Fabio Quartararo já é o mais bem sucedido entre os pilotos franceses que competiram na classe rainha do Mundial de Motovelocidade. E tudo isso com só duas vitórias na MotoGP no currículo!

Nascida como uma canção revolucionária em 1792, A Marselhesa é mesmo a trilha sonora ideal para ilustrar o atual momento da França na MotoGP. Tal qual diz o segundo verso do hino composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle, “o dia da glória chegou”. E, no caso das duas rodas, pelas mãos de Fabio Quartararo.

Aos 21 anos, o piloto de Nice recém conquistou a segunda vitória na MotoGP, mas já é o francês mais laureado da história da classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Antes de Fabio, o país hoje governado por Emmanuel Macron tinha apenas três vitórias na divisão principal: com Pierre Monneret no GP da França de 1954, com Christian Sarron no GP da Alemanha de 1985 e com Régis Laconi no GP da Comunidade Valenciana de 1999.

Fabio Quartararo comemorou na Andaluzia à la Kylian Mbappé (Foto: Divulgação/MotoGP)

Nascido em 12 de janeiro de 1931, Monneret vinha de uma família de motociclistas ― o pai Georges e o meio-irmão Philippe também corriam ―, mas teve uma carreira breve no Mundial. No total, foram apenas dez GPs: um nas 125cc, dois nas 350cc e sete nas 500cc.

Na classe menor, Pierre disputou o GP da Bélgica de 1956, com uma moto Gilera, e terminou em terceiro, somando os quatro pontos que lhe renderam a nona colocação na classificação final do campeonato. Nas 350cc, foram duas corridas com a AJS, uma em 53, onde conquistou o segundo lugar, e uma em 54, que terminou com uma vitória no GP da França.

A estreia de Monneret na classe rainha aconteceu também em 54, com uma moto da Gillera. E foi justamente no debute que o francês venceu a corrida disputada em Reims. No ano seguinte, Pierre conseguiu um segundo lugar e, em 56, foi ao pódio três vezes, sempre na terceira colocação. A melhor campanha foi justamente a de 56, com o quarto lugar no Mundial de Pilotos.

Natural de Clemont-Ferrand, Sarron teve uma carreira mais longa, com 120 GPs no Mundial: 23 nas 250cc, 14 nas 350cc e 83 nas 500cc. Nas 250cc, Christian conseguiu quatro vitórias ― nos GPs da Alemanha Ocidental de 1977, da Finlândia de 1982, da Suécia de 1983 e da Grã-Bretanha de 84 ―, um total de 12 pódios e o título de 1984.

Pelas 350cc, o piloto nascido em 27 de março de 1955 não venceu, mas foi ao pódio em quatro oportunidades. Na divisão principal, então 500cc, foi um único triunfo, conquistado no GP das Nações de 1985, disputado em Mugello, na Itália. Além disso, Sarron conquistou outros 15 pódios na categoria e teve o melhor resultado no campeonato com os terceiros lugares de 85 e 89.

Vindo de Saint Dizier em 8 de julho de 1975, Laconi soma exatos 100 GPs no Mundial de Motovelocidade: um nas 125cc em 1992, 28 nas 250cc entre 95 e 96 e 71 entre 500cc e MotoGP a partir de 97.

Nessas cem corridas, entretanto, Régis somou apenas dois pódios, ambos em 99, quando corria com a Red Bull Yamaha: uma vitória do GP da Comunidade Valenciana e um terceiro lugar no GP da Austrália. No mesmo ano, Laconi também conquistou a pole em Valência.

A mais nova joia da coroa francesa, por sua vez, já acumula 88 GPs no Mundial: 31 na Moto3 entre 2015 e 2016, 36 na Moto2 nos dois anos seguintes e 21 na MotoGP até a etapa da Andaluzia do último dia 26 de julho.

Na classe menor, que substituiu as 125cc a partir de 2012, foram apenas dois pódios, ambos pelo segundo lugar na temporada de estreia, e duas poles. A melhor performance no campeonato foi também em 2015, quando fechou o ano em décimo no Mundial de Pilotos. Na substituta das 250cc, Fabio passou batido no ano de estreia, mas, em 2018, montado na Speed Up, conseguiu uma vitória ― no GP da Catalunha ― e um segundo lugar ― no GP da Holanda, o que rendeu um décimo lugar no Mundial.

Fabio Quartararo só perde para Marc Márquez em precocidade (Foto: SRT)

Bicampeão do CEV (Campeonato Espanhol de Velocidade) de Moto3 ― que, a partir de 2015, passou a se chamar Mundial Júnior de Moto3 ―, Quartararo chegou ao Mundial com o rótulo de ‘novo Marc Márquez’, mas decepcionou nas classes menores. Ainda assim, conseguiu um então surpreendente salto para a MotoGP.

Depois de conseguir um acordo para ser equipe satélite da Yamaha, a SRT tentou negociar para ter Dani Pedrosa ao lado de Franco Morbidelli, mas, com a opção do #26 pela aposentadoria, acabou enxergando em Fabio uma possibilidade. Ciente de que a promoção veio acompanhada por questionamentos, o #20 logo tratou de calar os críticos: em 2019, somou seis poles, sete pódios ― cinco de segundo lugar e dois de terceiro ― e fechou o ano com a quinta colocação no campeonato.

Depois de brilhar inclusive por disputar a vitória com Marc Márquez até os metros finais nos GPs de San Marino e da Tailândia em 2019, ‘El Diablo’ começou a temporada corrente em alta, encerrando no GP da Espanha um jejum de vitórias da França que durou quase 21 anos. Não satisfeito, Fabio dominou o GP da Andaluzia e, aos 21 anos e 97 dias, se tornou o segundo mais jovem a vencer corridas seguidas na MotoGP, atrás apenas de Marc Márquez, que venceu os GPs da Alemanha e dos Estados Unidos de 2013 aos 20 anos e 154 dias.

Além disso, Fabio é também o sexto piloto a vencer as primeiras duas corridas da classe rainha com um intervalo de apenas sete dias, ao lado de Umberto Masetti, Fary Hocking, Johnny Cecotto, Kenny Roberts e Kenny Roberts Jr.

Com o mais velho dos Márquez no estaleiro após uma fratura no braço direito, Fabio foi quem melhor aproveitou a abertura da temporada: o francês soma 50 pontos na liderança do campeonato, dez a mais que Maverick Viñales, o segundo na tabela. A ver se ele manterá o mesmo fôlego nas provas 12 provas restantes.

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