Os pódios da Fórmula 1 mudaram muito de um ano para o outro. O GRANDE PREMIUM analisa os banhos de champanhe mais democráticas e variados de 2020

O GP da Turquia foi especial por uma série de motivos. Foi uma corrida empolgante, mas, além disso, representou uma grande atuação de Lewis Hamilton e a conquista do sétimo título mundial na Fórmula 1. Quem pensou além da briga pela vitória também se animou: o pódio com Sergio Pérez e Sebastian Vettel foi quase unanimidade entre o público.

Só que o pódio foi especial não só por sentimentos. Os números também importam: a F1 chega agora ao total de 12 pilotos diferentes no pódio em 2020. Em um grid de 20 carros, 60% já teve um banho de champanhe.

É um salto inesperado após anos de caras repetidas. Com a consolidação de Mercedes, Red Bull e Ferrari como trio de ferro da F1 entre 2016 e 2019, ficou difícil para equipes médias brilharem. Pois a equipe italiana desmoronou, a austríaca passou a competir em alto nível com um só piloto, e o jogo virou. Sorte do resto do grid.

Para enfatizar a importância dos números da F1 2020, o GRANDE PREMIUM comparada as últimas duas temporadas e os pilotos que tiveram a honra de beber champanhe no pináculo do esporte a motor.

Carlos Sainz Jr. foi rara surpresa no pódio da F1 em 2019 (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

F1 2019 (21 GPs)

Vencedores diferentes: 5

Pilotos diferentes no pódio: 8

A Fórmula 1 de 2019 tinha mais equipes e pilotos brigando por vitórias, mas não era necessariamente mais diversa. Mercedes, Red Bull e Ferrari monopolizaram posições de pódio, assim como em anos anteriores. Cinco pilotos dos seis acabaram no alto do pódio, o que é mais do que em 2020, mas com um lado negativo: eram raras as oportunidades de equipes medianas aparecerem no pódio.

As poucas exceções foram celebradas, e sempre consequência do caos. No GP da Alemanha, só uma série de problemas dos pilotos de ponta permitiu Daniil Kvyat na terceira colocação. No fim do ano, um GP do Brasil tão louco quanto permitiu Pierre Gasly em segundo e Carlos Sainz Jr. em terceiro. No caso do espanhol, com delay: só uma punição a Lewis Hamilton resultou no banho de champanhe tardio do piloto da McLaren.

Os pódios dos pilotos medianos foram celebrados, mas apontavam um problema crônico da F1: só corridas loucas permitiam resultados fora do comum na principal categoria do automobilismo.

O GP da Itália teve um pódio inimaginável (Foto: F1)

F1 2020 (14 GPs até aqui)

Vencedores diferentes: 3

Pilotos diferentes no pódio: 12

Um ano passou e a F1 2020 nos trouxe com um paradigma: a Mercedes dominou ao mesmo tempo em que o pódio se tornou mais democrático. É que a Ferrari despencou e a Red Bull se consolidou como a equipe de um piloto só. Em outras palavras, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas e Max Verstappen passaram a competir em uma divisão própria.

Em condições normais, são esses três que terminam no pódio. Só que a F1 2020 se tornou um campeonato de corridas agitadas, para dizer o mínimo. Não é raro pelo menos um dentre Hamilton, Bottas e Verstappen ter algum problema, ficar pelo caminho e permitir um banho de champanhe de pilotos em carros piores.

O ano começou assim, com Lando Norris fazendo o primeiro top-3 da carreira. Charles Leclerc, longe de ter um carro ótimo, fez o mesmo em dois dos primeiros quatro GPs.

No GP da Itália em Monza, uma corrida única: o trio parada dura da F1 teve problemas e criou um pódio impensável com Pierre Gasly, Carlos Sainz Jr. e Lance Stroll. Uma semana depois, em Mugello, Alexander Albon tirou proveito de corrida intensa para também fazer o primeiro pódio. Em Nürburgring, a quebra de Bottas abriu caminho para o terceiro lugar de Ricciardo, que se repetiu em Ímola após abandono de Verstappen. 

Chegamos ao 12° piloto diferente no pódio em Istambul, e logo em dose dupla. Foi a ver de Sergio Pérez e Sebastian Vettel, beneficiados por corridas decepcionantes de Max Verstappen e Valtteri Bottas.

Restam ainda três GPs até o fim da temporada e, dentre os pilotos do pelotão médio (excluindo Alfa Romeo, Haas e Williams), só Esteban Ocon e Daniil Kvyat ainda não tiveram um banho de champanhe.

A situação é raríssima. Mesmo na sempre celebrada temporada 2012, com sete vencedores diferentes nos sete primeiros GPs, foram 13 pilotos no pódio. É difícil acreditar que a F1 2020 empate com a marca de oito anos atrás, mas isso não é problema. Chegar perto já é uma grande conquista e, além disso, um alento para uma categoria mais democrática.

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