Victor Guerin já teve a chance de correr até na GP2, classe de acesso à F1. Mas depois de um acidente incomum, o paulista, hoje com 24 anos, ficou um ano e meio parado. O lugar para se reencontrar com sua paixão, o automobilismo, não poderia ter sido melhor: o Mercedes-Benz Challenge em Interlagos

O perfil dos pilotos do Mercedes-Benz Challenge em 2016 mostra que, além de atrair gentlemen-drivers de grande nível, também é capaz de chamar cada vez mais a atenção de jovens talentos que buscam seu lugar ao sol ou de retomar sua trajetória nas pistas. Um exemplo foi a participação do goiano Matheus Biriba. Aos 19 anos, o piloto guiou pela Hot Car em casa e voltou a correr na classe C 250 Cup em Interlagos. Também no circuito paulistano, outro nome chamou a atenção em virtude do seu histórico e também do bom desempenho logo de cara: Victor Guerin, aos 24 anos, fez sua estreia em meio ao competitivo grid do Mercedes-Benz Challenge no ‘templo da velocidade’ no Brasil.

Guerin é um nome conhecido de quem acompanha o automobilismo brasileiro e internacional. O paulista já competiu em categorias como a F3 Sul-Americana, F-Abarth e F3 Italiana, AutoGP, a antiga F2 e, no seu ápice como piloto, disputou a temporada 2012 da GP2 pela equipe Ocean, tendo a chance de correr nos mais tradicionais circuitos do automobilismo mundial, nas prévias das etapas da F1.

Victor teve algumas experiências no turismo, também: depois de uma breve passagem pelo Trofeo Linea, o piloto correu na Nascar Whelen Euro Series, chegando a faturar dois top-3 em 2014. Mas, ao fim daquele ano, um incidente um tanto inusitado fez com que sua carreira fosse interrompida por um longo tempo.

“Vim de um acidente um pouco incomum para os pilotos: quebrei o tornozelo andando de skate. Coloquei cinco parafusos no tornozelo e acabei ficando um ano e meio parado”, contou Guerin ao GRANDE PREMIUM no fim de semana da quinta etapa do Mercedes-Benz Challenge em Interlagos. Mas a espera teve fim, e foi em grande estilo. Graças à ajuda de um velho amigo e colega das pistas, Guerin teve a chance de voltar a acelerar um carro de corrida.

Victor Guerin voltou às pistas após um ano e meio parado, se destacando no Mercedes-Benz Challenge (Victor Guerin em Interlagos (Foto: Fabio Davini/Mercedes))

“O Marcelo Hahn deu a oportunidade de voltar ao automobilismo. O Mercedes-Benz Challenge é uma categoria que não é fácil. O carro tem suas particularidades por ser um carro de rua, a tocada é completamente diferente de tudo o que já guiei, e olha que já passei por algumas categorias de ponta do automobilismo mundial. Mas como em tudo na vida, para você se sair bem é preciso fazer bem feito, com carinho”, explicou.

E foi com carinho e dedicação que Guerin se preparou para sua estreia no Mercedes-Benz Challenge em Interlagos. A missão de Victor era dividir a condução do CLA 45 AMG #16 com Hahn, experientíssimo gentlemen-driver e vencedor da etapa de Cascavel, nesta temporada. Para pegar a mão do carro, era preciso começar do zero. Algo que jamais foi um problema.

“A experiência tem sido muito bacana e agrega muito à minha carreira. Para você ter ideia, nunca fiquei mais que um ano em uma categoria: um ano de F3; um ano de AutoGP; um ano de GP2… nunca tive muito tempo para me adaptar a um carro”, lembrou Guerin, que enxerga sua incursão no Mercedes-Benz Challenge como um novo e bom passo na carreira.

Em sua primeira experiência com um carro da CLA AMG Cup, Guerin surpreendeu, a ponto de até mesmo liderar uma das sessões de testes em Interlagos, ficando à frente do líder do campeonato, Arnaldo Diniz Filho. Foi um teste que acabou sendo crucial para seguir rumo ao próximo passo. Pouco mais de um ano e meio depois de ter corrido na Nascar Europeia no circuito Bugatti, em Le Mans, Guerin recebia a chance de fazer sua estreia no Mercedes-Benz Challenge. Começava bem a trajetória do paulista na classe dos gentlemen-drivers.

Guerin se mostrou bastante à vontade e feliz por estar no Mercedes-Benz Challenge (Victor Guerin)

“Foi a chance de poder demonstrar o que eu sei e, ainda que eu tenha de aprender muito, já consigo chegar perto do limite muito rápido. Quando vim fazer o treino, fiz quatro sessões de uma hora, terminei um treino da tarde em primeiro, a alguns milésimos do Diniz, e isso tudo acabou sendo crucial para a gente fechar tudo para esta corrida”, lembrou.

A felicidade em estar de volta à ativa e conseguir ser competitivo numa categoria conhecida pelo seu equilíbrio estava nítida no rosto de Guerin, que se mostrava muito satisfeito por conseguir se adaptar rapidamente ao carro. No fim de semana da etapa de Interlagos, quando a luta era pra valer, novamente o jovem se destacou. “Terminamos em primeiro o segundo treino livre e ficamos em terceiro na classificação”.

Na ocasião, Victor só ficou atrás dos dois pilotos em melhor fase na CLA AMG Cup: Arnaldo Diniz Filho, que foi o pole-position em Interlagos, e Adriano Rabelo, que fechou a primeira fila do grid.

Durante a corrida, as coisas não funcionaram da melhor forma para a dupla formada por Hahn e Guerin. Em meio a uma jornada bastante complicada, o conjunto do carro #16 terminou a disputa em 11º lugar. Mas acabou sendo, no fim das contas, uma grande oportunidade aproveitada por Victor, que sacramentou seu retorno às pistas em Interlagos. Como diria o lendário Juan Manuel Fangio, ‘carreras son carreras’, de modo que o paulista só espera que na próxima oportunidade sua sorte seja melhor.

Guerin foi um dos bons nomes do fim de semana da etapa de Interlagos (Victor Guerin em Interlagos (Foto: Fabio Davini/Mercedes))

Ao falar sobre suas primeiras impressões sobre o Mercedes-Benz Challenge depois de ter vivido de perto o ambiente da categoria, Guerin se mostrou bastante à vontade e feliz com o que viu.

“É uma categoria que traz muita oportunidade para quem quer ser piloto e não tem uma grande chance quando e jovem. É um ambiente que te proporciona muita coisa. Além, claro, da chance que se tem de pilotar um carro Mercedes, que muita gente gostaria de guiar, então tenho uma enorme satisfação por pilotar um carro Mercedes aqui em Interlagos”, concluiu.

Se Victor voltará ao grid, é algo que ainda será decidido. Em princípio, o acerto com Marcelo Hahn valeu apenas para a etapa de Interlagos. Mas se depender do desempenho, Guerin já pode se considerar em Curitiba para a sexta prova do ano, marcada para 16 de outubro. Ganha o piloto e ganha o Mercedes-Benz Challenge, que teria mais um forte piloto para equilibrar ainda mais a batalha por vitórias na acirradíssima CLA AMG Cup.

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