O GP da Espanha deste domingo deixou claro que, em todo o grid da Fórmula 1, apenas o holandês pode fazer frente ao inglês - mas eles nunca tiveram carros no mesmo nível

Pode não ter sido fácil, apesar de, para nós sentados no sofá, parecer fácil. A verdade é que Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu o GP da Espanha ontem (16) de forma absoluta. Fez a pole, liderou todas as voltas e ainda colocou uma volta de vantagem no quarto colocado – apenas os três do pódio fecharam a corrida no 66º giro. Contundente.

Por isso, esqueça o resto do grid. Foque apenas em quem não foi amplamente massacrado pela hexacampeão. Sobra Valtteri Bottas, que, mesmo com o mesmo carro, consegue ficar à frente do companheiro de equipe apenas de forma rara e esporádica. E temos Max Verstappen, da Red Bull.

O holandês foi o primeiro não-Mercedes no grid de largada, partindo da terceira posição. Na corrida, foi superior a Bottas e ficou em segundo. Ele é, disparado, o melhor da Fórmula 1 hoje, quando excluímos Hamilton como hors concours.

No grid de largada do GP da Espanha, o primeiro a não trajar negro é Max Verstappen (Foto: Twitter / Red Bull Racing)

Não foi só na Espanha, não. Verstappen abandonou no GP da Áustria por problema elétrico. Depois, foi terceiro na Estíria, segundo na Hungria e na Inglaterra, venceu o GP dos 70 Anos… Sempre foi ou o melhor do resto ou à frente da segunda Flecha Negra – e, na segunda corrida em Silverstone, venceu após o bom desempenho do seu carro com a combinação de pista quente e pneus mais moles, com uma grande ajuda da estratégia da equipe Red Bull.

Com isso, Max Verstappen se consolida na vice-liderança do campeonato. São 95 pontos para o holandês, contra 132 do líder Hamilton e 89 do terceiro colocado, Bottas.

Enquanto isso, com a mesma Red Bull-Honda RB16, Alexander Albon é apenas medíocre. Normalmente, o piloto se vê disputando posição contra as McLarens, Racing Points e Ferraris. No Mundial de Pilotos, é sexto colocado, com 40 pontos. Por mais que Max receba as maiores atenções, as melhores peças e todos os paparicos, é uma diferença considerável – algo que não acontece na Mercedes, por exemplo.

Verstappen tem ainda muito o que provar na Fórmula 1. Tem apenas 22 anos e uma longa carreira pela frente. Há muito também o que amadurecer, processo pelo qual o próprio Hamilton já passou. Porém, os resultados de 2020 mostram que ele está pronto para ser o piloto a desafiar a hegemonia de Lewis Hamilton, alguém para tentar tirar o hepta do inglês – ou, ao menos, deixá-lo mais difícil.

Mas isso não acontecerá.

A verdade é que Max Verstappen não tem um carro em condições de igualdade ao da Mercedes. Nunca teve.

Lewis Hamilton e Max Verstappen
Lewis Hamilton e Max Verstappen já dispuram posição na pista em algumas corridas, mas nunca brigaram entre si pelo campeonato (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Em 2016, quando ele entrou no time, os austríacos viviam uma relação conturbada com a Renault. Veio a primeira vitória, é verdade, mas foi às custas da famosa batida entre Hamilton e Nico Rosberg no começo do GP da Espanha. Em 2018 veio o motor Honda e, junto, uma nova fase de aprendizado entre equipe e fornecedor.

Max nunca deixou de vencer nesse período. Uma vitória em 2016, duas em 2017 e 2018, três em 2019. Em nenhuma delas tinha o melhor carro do grid, ou que se equiparasse ao melhor.

A verdade é que, em igualdade de condições, o Hamilton vs. Verstappen não aconteceu – só vimos brilharecos disso, de forma esparsa. Com o regulamento congelado para 2021, dificilmente acontecerá no próximo ano – só se o fim do modo festa e do DAS realmente impactem no desempenho da Mercedes. Difícil.

Quer dizer que o holandês precisa pilotar o mesmo carro que o adversário para fazer frente à ele? Não, não precisa. A Fórmula 1 está cheia de momentos em sua história onde duas ou mais equipes construíram um certo equilíbrio – uma melhor num tipo de pista, a outra em outro, mas, na soma de tudo, andavam mais próximas.

Para 2022 vem um novo regulamento. Uma hora, o equilíbrio de forças muda da Fórmula 1. E se a Red Bull conseguir diminuir essa diferença para a Mercedes… Quem sabe.

Sonhar não custa nada, não é mesmo?

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