É uma pena que a divertida temporada tenha terminado com um GP de Abu Dhabi tão monótono quanto esse dos Emirados Árabes Unidos

Depois de um 2020 em que a Fórmula 1 conseguiu organizar um campeonato completo, conhecer territórios novos e visitar velhas praças, com ótimas corridas no caminho, é uma pena realmente que tenha acabado no GP de Abu Dhabi do último domingo. O evento está certamente na lista dos mais monótonos do ano, talvez no top-1. Agora, F1 apenas no mês de março.

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A melhor nota para a corrida do fim de semana ficou para Max Verstappen. Não podia ser diferente: o holandês liderou os treinos livres, fez a pole e controlou a corrida para jamais ser incomodado. Por muito pouco, ficou sem a volta mais rápida, mas não muda a atuação irrepreensível.

Já as piores notas ficaram com a dupla de pilotos da Haas. Kevin Magnussen se despedia da Fórmula 1, enquanto Pietro Fittipaldi substituía Romain Grosjean pela segunda e última vez. Na realidade, como o leitor ainda verá, a pior nota de verdade foi a da corrida. Os pilotos acabaram poupados, de certa forma.

As notas do Ranking GP são distribuídas por Gabriel Curty, Pedro Henrique Marum e Vitor Fazio.

Red Bull comemora vitória de Verstappen (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

1°) Max Verstappen – 9.5 – Foi uma grata surpresa no encerramento da temporada. Fez a pole-position e, com performance dominante, talvez tenha dado uma prévia de como o futuro da Fórmula 1 será. Pena que a dupla da Mercedes nem conseguiu brigar pela liderança para valer.

2°) Valtteri Bottas – 7.5 – Reagiu após a atuação terrível no GP de Sakhir, mas não fez muito mais do que o feijão com arroz. Merece aplausos por superar Hamilton, mas precisava de mais ritmo para ameaçar Verstappen. Terminar 15s atrás de um carro pior não foi muito legal.

3°) Lewis Hamilton – 7.0 – Poderia receber uma colher de chá por ainda se recuperar da Covid-19, mas a verdade é que não foi a melhor atuação. Provavelmente por conta do desgaste físico acentuado, o britânico foi inofensivo do começo ao fim. Uma pena: a briga pelo menos por um segundo lugar seria bem vinda.

Pierre Gasly viveu grande 2020 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

4°) Alexander Albon – 7.5 – Finalmente se portou como um bom segundo piloto. Não foi ao pódio, mas andou bem e chegou até mesmo a flertar com uma briga com ninguém menos que Hamilton nas voltas finais. Pena que talvez já seja tarde demais, com a vaga na Red Bull em vias de ficar com Pérez…

5°) Lando Norris – 7.5 – Deixou bem claro como a McLaren superou a Racing Point: através de pilotagens constantes de seus pilotos. Norris não brilhou, mas nem precisava: o importante era não cometer erro algum e tomar conta do pelotão intermediário, algo que já estava encaminhado depois do quarto lugar na classificação.

6°) Carlos Sainz Jr. – 7.0 – Seguiu a cartilha do companheiro, mas uma posição atrás. O espanhol seguiu se mostrando um piloto extremamente regular e, de quebra, que sabe cooperar dentro de uma equipe. São qualidades que a Ferrari vai adorar em 2021.

7°) Daniel Ricciardo – 7.0 – Com uma Renault que não ornou muito bem com Abu Dhabi, soube fazer a estratégia de pneus funcionar para ganhar terreno. O interminável stint com pneus duros valeu a pena e quase permitiu briga com a McLaren nas voltas finais.

8°) Pierre Gasly – 7.5 – Não foi tão espetacular em semanas anteriores, mas reagiu nessa. O francês colocou ordem na casa ao derrotar Kvyat e mandou bem ao não hesitar em ultrapassagens no pelotão médio. Que no futuro tenha a chance de brigar por posições melhores.

9°) Esteban Ocon – 6.5 – Teve mais dificuldades que Ricciardo para fazer a estratégia funcionar, mas terminou a jornada em Abu Dhabi com um saldo positivo. O francês entrou na zona de pontos e parecia destinado a terminar em décimo, mas foi oportunista ao ultrapassar Stroll na volta final.

10°) Lance Stroll – 5.0 – Deixou claro que não é confiável em situações de alta pressão. O canadense só precisava acompanhar a dupla da McLaren para manter a Racing Point em terceiro no Mundial, mas fez exatamente o contrário: acabou com os pneus e só andou para trás. Cadê o sempre prometido amadurecimento?

