Curvas com 18 graus e atmosfera da torcida estão entre os elementos que agradam em Zandvoort depois de 36 anos, mas a Fórmula 1 atual tem uma propensão para procissão que pode prejudicar a corrida

Curvas chamadas pelo nome, grama depois da zebra, brita que levanta poeira na área de escape e um jeitão de Fórmula 1 dos melhores anos de 1970 e 1980. Soma-se a isso, uma torcida apaixonada que impulsionou Max Verstappen para a pole-position, com Lewis Hamilton em segundo, neste sábado (4). O GP da Holanda tem um clima bom, mas a categoria hoje não engana ninguém de véspera no que sempre pode ser uma procissão. 

A largada para a 13ª das agora 22 etapas do Mundial acontece neste domingo, às 10 horas (de Brasília), com ao vivo e tempo real do GRANDE PRÊMIO. Os 4.259 metros do circuito que volta à F1 depois de 36 anos promoverão longas 72 voltas para a corrida. 

Os 18 graus de inclinação das curvas Gerlarch e Arie Luyendyk, 3 e 14 na irritante denominação da F1, chamam a atenção pela peculiaridade no calendário. O contorno dos pilotos, em geral pelo lado de fora da pista, é uma atração à parte e até permite uma ou outra ultrapassagem mais ousada do lado de dentro. Os pilotos da F2 e F3 até arriscaram alguma coisa, mas há também a limitação da largura da pista que é preocupante.

“É uma sensação incrível conseguir a pole-position aqui. A torcida é incrível. Hoje [sábado], foi bom e espero terminar isso bem amanhã”, disse o anfitrião Verstappen, bastante contido em suas emoções no GP local.

A entrada para a reta dos boxes, feita de pé em baixo e com a possibilidade de abertura da asa móvel, tende a ser o melhor ponto para se pensar em uma ultrapassagem. A freada para a Tarzan, curva 1, deverá garantir bons momentos desde que nenhum carro se posicione no meio da pista que por vezes lembra um enorme kartódromo ou pista dos videogames de época, menos realistas.

GP da Holanda 2021, Max Verstappen,
Verstappen foi impulsionado pela torcida local para ficar com a pole-position em Zandvoort (Foto: Bryn Lennon/Divulgação/Red Bull Content Pool)

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Preocupação com as bandeiras vermelhas

Não é questão de gostar de acidentes, mas as imagens de George Russell e Nicholas Latifi escapando da pista chamaram a atenção. No Q2, a 3min54 e 1min38 do fim do Q2, os dois pilotos da Williams rodaram e bateram contra a barreira de pneus. O primeiro teve menos impacto, mas o segundo causou boas avarias na equipe que vinha demonstrando bom rendimento também neste fim de semana. 

O susto levado na última classificação, com a fortíssima e desnecessária batida de Lando Norris, da McLaren, na Eau Rouge, no GP da Bélgica, levou a direção de prova a tomar uma atitude. Se em Spa o acidente era completamente evitável devido às condições de pista, em Zandvoort trataram de levantar logo a bandeira vermelha interrompendo e depois encerrando a sessão mais cedo. A barreira de pneus precisou ser consertada, enquanto a torcida era animada com rocks clássicos nas arquibancadas.

GP da Holanda 2021, George Russell,
Russell escapou e bateu sua Williams na barreira de pneus na parte final do Q2 (Foto: Reprodução/Twitter/@F1)

Até aí, tudo legal. Mas se transportado esses problemas para domingo, a corrida pode ser bastante interrompida e, claro, o espetáculo prejudicado. Evidentemente que o show promovido pela Verstappenmania vale o ingresso, diferentemente do que aconteceu em Spa, mas em termos de ultrapassagens fica a dúvida.

De qualquer forma, será mais um importante capítulo na briga entre Verstappen e Hamilton pelo título mundial.

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