Empatados em duas vitórias em 2021, os pilotos de Yamaha e Ducati aparecem como protagonistas da MotoGP, mas têm trajetórias bastante diferentes na carreira

Fabio Quartararo e Jack Miller são protagonistas na temporada 2021 da MotoGP. Os pilotos de Yamaha e Ducati estão empatados com duas vitórias cada, mas o francês lidera o Mundial com 80 pontos, 16 à frente do competidor de Townsville, que teve um início de temporada mais irregular.

Às vésperas do GP da Itália, sexta etapa da temporada, Miller ganhou a renovação do contrato com a Ducati, garantindo a vaga de titular em 2022. O acerto não chega como surpresa. Afinal, Jack tem correspondido à aposta do time de Borgo Panigale, que o escolheu em detrimento à experiência de pilotos como Andrea Dovizioso e Danilo Petrucci.

Jack Miller e Fabio Quartararo têm trajetórias bem diferentes no Mundial (Foto: Divulgação/MotoGP)

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Do lado da Yamaha, Quartararo também têm recompensado o voto de confiança, já que além de duas vitórias, tem um pódio e três poles. O piloto de 22 anos, aliás, é a única Yamaha no top-4 da classificação, à frente das Ducati de Francesco Bagnaia, Johann Zarco e Miller.

Aproveitando a disputa entre os dois, o GRANDE PREMIUM coloca Lado a Lado as trajetórias dos dois pilotos no Mundial de Motovelocidade.

Quartararo

Nascido em Nice, na Riviera Francesa, em 20 de abril de 1999, Fabio chegou ao Mundial em 2015, correndo com a Estrela Galicia 0,0 na Moto3. Vindo de um bicampeonato no CEV (Campeonato Espanhol de Velocidade), um dos principais celeiros de talentos do campeonato, Fabio chegou com o rótulo de ‘novo Marc Márquez’ e já provocando uma mudança no regulamento para poder estrear aos 15 anos ― na época, era preciso ter 16 para correr na categoria, mas foi criada a exceção para o campeão espanhol.

Depois de duas poles e dois pódios pelo segundo lugar, Quartararo fechou aquele primeiro ano na décima colocação, mas surpreendeu ao trocar a Estrella Galicia 0,0 pela Leopard no ano seguinte. A passagem de Honda para KM, porém, não trouxe bons resultados. O francês passou zerado pela temporada 2016 e fechou o ano em 13º, com 83 pontos.

Apesar de a performance não ter sido exatamente a esperada, Quartararo conseguiu a promoção para a Moto2, para correr com uma Kalex na Pons. O ano com a equipe de Sito Pontos, contudo, também não foi dos mais proveitosos: foram só 64 pontos e a 13ª colocação na tabela.

Fabio Quartararo venceu pela primeira vez na MotoGP no GP da Espanha de 2020 (Foto: SRT)

Mais uma vez, Fabio mudou de equipe e disputou o campeonato de 2018 com a Speed Up. Na escuderia italiana, o piloto conquistou uma pole, um pódio pelo segundo lugar e uma vitória, encerrando a disputa na décima colocação, com 138 pontos.

Este segundo ano na Moto2 foi suficiente para carimbar o passaporte rumo à MotoGP, com a SRT, satélite da Yamaha. A promoção do competidor conhecido pelo #20 foi alvo de críticas, já que os anos anteriores não tinha confirmado a expectativa em torno de Fabio.

No entanto, o primeiro ano foi suficiente para silenciar os críticos. Foram seis poles e sete pódios ― cinco de segundo lugar e dois de terceiro. Quartararo chegou até mesmo a desafiar Marc Márquez pela vitória no caminho para o quinto posto na classificação.

Ano passado, ainda com a escuderia malaia, ‘El Diablo’ foi mais longe. Abriu o campeonato com duas vitórias seguidas e ponteou a classificação durante a maior parte do ano. Sem mais pódios e com uma performance irregular, no entanto, o então companheiro de Franco Morbidelli sucumbiu e fechou o ano apenas em oitavo.

Antes mesmo do início da disputa, porém, a Yamaha tratou de reter a nova joia da MotoGP e contratou Quartararo para ocupar a vaga de Valentino Rossi no time de fábrica. Vestindo as cores oficiais, Fabio não tem decepcionado e, depois de três poles, duas vitórias e um terceiro lugar, lidera a disputa com 80 pontos.

Miller

Nascido em Townsville, na costa nordeste da Austrália, em 18 de janeiro em 1995, Miller chegou no Mundial em 2011, quando fez seis corridas nas 125cc, no mesmo ano em que venceu o Campeonato Alemão de 125cc. A primeira temporada completa veio em 2012, correndo com a RTG.

A chance mais importante chegou em 2014, quando o australiano montou na KTM da Ajo. No time de Aki Ajo, Jack conquistou oito poles, seis vitórias, um segundo lugar e três terceiros e fechou o ano vice-campeão, só dois pontos atrás de Álex Márquez, o campeão daquele ano.

Ao contrário do irmão mais novo de Marc, porém, Miller não seguiu o caminho natural rumo à Moto2. Contratado pela Honda, o australiano subiu direto para a MotoGP, com a LCR. Na primeira temporada, foram só 17 pontos, com a 19ª colocação na tabela.

GP da Holanda de 2016 foi a primeira vitória de Miller na MotoGP (Foto: Repsol)

No ano seguinte, já com a Marc VDS, Jack estreou não só no pódio da MotoGP, mas também no rol dos vencedores, com um inesperado triunfo na pista molhada da Holanda. Depois de fechar o ano em 18º, com 57 pontos, Miller seguiu no time de Marc van der Straten para cumprir o terceiro ano do contrato inicial com a HRC, já com uma melhora na colocação: foi 11º, com 82 pontos.

O destino começou a mudar em 2018, quando chegou à Pramac assumindo a vaga de Scott Redding. Correndo com uma Ducati privada, Jack anotou a primeira pole na MotoGP e fechou a temporada com a 13ª colocação, com 91 pontos. No ano seguinte, com a partida de Danilo Petrucci para o time oficial, Miller defendeu muito bem a equipe, com cinco pódios, todos pelo terceiro lugar.

Ano passado, especialmente na segunda metade do campeonato, Jack se pôs ainda mais forte, conquistou três segundos e um terceiro. O salto para a Ducati, todavia, tinha sido confirmado ainda no início do ano, o que fez com que os bons resultados na Pramac gerassem expectativa.

Depois de mostrar boa forma na pré-temporada, Miller tardou a engrenar, mas agora soma duas vitórias consecutivas e vai reconstruindo o plano de ataque ao título da MotoGP.

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