GP de Abu Dhabi marcou fim da história de Vettel na Ferrari (Foto: Ferrari)

11°) Daniil Kvyat5.5 – Foi prejudicado pelo safety-car e pela parada dupla da AlphaTauri, sim, mas precisava ser mais ofensivo na reta final da corrida. Não o fez e pagou por isso: a provável despedida da F1 se deu batendo na trave e ficando sem pontos. Pena.

12°) Kimi Räikkönen – 7.0 – Não teria como pontuar em uma corrida quase sem abandonos, mas merece aplausos. O finlandês não só foi melhor que todos do fim do grid como também superou a dupla da Ferrari, consequência de uma estratégia de pneus acertada. Deixa claro que ainda tem lenha para queimar.

13°) Charles Leclerc – 5.0 – Viu a corrida começar a dar errado ao perder posição para Vettel na largada e nunca mais se recuperou direito. Além de perder tempo nas primeiras voltas, foi agraciado com uma estratégia errada da Ferrari ao não parar sob safety-car. Longe de ser o dia mais brilhante do ano.

14°) Sebastian Vettel – 5.0 – Ganha pontos por segurar Leclerc nas primeiras voltas, perde por terminar atrás mesmo assim. O alemão perdeu muito tempo com a estratégia da Ferrari e não conseguiu recuperar terreno com pneus mais novos. A melhor parte do dia foi a música de despedida da equipe.

15°) George Russell – 5.5 – Depois de ver um sonho virar pesadelo em Sakhir, voltou a ter um dia mais tranquilo na F1. A temporada do britânico se encerrou com uma atuação digna pela Williams mas sem muito destaque. O único foi superar uma Alfa Romeo.

Pérez ampara mecânico após o abandono (Foto: Racing Point)

16°) Antonio Giovinazzi – 5.0 – Outro traído pela estratégia errada de não parar sob safety-car. O italiano desabou após o pit-stop e não conseguiu nem superar Russell, o que não deveria ser difícil em outras condições. Pelo menos não cometeu erro sério na pilotagem.

17°) Nicholas Latifi – 5.0 – Sobrou na comparação com a dupla da Haas, o que não é tão simples assim. Segue sem superar o companheiro Russell, mas foi menos errático do que de costume. E é isso que o canadense precisa para evoluir em 2021.

18°) Kevin Magnussen – 4.5 – Recebeu de presente na despedida da Haas um carro tenebroso. O dinamarquês poderia talvez terminar na frente de Latifi, mas o pit extra no fim acabou com qualquer chance. Outro que pagou caro por não parar no safety-car.

19°) Pietro Fittipaldi – 4.5 – Só fez uma corrida ótima para quem tinha expectativas baixas. É que o brasileiro seguiu por volta de 0s3 mais lento que Magnussen, tanto em corrida quanto em classificação. A desculpa do pit extra no fim não cola, já que o dinamarquês teve de fazer o mesmo. Dito isso, fez um trabalho honesto, dadas as condições.

NC – Sergio Pérez – 6.0 – Poderia ser o antídoto contra soninho na corrida, já que buscava reação após largar em último. Um motor falho apareceu no caminho, frustrando a despedida da Racing Point e a caça ao terceiro lugar no Mundial de Construtores.

A última largada da F1 em 2020 (Foto: Mercedes)

GP de Abu Dhabi – 4.0 – Após boa sequência, um GP de Abu Dhabi absolutamente mortificante encerrou 2020. De positivo, o controle total de Verstappen, que pouco conseguiu andar na frente em 2020. Com um carro, todos sabem, briga em cima. Além de todas as despedidas, pouco vai dar para lembrar deste fim de semana.

Melhor GP – GP da Itália – 9.5
Pior GP – GPs da Espanha, Bélgica e Abu Dhabi – 4.0
Média – 6.6

Média dos pilotos após GP de Abu Dhabi

1°) Lewis Hamilton – 8.5
2°) Max Verstappen – 7.5
3°) Sergio Pérez – 7.3
3°) Nico Hülkenberg – 7.3
5°) Pierre Gasly – 7.1
6°) Daniel Ricciardo – 6.8
7°) Carlos Sainz Jr. – 6.7
8°) Lando Norris – 6.6
9°) Esteban Ocon – 6.4
10°) Charles Leclerc – 6.2
11°) Valtteri Bottas – 6.0
12°) Daniil Kvyat – 5.9
13°) Lance Stroll – 5.6
14°) Jack Aitken – 5.5
15°) Kimi Räikkönen – 5.4
15°) Alexander Albon – 5.4
17°) Sebastian Vettel – 5.2
17°) George Russell – 5.2
19°) Romain Grosjean – 5.0
20°) Antonio Giovinazzi – 4.9
20°) Kevin Magnussen – 4.9
22°) Pietro Fittipaldi – 4.8
23°) Nicholas Latifi – 4.6

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