Na matemática, um ponto separa os dois grandes pilotos da F1 em 2021 - na pista, a diferença é ainda menor
O GP da Emília-Romanha, em Ímola, não decepcionou pelo segundo ano consecutivo. Talvez menos mérito do circuito, mais resultado de uma pista molhada e de um pelotão próximo, de uma forma que não acontecia desde 2012. E, claro, da briga pelo título entre Max Verstappen e Lewis Hamilton.
O holandês teve uma largada brilhante com pneus intermediários: pulou à frente do companheiro, Sergio Pérez, e pouco depois ultrapassou o heptacampeão, que ficou com a asa dianteira avariada.
Tal fato criou uma situação rara nos últimos anos: deixou Hamilton sob pressão, que, no meio do GP, deixou o carro escapar ao colocar os pneus na parte molhada do circuito na hora de ultrapassar um retardatário. Foi para fora da pista.
Aí aconteceu algo: era para o inglês ficar uma volta atrás, em nono, sem grandes possibilidades para a segunda metade da prova. No entanto, pouco depois, a outra Mercedes (de Valtteri Bottas) bateu com a Williams de George Russell. Bandeira vermelha, avarias arrumadas e todos os pilotos voltando para a mesma volta do líder.
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Você pode dizer que é sorte, mas diria que é o heptacampeão seguindo a lição de Thomas Jefferson: “Eu acredito demais na sorte, e tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho.”
A partir daí, Hamilton pilotou como nunca. Foi ganhando posições, até, nas voltas finais, ultrapassar a McLaren de Lando Norris e conquistar a segunda posição. Isso, com a volta mais rápida, foi o suficiente para manter Lewis como líder do Mundial de Pilotos.
Se Hamilton teve que ir além para compensar uma falha, é bom registrar que Verstappen foi quase impecável. O único erro do holandês foi uma rodada antes da relargada após a bandeira vermelha, rapidamente recuperado.
Resultado: Hamilton 44 pontos, Verstappen 43 – a diferença é pelo ponto extra conquistado por Lewis pela volta mais rápida em Ímola. A temporada de 2021 será longa, mas se desenha uma disputa acirrada pelo título de pilotos e equipes.
Não é a primeira vez que o heptacampeão tem um desafiante. Na era híbrida da F1, Hamilton disputou com Nico Rosberg (que venceu em 2016) e Sebastian Vettel (que chegou a liderar o campeonato em 2017 e 2018). Inclusive, em 2017 aconteceu uma situação parecida com a de agora: após dois GPs, Lewis e Sebastian dividiam a liderança do campeonato com 43 pontos cada.
Será que Verstappen manterá o gás no decorrer da temporada, ou cairá de desempenho como Vettel fez nessas duas disputas contra o inglês? Há uma grande diferença daquela época para hoje: o regulamento atual pouco abre espaço para uma equipe desenvolver mais o carro do que a concorrente durante a temporada.
Não é a única emoção na pista, aliás. O meio do pelotão está incrível: McLaren e Ferrari foram muito bem em Ímola, principalmente com Norris e Charles Leclerc – ambos consistentes na chuva e muito rápidos. AlphaTauri e Aston Martin não tiveram tanta sorte na Itália, mas devem se sair melhor em outros circuitos.
Até a Williams está surpreendendo. Ambos os carros estavam no meio do pelotão quando bateram, algo improvável nos últimos anos. Porém, Nicolas Latifi e George Russell, que claramente tem mais habilidade, precisam controlar o ímpeto.
Nisso tudo, a maior decepção é Valtteri Bottas. O finlandês só foi bem nos treinos livres de sexta. De resto, foi muito pior que o companheiro de Mercedes – chegando a andar pela oitava e nona posição no GP em Ímola.
Ok, pode ser polêmico de quem é a culpa no acidente do #77 com Russell. Até acredito que foi culpa do inglês, mas a verdade é que Valtteri nem deveria estar naquela posição, de ser ultrapassado por uma Williams.
Em um ano tão disputado, a Mercedes vai precisar bastante de seu segundo piloto. A grande sorte da equipe alemã é que Sergio Pérez errou muito na Emília-Romanha. Se tivesse ido bem com seus dois piloto, a Red Bull estaria liderando o campeonato de construtores.
Sem falar que, em uma disputa tão acirrada, ter um segundo piloto roubando pontos do adversário é fundamental.
A Fórmula 1 volta em duas semanas, no interessante GP de Portugal. Parece que temos um campeonato, com uma diferença mínima entre seus dois grandes pilotos – agora, quantificada em um pontinho. Vamos torcer para ser assim até o final.
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