Lá na frente, Lewis Hamilton fez o papel que se esperava dele. Largou na frente e chegou na frente neste domingo (29), no GP da Hungria. Mas não sozinho. O inglês contou com enorme ajuda do fiel escudeiro Valtteri Bottas que bloqueou Sebastian Vettel com maestria e esteve ao ponto de tirá-lo da prova nas voltas finais. Foi quase. O alemão chegou em segundo, com Kimi Räikkönen em terceiro.
Hamilton, agora com 24 pontos de vantagem para Vettel no Mundial (213 a 189), carrega o bom momento para as férias de verão da F1. O próximo compromisso no calendário acontece só em 26 de agosto, com o GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps.
O desempenho de Bottas em Budapeste, ainda que com o modo “bate-bate” ligado nos momentos finais, era tudo que a Mercedes precisava para ampliar a vantagem com Hamilton na classificação. Se não é um piloto dos mais brilhantes, com nomes até ligados à Mercedes melhores do que ele, ao menos cumpriu o seu papel com maestria. Talvez isso justifique a renovação por mais uma temporada - Hamilton teve o vínculo extendido até 2020.
Sebastian Vettel e Valtteri Bottas se envolveram em choque na volta 65 do GP da Hungria
Reprodução/F1
Bottas largou na segunda colocação e, desde início, segurou o ímpeto de Vettel, que não teve trabalho para ultrapassar o companheiro Räikkönen. Em diferentes estratégias de pneus, Bottas e Vettel, que teve um problema no seu tardio pit-stop na 39ª volta, travaram um duelo de gato e rato a partir das últimas 15 voltas. O momento derradeiro aconteceu a cinco giros do fim, quando já sem os pneus em condições de defender a posição, Bottas foi ultrapassado por Vetttel.
“Viemos para cá sabendo que a Ferrari seria muito rápida neste fim de semana. Por isso, sair com esses pontos é definitivamente um bônus para nós”, reconheceu Hamilton, que não é muito de elogiar publicamente o desempenho de Bottas. Do lado do derrotado, Vettel se fez de vítima e disse “surpreendido” com o toque. “Andamos fora de posição e acredito que poderíamos ter seguido o ritmo do Hamilton na corrida.”
O carro da Mercedes ainda tocou o da Ferrari em uma manobra que muitos podem entender como precipitação do #5 em definir de vez a manobra contra o #77. Bottas foi quem teve mais prejuízo, danificou a asa dianteira e saiu da pista. Pouco tempo depois, provavelmente sem a mesma concentração de quem se via em segundo e agora estava fora do pódio, daí sim, errou e acertou também Daniel Ricciardo, que vinha de excepcional prova de recuperação.