Série ‘Drive to Survive’, lançada no início de março na Netflix, é a mais humanizada tradução da para sempre metódica categoria, já que não conta com as aparições de Mercedes e Ferrari. Ainda assim, vale justamente por que foca em outros competidores

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A elogiável série documental “Drive to Survive”, lançada no início de março na Netflix, é a mais pura contradição da F1. Se ganha em humanizar chefes de equipe que brigam por motores, pilotos que vivem seus dramas da metade para trás do grid e mesmo mecânicos que nos boxes arruinam a corrida de uma equipe intermediária, perde justamente por reforçar a divisão de classes na categoria. Sem acordo financeiro, a primeira temporada, em dez capítulos, não mostra os bastidores de Mercedes e Ferrari. E isso não foi de tudo ruim.

Desde muito sempre, a F1 foi — e talvez nem nunca deixará de ser — ‘metódica’. Cada coisa com a sua regra e ao seu tempo. Com o documentário de James Gay-Rees (felizmente “Dirigir para Viver” em português, e não ‘sobreviver’ como seria a ideia de uma tradução literal na língua de Shakespeare) não seria diferente. Apontar uma câmera para aqueles carros ainda hoje requer credenciais. Mais do que isso, faz só menos de dois anos que é possível acompanhar a categoria via redes sociais. O desafio de assistir aos melhores momentos de uma corrida antes exigia dedicação nos chamados links ‘alternativos' dos porões da internet por exemplo.

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O que se passa com o documentário em questão é que Mercedes e Ferrari pediram o que a própria plataforma de transmissão e os produtores classificaram como “termos diferentes do restante das equipes” muito bem filmadas ao longo da temporada 2018. Leia-se, evidentemente, “pediram mais grana”. Segundo o produtor executivo Paul Martin, em entrevista à Press Association Sport, os envolvidos na negociação chegaram ao limite que seria “tudo ou nada”.

Documentário ‘Dirigir para Viver’ (na tradução para português) conta temporada 2018 em dez episódios (Reprodução/Netflix)

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“Mercedes e Ferrari decidiram operar em termos diferente do restante das equipes e nós, produtores, a Netflix, como plataforma de transmissão, não nos sentimos confortáveis com isso. Chegou ao ponto do ‘tudo ou nada’ por que se os termos eram bons para as outras equipes, deveria ser bom o suficiente para Mercedes e Ferrari também. Meu ponto de vista é que elas fizeram um desserviço as fãs do esporte por não aceitarem”, disse Martin que, claro, também fez questão de lembrar pontos positivos da obra.

“Tivemos muita sorte de contar com times como Red Bull, Renault, Haas e outros que nos deram um acesso fabuloso e despiram suas almas para nós”, concluiu o executivo.

E aí estão justamente os acertos da série, que dão os ares da dramaticidade pedidos no cinema, em episódios com títulos como “Redenção”, “A Arte da Guerra” e “Estrelas e listras”. Tudo isso sem falar em estonteantes câmeras exclusivas, algumas com filmagem em qualidade 4K, e acessos à diálogos inimagináveis. O jogo de cena que Christian Horner e Cyril Abiteboul fazem no paddock do GP da Hungria, depois que a Red Bull anuncia que deixará de utilizar motores Renault na temporada seguinte, é simplesmente impagável.

Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, como todo mundo sabe, campeão e vice na temporada passada, combinaram para 16 vitórias nas 21 corridas disputadas. Foram exibidos à exaustão em infinitos meios de comunicação. Mas o desejo que fica é o da história bem contada, que pouquíssima gente tem acesso. Daí o reforço consentido pela divisão da própria F1. Mercedes e Ferrari já vivem na pista esse mundo em separado. O próprio documentário deixa isso bem claro quando Guenther Steiner conta no pit-lane que tem 212 funcionários trabalhando na Haas e ouve que esse é o número de funcionários que a Mercedes tem em férias de uma vez só.

