Hamilton, Bottas e Verstappen, nem sempre nessa ordem, largaram nas três primeiras posições em sete provas ao longo deste ano. Ainda assim, uma corrida nova no calendário da Fórmula 1, como foi visto no fim de semana em Eifel, pode reservar surpresas no pódio

Quando uma pista nova desembarca no calendário da Fórmula 1, em geral, traz na bagagem a expectativa de estranhos imprevistos desejáveis. O imaginário é que o desconhecido possa proporcionar pelo menos uma pequena inversão na ordem de forças. Para a segunda parte da quadra promovida pelos GPs de Eifel, de Portugal, da Emilia Romagna e da Turquia, esse pensamento é de novo aguardado apesar da 97ª pole-position de Lewis Hamilton. O seu companheiro de Mercedes, Valtteri Bottas, foi o segundo, seguido por Max Verstappen, da Red Bull.

A largada para a 12ª das 17 corridas previstas no ano atípico, marcado pela pandemia do coronavírus acontece neste domingo, às 10h10 (de Brasília), com tempo real e ao vivo do GRANDE PRÊMIO.

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O primeiro compromisso dessa sequência de corridas novas terminou com sete equipes diferentes nas sete primeiras colocações. Para tantas categorias no automobilismo isso já seria louvável, para a F1 moderna então, é praticamente um feito histórico. Evidentemente que Nürburgring esteve até recentemente no calendário (2013), antes de ‘tapar o buraco’ provocado pelas corridas que tiveram de ser canceladas. Na Alemanha, Lewis Hamilton (Mercedes) venceu, seguido de Max Verstappen (Red Bull), Daniel Ricciardo (Renault), Sergio Pérez (Racing Point), Carlos Sainz Jr. (McLaren), Pierre Gasly (AlphaTauri) e Charles Leclerc (Ferrari) completaram as posições. 

Se a imprevisibilidade, reforçada pela possibilidade de chuva no horário da corrida no Autódromo do Algarve, puder atuar, a corrida será novamente emocionante para quem gosta de velocidade. Bem verdade que a trinca Hamilton, Bottas e Verstappen, não necessariamente nessa ordem, se repetiu em sete largadas ao longo do ano. Ainda assim, volta e meia aparece uma Racing Point, uma McLaren e, mais recentemente, uma Renault com gana de brigar pelo pódio. Entre esses coadjuvantes, Daniel Ricciardo, o terceiro colocado na última corrida, já não vinha demonstrando um bom desempenho no fim de semana e, para piorar, ainda saiu da pista na parte final do Q2 e ficou impossibilitado de brigar por melhores posições.

Max Verstappen, GP de Portugal 2020,
Verstappen pode tirar vantagem ao largar de pneu médio e do lado ímpar da pista (Foto: Reprodução/Twitter/@redbullracing)

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Mas um fator que pode mesmo ser determinante pelo menos na primeira parte da corrida (imaginando que a chuva demore ou nem sequer caia sobre o autódromo) está nas estratégias de pneus. As Mercedes saem com borracha média, enquanto Verstappen optou pela goma macia. O papo pode não agradar muito quem gosta da briga mais pura dos pilotos, mas deve ser levando em conta ao analisar a dificuldade que os pilotos tiveram para alcançar a temperatura ideal. Por isso então, o holandês pode ter vantagem largando no lado ímpar da pista. Ainda assim, faltaria uma oportunidade mais clara de ultrapassagem. 

“É incrível. Não consigo dizer o quão difícil foi hoje. Temos um ótimo carro, mas você tem que dirigir no limite para conseguir fazer uma volta. Valtteri tem sido rápido neste fim de semana, me superou em todas as sessões, então eu tenho cavado e cavado tentando encontrar aquele tempo extra”, disse Hamilton, que teve duas tentativas para cravar o seu tempo. “Fazer os pneus funcionarem aqui é muito difícil. Por isso que queria fazer outra volta caso não desse certo.” 

Vettel, GP de Portugal 2020, tampa bueiro,
Outro imprevisto como o da tampa do bueiro seria indesejado, e catastrófico, para o GP de Portugal (Foto: Reprodução/Twitter/@f1)

Além dos fatores técnicos, há outro componente interessante de se observar: a irritação de Bottas. O finlandês liderou absolutamente todas as sessões de treinos livres e estava cravando a 15ª pole da carreira até a sua última tentativa no Q3. Foi aí que, mais uma vez, já com o cronometro zerado e nova dose de infinita crueldade, Hamilton apareceu para tirar o brilho do companheiro de equipes. Na entrevista após a classificação, coube até ao gentleman David Coulthard, que fazia as vezes de repórter, confortar o piloto do carro #77.

“É muito difícil fazer voltas perfeitas aqui”, disse Bottas, que ainda reconheceu a dificuldade que terá na largada. “No final das contas, deveria ter feito duas voltas cronometradas também. Teria sido bom começar do lado limpo, mas veremos o que podemos fazer saindo da segunda posição.”

Um imprevisto, esse sim, indesejável para uma corrida de F1 está, por exemplo, no problema na tampa de um bueiro na curva 14 do circuito de Portimão. O incidente, que poderia causar grandes danos, aconteceu na parte final do terceiro treino livre do fim de semana, quando Sebastian Vettel, de Ferrari, passou pelo local e arrancou a grelha com a capacidade de aderência dos pneus. O reparo atrasou a classificação em 30 minutos e seria simplesmente catastrófico para o GP português, o primeiro no país em 24 anos.

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