Norris confirmou a boa evolução do carro laranja ao repetir no GP da Áustria o terceiro lugar de Sainz Jr. no último GP do Brasil e animou a todos para sequência da temporada marcada pelo coronavírus. Time não repetia dois pódios em no máximo três corridas desde novembro de 2012

Lando Norris não poderia nem tomar bebida alcoólica até esses dias. No último domingo (5), o piloto de 20 anos não só pôde experimentar um delicioso gole de champanhe, como recolocou definitivamente a McLaren no caminho dos pódios na Fórmula 1. Carlos Sainz Jr., o quinto no GP da Áustria, já havia aberto caminho, é verdade, duas corridas atrás, no último GP do Brasil, ainda pela temporada 2019. 

Naquela ocasião, em Interlagos, Sainz Jr. havia tirado a equipe de Woking de um jejum de cinco anos e meios — ou 2.072 dias e 118 corridas, como foi lembrado por eles mesmos nas redes sociais. Por isso, o resultado na pista de Spielberg foi ainda mais espetacular já o time não registrava dois pódios em no máximo três corridas desde novembro de 2012 — ou 2.799 dias e 141 corridas — quando Lewis Hamilton (GP dos Estados Unidos) e Jenson Button (GP do Brasil) venceram corridas seguidas pela equipe.

Se a terceira colocação de Norris foi inflacionada pelo incidente com Alexander Albon (Red Bull), a punição de cinco segundos a Hamilton (Mercedes), a rodada de Sebastian Vettel (Ferrari) e talvez até o abandono de Lance Stroll (Racing Point), a constância da equipe anima a garagem laranja. A boa posição de Sainz Jr., que também lutou com a ameaça Sergio Perez (Racing Point) na volta final mostra um carro bem arrumado para a curta temporada. Sem muito tempo para acertos em por enquanto oito provas confirmadas, começar com confiança no carro fará toda a diferença.

A própria corrida em Interlagos, uma das melhores daquela temporada, contou também com suas particularidades. Também grandes e médios adversários ficaram pelo caminho, como na quebra de motor de Valtteri Bottas (Mercedes) e da batida de Vettel e Charles Leclerc (ambos da Ferrari). A duas voltas do fim, Hamilton acertou Albon, fato que se repetiu nesse fim de semana, e ajudou a McLaren em algumas posições. Sainz Jr. e Norris não reclamaram e estavam lá para cumprir a parte deles. A última volta do #4, a mais rápida da corrida, foi espetacular e prendeu a respiração dos mecânicos na garagem. A conta era simples: ficar a menos de cinco segundos de Hamilton. Deu certo.

GP da Áustria 2020, Lando Norris,
Norris conseguiu última volta espetacular e garantiu lugar no pódio (Foto: Reprodução/Twitter/@McLarenF1)

Mas tanto Interlagos, como a Áustria, palco do próximo GP sob a alcunha de Styria, como o terceiro compromisso da temporada, na Hungria, são favoráveis a McLaren. Em comum, essas pistas são velozes e vão exigir muito da capacidade do motor em provavelmente outros dias de muito calor. A julgar pelas últimas experiências, por mais que os adversários deixem de fazer bobagens, o piloto inglês e o espanhol podem esfregar as mãos por mais e mais pontos no campeonato.

Com o futuro próximo aparentemente nos eixos dentro dentro das pistas — e as coisas começando a se reencaminhar na fábrica como um todo, depois do prejuízo por conta do coronavírus até conseguir um empréstimo de 150 milhões de euros (aproximadamente R$ 1 bilhão) — o ano que vem gera tantas expectativas quanto preocupações. Sainz Jr. vai para a Ferrari e o time receberá o australiano Daniel Ricciardo. Até aí, tudo bem. O espanhol provavelmente será preterido na parte, mas o inglês tende a cumprir bem o papel da equipe. 

GP da Áustria 2020, Lando Norris,
De saída para a Ferraro, Sainz deve ser preterido por Noris ao longo da sequência da temporada Reprodução/Twitter/@McLarenF1

O mais instigante para o próximo na equipe estará no motor. Depois daqueles longo inverno com a Honda, tão atacada por Fernando Alonso de 2015 a 2017, o time assinou com a Renault para 2018 e finalmente vem saindo do atoleiro, como com os dois pódios em três corridas. No ano que vem, no entanto, o motor será Mercedes. Como um primeiro ano em um novo carro é, em geral, de adaptação e acertos, a temporada que vem talvez não seja um breque na empolgação. Claro que ao olhar para o bom desempenho da Racing Point, já impulsionada pelos alemães, a McLaren pode ficar animada. Mais do que isso, a parceria é histórica e rendeu quatro títulos mundiais entre 1995 e 2014.

Mas uma coisa será a Mercedes fornecer motores para a medina Racing Point e outra para a gigante McLaren. De todo jeito, a McLaren está de volta.

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