O GP de Portugal foi daqueles que enche os olhos logo de cara. Com duas primeiras voltas sensacionais, é verdade que a corrida não conseguiu manter o mesmo ritmo, mas ainda ofereceu bastante. Uma das provas mais divertidas do ano

Em apenas alguns metros, Portimão impressionou muita gente e deixou claro que a F1 ficou tempos demais fora de Portugal. De presente, um recorde de Lewis Hamilton na caixa: a vitória 92. E a melhor volta de abertura do ano, um presente de Kimi Räikkönen. Valeu o tempo do público.

A maior nota da corrida ficou dividida entre dois pilotos: um, claro, Hamilton. Após primeira volta confusa, onde caiu até para a McLaren, recuperou-se rapidamente e, de forma sorrateira, deixou Valtteri Bottas para trás e venceu com sobras. O outro foi Pierre Gasly, em mais um dia iluminado levando a AlphaTauri ao top-5.

Já a pior nota foi de Lance Stroll. Além das circunstâncias que envolveram a chegada dele ao país, o canadense ainda teve a manha de bater no treino livre, na corrida, ser xingado por todos os lados e, de quebra, receber pontos na carteira pela barbeirada.

As notas do Ranking GP são distribuídas por Gabriel Curty, Pedro Henrique Marum e Vitor Fazio.

Lewis Hamilton chegou ao mágico número de 92 vitórias na F1 (Foto: Mercedes)

1º) Lewis Hamilton – 9.0 – Lewis Hamilton venceu e isso já deixou de ser uma novidade faz muito tempo. No entanto, o GP de Portugal foi de recorde de triunfos: 92 a 91 de Michael Schumacher. Mais do que isso, foi também de mais uma demonstração de como o talento do inglês faz a diferença, já que perdeu a dianteira para Valtteri Bottas, mas recuperou com ultrapassagem de pista sem nem tomar conhecimento.

2º) Valtteri Bottas – 7.0 – O segundo lugar de Bottas também está dentro do padrão, mas o finlandês teve um daqueles dias difíceis de aceitar. Quando finalmente liderou, deixando Hamilton para trás, foi incapaz de manter a vantagem e viu Hamilton fazer com facilidade aquilo que ele, Bottas, não consegue: apertar o ritmo e passar. Ainda voltou a ter problemas com consumo excessivo dos pneus.

3º) Max Verstappen – 7.0 – Max teve mais uma bela performance e manteve aquela história de: se chegar ao final da corrida, é pódio. O holandês ficou em terceiro, mas perde uns pontinhos aqui por dois toques com duas Racing Point. No TL2, uma batida completamente evitável com Lance Stroll, ainda que o canadense tenha sido o principal culpado. Depois, na corrida, colidiu com Sergio Pérez e deu muita sorte de não ter quebrado nada. Não foi propriamente culpado em ambos, mas poderia ter os evitado.

Pierre Gasly foi responsável por mais uma grande exibição em 2020 (Foto: AlphaTauri)

4º) Charles Leclerc – 8.5 – Corridão do Leclerc, hein? É verdade que a comparação com Vettel tem ajudado bastante, mas o monegasco parece estar alguns níveis acima do que a Ferrari realmente pode entregar. Classificou na segunda fila, levou 12 pontos para casa. Temporada de alto nível e de maturidade.

5º) Pierre Gasly – 9.0 – Falando em temporada de alto nível, o que podemos falar de Gasly, hein? O francês parece que fica melhor a cada corrida e tem deixado a AlphaTauri sempre na zona de bons pontos. Em Portugal, foi quem mais fez grandes ultrapassagens, incluindo uma por fora em cima de Pérez. Sobrando em 2020.

6º) Carlos Sainz Jr. – 8.0 – No todo, a corrida de Sainz nem foi essa maravilha toda, mas aquela primeira volta foi coisa de cinema. O espanhol saiu de sétimo para primeiro como se estivesse guiando sozinho em Portimão, mostrando uma habilidade incrível com os pneus frios e numa garoa que caía no traçado.

7º) Sergio Pérez – 8.0 – O resultado final foi decepcionante para o que a Racing Point projetava, sem dúvidas, mas as circunstâncias foram marcantes. Sem culpa no toque com Verstappen, Checo caiu para último e precisou de uma mistura de ritmo forte com gerenciamento de pneus para não botar tudo a perder. Tivesse duas voltas a menos, seria quinto colocado. Mas belo resultado com tudo que rolou.

8º) Esteban Ocon – 8.0 – 54 voltas com o mesmo jogo de pneus é uma coisa de louco. Ocon se fez valer de um controle absoluto do equipamento para arrumar 4 pontinhos em uma pista que não estava muito legal para a Renault. Finalmente ganhou de Ricciardo, corrida fundamental para sua confiança.

9º) Daniel Ricciardo – 6.5 – A batida na classificação comprometeu um pouquinho as coisas, mas o nono lugar foi meio natural pelo que vimos da ordem de forças em Portugal. Prova mediana de Daniel, mas atrás de Ocon.

