Ao igualar o recorde de vitórias de Michael Schumacher no GP de Eifel, Lewis Hamilton nos faz testemunhas da história mais uma vez
O título desta análise está escrito entre aspas porque a frase não é minha. Foi George Orwell, autor de livros como ‘1984’, que a cunhou em um de seus artigos escritos durante a Segunda Guerra Mundial para a revista ‘Tribune’ – e que, depois, foram reunidos em um livro chamado ‘As I Please’. Originalmente, o escritor inglês se referia a possibilidade dos alemães venceram o conflito mundial, escrevendo a história da forma como quisessem.
Eu, no entanto, tirarei o trecho de contexto para dizer: no esporte, a história também é escrita pelos vencedores – e Lewis Hamilton completou mais uma página dessa história neste domingo, 11, no GP de Eifel da Fórmula 1.
São 91 lugares mais altos do pódio para Hamilton, também, como Orwell, um inglês. Mesmo número de vitórias de Michael Schumacher e é questão de dias para chegar na 92ª, 93ª, 94ª…. A 100ª, o número redondo, será especialmente marcante.
Em títulos, Hamilton já tem uma mão no caneco e garantir o hepta, também igualando Schumacher, é uma questão de tempo. Um oitavo campeonato deve se seguir, ainda mais que o regulamento da F1 será congelado em 2021 e poucas mudanças devem acontecer nos carros. A Mercedes fatalmente continuará com o melhor bólido do grid, e Valtteri Bottas demonstrou mais de uma vez (inclusive hoje) que não consegue superar o adversário na luta pelo título.
Assim, em uma categoria septuagenária e ápice do automobilismo mundial, teremos Lewis Hamilton na capa do livro de história. Um piloto negro, com origem na classe média trabalhadora, que usa a sua posição de ídolo para lutar por justiça e mudança social. Tudo isso em um esporte dominado por brancos, que teve o próprio Hamilton como o primeiro negro na categoria.
Não é pouco.
Não é só isso, não. O recorde de Hamilton acontece na Alemanha, que nem estava, originalmente, no calendário da Fórmula 1 em 2020. O mesmo país de Schumacher. O mesmo país que motivou a frase cunhada por Orwell. O mesmo país com um histórico sombrio de ódio e preconceito, que a maioria de seus habitantes tem vergonha de lembrar.
Hamilton escrever a história, sendo quem é, é de alguma forma uma reparação histórica. Muito pequena, é verdade. Mas é um passo. Um passo que, enquanto humanidade, esporte e fãs, precisamos dar.
A história é sua, Lewis Carl Davidson Hamilton. E ela está em ótimas mãos.
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