A temporada da Fórmula 1, que se encerrou no último fim de semana, teve duas metades bastante distintas. Mesmo que a Mercedes tenha sido soberana nos dois semestres, uma análise mais atenta apresenta mudanças na divisão de forças ao longo do ano

Campeonatos não costumam ser homogêneos. Principalmente em um com tantas variáveis como a Fórmula 1 – e é por isso que chama atenção como a Mercedes consegue dominar. A equipe prateada nunca deu sinais de que perderia os títulos para as equipes rivais diretas, Ferrari e Red Bull. Só que seria exagero imaginar que isso não implicou em mudanças consideráveis na divisão de forças do campeonato ao longo do ano.

A Mercedes não conseguiu ser tão dominante na segunda metade; a Ferrari começou a vencer; a McLaren cresceu até dizer chega; Renault e Alfa Romeo murcharam. Tudo isso ficou refletido no Mundial de Pilotos, mesmo que de forma camuflada.

Para melhor avaliar as diferenças entre o começo e o fim do campeonato o GRANDE PREMIUM dividiu 2019 em duas metades – a primeira indo até o GP da Inglaterra, décima corrida, e a segunda com as 11 provas restantes, até Abu Dhabi – e comparou as somas de pontos dos pilotos nos períodos.

2019/1 (GP da Austrália – GP da Inglaterra)

1º) Hamilton – 223

11º) Hülkenberg – 17

2º) Bottas – 184

12º) Magnussen – 14

3º) Verstappen – 136

13º) Pérez – 13

4º) Vettel – 123

14º) Kvyat – 12

5º) Leclerc – 120

15º) Albon – 7

6º) Gasly – 50

16º) Stroll – 6

7º) Sainz – 38

17º) Grosjean – 2

8º) Räikkönen – 25

18º) Giovinazzi – 1

9º) Ricciardo – 22

19º) Russell – 0

10º) Norris – 22

20º) Kubica – 0

 

 

A primeira metade da temporada, aqui contada até o GP da Inglaterra, teve dona. Foi a Mercedes, que fez um trabalho sublime com o W10 e venceu nove de dez GPs. Os resultados foram suficientes para deixar somente Lewis Hamilton e Valtteri Bottas sonhando com título. Isso em um primeiro momento, porque a fase europeia do campeonato logo mostrou que o britânico seria hexa até com alguma tranquilidade.

Em termos de ‘resto’, Max Verstappen tinha vantagem sobre a dupla da Ferrari, mesmo com uma Red Bull claramente não tão forte assim. O vexame ficava por conta de Pierre Gasly, com praticamente 1/3 dos pontos do companheiro holandês e muito mais perto de ser engolido pelo pelotão médio do que de brigar por pódios.

Falando em pelotão médio, já começava a ficar claro que Carlos Sainz Jr. era o homem a ser batido. Os melhores resultados do espanhol em 2019 ainda estavam por vir, mas a vantagem sobre rivais diretos era sólida. Kimi Räikkönen, mesmo que em boa fase, ainda precisaria remar para fazer algum estrago.

 

(Largada do GP do Bahrein)

2019/2 (GP da Alemanha – GP de Abu Dhabi)

1º) Hamilton – 190 (=)

11º) Norris – 27 (-1)

2º) Leclerc – 144 (+3)

12º) Kvyat – 25 (+2)

3º) Verstappen – 142 (=)

13º) Hülkenberg – 20 (-2)

4º) Bottas – 142 (-2)

14º) Räikkönen – 18 (-6)

5º) Vettel – 117 (-1)

15º) Stroll – 15 (+1)

6º) Albon – 85 (+9)

16º) Giovinazzi – 13 (+2)

7º) Sainz – 58 (=)

17º) Grosjean – 6 (=)

8º) Gasly – 40 (-2)

18º) Magnussen – 6 (-6)

9º) Pérez – 39 (+4)

19º) Kubica – 1 (+1)

10º) Ricciardo – 32 (-1)

20º) Russell – 0 (-1)

 

 

Quem vê a classificação apenas das últimas corridas pode levar um susto – afinal, foi a época do ano em que Mercedes e Hamilton estiveram mais vulneráveis e suaram mais para vencer. Só que, passado o GP do Brasil, Lewis se viu com 46 pontos de vantagem sobre os rivais mais próximos.

A explicação é simples – ninguém foi tão constante quanto Hamilton. Leclerc, Verstappen, Vettel e Bottas venceram corridas, mas passaram todos ao menos por um GP sem pontuar. Os ferraristas se implodiram vez que outra, Max foi um pouco menos brilhante e Valtteri foi Valtteri.

Nessa briga, entretanto, Leclerc foi quem mais teve méritos. As atuações após as férias da F1 fizeram o público imaginar como seria se a Ferrari fosse competitiva desde o começo.

No pelotão intermediário, Sainz se tornou ainda mais dominante. Considerando aqueles que competiram apenas por equipes médias – excluindo Gasly e Albon –, foram 19 pontos de vantagem sobre o rival mais próximo. O espanhol também se beneficiou da grande murchada vista na dupla da Renault e em Räikkönen, todos pilotos que cumpriram um bom papel no começo do ano.

 

(Reprodução/Twitter/@MercedesAMGF1)

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