10º) Sebastian Vettel – 5.0 – Muito, muito atrás de Leclerc. Outra vez. Em Portugal, novamente caiu feio no Q2, mais uma vez não conseguiu frequentar a zona de pontos e foi arrumar um top-10, na bacia das almas, levando a melhor contra Kimi Räikkönen, que tem nas mãos um carro bem inferior. Está feia a coisa no fim da passagem do alemão pela Ferrari.

Kimi Räikkönen foi responsável pela melhor primeira volta do ano (Foto: Alfa Romeo)

11º) Kimi Räikkönen – 7.5 – Uma das grandes largadas da história da Fórmula 1, não há exagero em dizer isso. Kimi aproveitou-se dos pneus macios um pouco mais aquecidos que os médios de tantos rivais, é verdade, mas passou também outros tantos pilotos que largavam na mesma situação que ele. Ficar sem ponto foi um detalhe, mas merece muitos aplausos. É o Kimi com gana de correr que queremos.

12º) Alexander Albon – 3.5 – Tem ficado muito repetitivo falar das corridas de Albon. No momento, ele simplesmente está terminando lá atrás sem que nada de muito grave aconteça. Não tem ritmo, não consegue cuidar dos pneus, não tem feito ultrapassagens, tem tomado punições. Está terrível.

13º) Lando Norris – 6.5 – Tomou uma senhora pancada de Stroll que estragou sua corrida, mas não era mesmo uma prova que prometia grandes coisas. Talvez um ou dois pontinhos tenham ficado pelo caminho, mas o normal seria mais uma corrida um pouco atrás de Sainz. Fez também uma bela largada.

14º) George Russell – 6.0 – Era uma etapa em que a Williams não tinha absolutamente qualquer chance, então ficamos mesmo com a análise da classificação: bom trabalho, de novo, ao levar o time ao Q2.

15º) Antonio Giovinazzi – 5.0 – Não está bom, mas não está trágico. Chegou em uma posição condizente com o nível do carro. Leva uma nota bem mediana por tudo isso, além de ter sido bem pior que Kimi.

A corrida de Lando Norris começou promissora, mas foi destruída pelo erro de Lance Stroll (Foto: McLaren)

16º) Kevin Magnussen – 4.5 – Péssima fase do dinamarquês que deve deixar o grid da F1 em 2021. Pelo menos terminou na frente de Grosjean, mas foi apagadíssimo e o segundo pior das equipes Ferrari.

17º) Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean – 4.5 – Pior ainda do que Magnussen, mas passou boa parte da corrida na frente do companheiro. Em geral, tiveram corridas praticamente idênticas. E ambas fracas, claro.

18º) Nicholas Latifi – 4.0 – Sim, não havia nada o que se esperar da Williams na corrida portuguesa, mas Latifi sempre dá um jeito de ir bem pior. Muito longe de Russell, só ficou na frente de Kvyat.

19º) Daniil Kvyat – 3.5 – Confesso que ficamos aqui pensando se aconteceu algo com Kvyat, fomos até ler as explicações dele e só há reclamação com vento e estado dos pneus, mas nada muito concreto. Um dia terrível no escritório para o russo, ainda mais com Gasly no top-5.

NC) Lance Stroll – 1.5 – Talvez 1,5 seja até muito para o papelão todo de Stroll. Ignorou sintomas de Covid-19 em Eifel, omitiu a doença por dias até chegar em Portugal e só fez besteira na pista. Bateu com Verstappen no TL2, classificou muito mal e bateu em Norris na corrida. Um horror.

A largada do GP de Portugal (Foto: Mercedes)

GP de Portugal – 8.0 – Não foi um épico, é verdade, mas a pista dá todas as oportunidades para que seja. E a prova começou de maneira notável, com duas voltas de pura loucura ajudadas também, é verdade, pelo desconhecimento geral sobre a pista e pelo asfalto recém-recapeado. Por nós, tudo bem.

Melhor GP – GP da Itália – 9.5
Pior GP – GPs da Espanha e Bélgica – 4.0
Média – 6.6

Média do ano após GP de Portugal

1°) Lewis Hamilton – 8.5
2°) Max Verstappen – 7.5
3°) Nico Hülkenberg – 7.3
3°) Pierre Gasly – 7.3
5°) Daniel Ricciardo – 6.9
6°) Sergio Pérez – 6.8
7°) Valtteri Bottas – 6.6
8°) Lando Norris – 6.5
9°) Esteban Ocon – 6.4
10°) Charles Leclerc – 6.3
10°) Carlos Sainz Jr. – 6.3
12°) Daniil Kvyat – 5.7
13°) Lance Stroll – 5.6
14°) Alexander Albon – 5.4
14°) Kimi Räikkönen – 5.4
16°) Romain Grosjean – 5.2
17°) George Russell – 5.0
18°) Kevin Magnussen – 4.9
18°) Sebastian Vettel – 4.9
20°) Antonio Giovinazzi – 4.8
21°) Nicholas Latifi – 4.5

*Com Gabriel Curty e Vitor Fazio

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