Certamente, nesse momento, não seria possível obrigá-los a abrir as portas da fábrica aos boxes para um mero documentário da Netflix, mas conceder ainda mais essa divisão é reforçar o pensamento de duas categorias em uma só. Tudo bem que se filme o grid inteiro, desde que não se mexa com os protagonistas. Tudo bem que os carros estejam ficando a cada ano mais e mais tecnológicos, desde que duas equipes estejam lá para brigar. E por aí vai… Sem contato com a competição em si, que o meio do pelotão mostra que existe, muita gente hoje enxerga um monte de carrinhos coloridos dando voltas em uma pista. Por esse trabalho de humanização, das redes sociais, da nova vinheta de abertura, da F1 TV e agora com a Netflix que a Liberty Media tem seus méritos.
(Divulgação/Netflix)

 

Audiência na TV e na internet

A F1 já parece ter entendido que as mídias sociais não atrapalham o seu produto principal na televisão. Pelo contrário. Em filosofia rasa, mais gente comentando a corrida na internet, mais gente interessada em ver a corrida na TV. Não à toa, a categoria experimentou pelo segundo ano consecutivo um aumento na audiência das corridas nessas duas plataformas. Daí mais uma aposta, agora com a Netflix.

De acordo com um comunicado da própria F1, distribuído em janeiro deste ano, os espectadores no mundo em 2018 chegaram a 490,2 milhões, uma melhora de 10% em relação a 2017. Segundo esses cálculos, só o Brasil tem 115 milhões do que é compreendido como alcance da TV. A audiência acumulada globalmente inclusive é de 1,76 bilhão de espectadores.

Ainda com relação ao campeonato passado, o número de usuários nas páginas da F1 chegou a 18,5 milhões (um aumento de 53,7% em relação ao ano anterior) se contado Facebook, Twitter, Instagram e YouTube. Nesse quesito, a predileção pelos vídeos se sobressai. O crescimento da F1 no YouTube registrou 115%, segundo a F1, a maior taxa de crescimento de um canal oficial de qualquer esporte.

(Divulgação/Netflix)

Até o fechamento deste material, dias antes da abertura dos trabalhos no GP inaugural da temporada, na Austrália, em 17 deste mês, apenas a Mercedes havia se defendido da enxurrada de críticas que recebeu não só dos envolvidos na obra. Os fãs, claro, também ficaram ávidos de curiosidade para saber desde as negociações para renovação da Mercedes com Hamilton até a conversa da Ferrari com Vettel quando ele erra e entrega e termina no muro, no GP da Alemanha — mal comparando, situações semelhantes são exibidas com Daniel Ricciardo e Romain Grosjean respectivamente.

A Mercedes disse em um comunicado que “disputar um título é algo que consome demais e que exige foco de todo a equipe” e, além disso, que o time é “guiado em primeiro lugar pelo desempenho”. Já a Ferrari, preferiu não se manifestar, o que também não escapou de críticas do diretor esportivo da F1 Ross Brawn, no evento de lançamento da série.

Cyril Abiteboul e Christian Horner travam um dos momentos mais impagáveis de toda documentário (Reprodução/Netflix)

“Acho que o esporte pode crescer, e crescerá se todos os times participarem deste processo. Não tenho dúvidas disso. As equipes estão começando a reconhecer que o envolvimento delas não é só na pista. Existe envolvimento em todos os lugares pra melhorar o esporte. Talvez nem todos cheguem a essa conclusão ao mesmo tempo”, disse.

Para uma provável segunda temporada da série documental, até agora, o que se tem de concreto são filmagens da produtora Box to Box nos testes de pré-temporada em Barcelona. Os profissionais também já estão a caminho do GP da Austrália, quem sabe para contar pelo menos um pouco das histórias de Mercedes e Ferrari, o que sugere mais deliciosos episódios da humanizada contradição da F1.

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