A fase da equipe italiana continua ruim, mas o quinto lugar de Charles Leclerc na classificação em Mugello já é algum alento em casa
O Renascimento foi um período da história europeia (e mundial) que marca o fim da Idade Média e o começo da Modernidade – com o resgate de conceitos da Antiguidade Clássica (por isso o nome) e a introdução de diversas transformações artísticas, científicas, filosóficas, sociais, políticas, econômicas e religiosas. Tudo isso começou na região da Toscana, mais precisamente na cidade de Florença, antes de ganhar o resto da Itália e do continente.
Cinco séculos depois, um dos mais recentes frutos de toda a revolução iniciada na Renascença volta para a Toscana em seu ápice tecnológico. Sim, estou falando do automóvel e, claro, da Fórmula 1. E é justamente lá que a equipe italiana do certame, a Ferrari, tenta encontrar o seu renascimento.
No entanto, mesmo sendo a dona do circuito e a grande homenageada por aquele que é, oficialmente, o Gran Premio della Toscana Ferrari 1000, a Scuderia continua sofrendo com seu conjunto carro-motor ruim. Qualquer outra afirmação que não seja essa é tapar o sol com a peneira.
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O resultado de Sebastian Vettel na classificação, neste sábado (12), mostra exatamente isso. O alemão foi apenas o 14º com o carro #5 vermelho, 0s004 atrás da Alfa Romeo de Kimi Räikkönen – que, vale lembrar, tem o mesmo motor problemático e zero pontos em 2020. No Q2, o tetracampeão tomou 1s5 da Mercedes de Lewis Hamilton.
Por outro lado, Charles Leclerc traz uma pontinha de esperança em um resultado melhor no domingo. O monegasco não só levou o seu #16 ao Q3, como também marcou o quinto tempo da classificação – atrás das duas Mercedes e das duas Red Bull, que formam a F1 A. Em outros tempos tal resultado seria fracasso, mas hoje é muito além do que o SF1000 da equipe pode entregar.
Afinal, vamos lembrar, a equipe Italiana é apenas a sexta do Mundial de Construtores.
Pode ser a esperança da Ferrari renascer em casa e justamente na terra do Renascimento? Até pode ser.
Porém, precisamos ser realistas. Leclerc não só usou o braço para compensar as deficiências do carro, como também foi ajudado pela falta de velocidade dos adversários. Na hora da verdade, Renault e, principalmente, McLaren e AlphaTauri andaram para trás. Além disso, a bandeira amarela causada por Esteban Ocon, da Renault, no Q3 atrapalhou algumas voltas rápidas de pilotos que poderiam ter superado o monegasco.
A verdade é uma só: a Ferrari não correrá por seu renascimento neste domingo, mas sim para não dar vexame enquanto dona da festa. Pior que, nessa analogia, nem vai ter o champagne para botar a culpa.
Até porque Leclerc não é nenhum homem vitruviano – alguém capaz, com seu corpo humano perfeito, fazer um milagre com um carro tão ruim.
Lá na frente, após a largada, o pole Lewis Hamilton deve disparar na frente e, em condições normais de temperatura e pressão, vencer em uma corrida que será divertida para os pilotos – mas que não promete tanto assim para os espectadores.
“Ao menos o inglês não igualará o recorde de vitórias do Schumacher na nossa casa”, deve estar dizendo, bem baixinho, para si mesmo o torcedor tifosi neste exato momento.
Uma vitória muito pequena para quem completa mil GPs na Fórmula 1.
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