

Folger, por sua vez, também esteve entre os ponteiros ao longo das sessões, mas vai sair em oitavo, na metade da terceira fila. 

Com uma dupla tão afinadinha, Poncharal tem muitos motivos para celebrar.

(Johann Zarco (Foto: Tech3))

KTM estreia na MotoGP neste fim de semana (RC16 (Foto: KTM))
 

Estreia vermelha

Um dos focos deste debute de Mundial, Jorge Lorenzo não vai começar sua passagem na Ducati exatamente com o pé direito. O #99 foi evoluindo sessão após sessão, mas não teve uma melhora assim tão significativa no TL3, quando garantiu apenas o 12º posto no grid de largada.

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Ainda se entendendo com a Desmosedici e ajustando seu estilo de pilotagem ao protótipo de Borgo Panigale, Jorge terá uma missão difícil partindo da quarta fila, mas não parece particularmente abalado.

“Saindo em 12º, chegar no pódio é difícil”, avaliou Jorge. “Não é impossível, embora um resultado realista seria terminar entre o quarto e o décimo”, continuou.

Dono de seis vitórias no Catar — três na MotoGP, duas nas 250cc e uma nas 125cc —, Lorenzo vai debutar numa pista onde conta com um histórico favorável e onde a Ducati também não costuma fazer feio.

Mesmo assim, Jorge tinha algumas metas a cumprir no TL4, como recuperar a velocidade de curva sacrificada após uma mudança no acerto que tinha como objetivo tornar a moto menos física. Além disso, o piloto de Palma de Maiorca também tinha como objetivo definir os pneus para a corrida.

“Nós começamos com um pneu macio usado, e eu imaginei que ele se desgastaria mais, e não foi ruim”, contou Lorenzo após os treinos de sexta. “Mas acho que, desta vez, o macio é macio demais. É o melhor pneu para nós se ele conseguisse durar por toda a corrida. Infelizmente, parece que não é assim”, lamentou.

(Jorge Lorenzo (Foto: Ducati))

Marc Márquez é quem tem o ritmo de prova mais próximo de Viñales (Marc Márquez (Foto: Honda))
 

Cadê tu, doutor?

Valentino Rossi ainda não conseguiu deixar para trás os fantasmas da pré-temporada. Depois de sofrer bastante ao longo dos testes coletivos, o #46 deu alguns sinais de melhora, mas vai para a corrida com um resumo claro de sua situação: “Somos um pouco lentos e estamos atrás”.

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Além de ainda não ter se encontrado completamente com a nova YZR-M1, Rossi também teve azar no fim do TL3. Em sua última saída, calçado com pneus macios, o italiano de Tavullia teve de voltar aos boxes quase que imediatamente por conta de uma falha em um sensor de suspensão. Quando voltou à pista, teve tempo para apenas uma volta, que o colocou no décimo posto do grid de domingo.

Partindo da quarta fila, Valentino espera um domingo complicado, especialmente se não conseguir melhorar tanto a M1 quanto gostaria no warm-up.

“No momento, não tenho a velocidade que me permita pensar em uma corrida de recuperação”, admitiu. “É evidente que eu preferia que tivéssemos perdido o dia hoje, porque tínhamos muitas mudanças na moto que deveríamos confirmar. Acho que, tanto na chuva como no seco, poderíamos ter conseguido uma melhor posição de partida”, avaliou.

Embora reconhecido por sua habilidade de tirar um coelho da cartola quando as luzes se apagam no grid da MotoGP, Rossi não teve um bom início de ano e precisa mesmo de um ‘coringa’ na manga em Losail.

(Valentino Rossi (Foto: Yamaha))

Com dez campeões, MotoGP reúne 29 títulos no grid de 2017: um recorde (Turma de 2017 da MotoGP (Foto: Repsol))

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