Mesmo com a mudança no equilíbrio de forças da Formula 1 em 2021, o resultado final continua o mesmo

Quando a temporada 2021 da Fórmula 1 começou, era claro que a categoria tinha um novo equilíbrio de forças: a Red Bull teria o (ligeiramente) melhor carro do grid, com Lewis Hamilton e a Mercedes tendo que se esforçar mais para conquistar o título. Porém, chegamos à classificação da segunda prova do ano, o GP da Emília-Romanha, com uma surpresa: pole do heptacampeão.

Quer dizer, surpresa para o próprio piloto. Afinal, se este que vos escreve tivesse dinheiro para apostar, teria colocado essa grana em Hamilton. A parte surpreendente da surpresa é que ela trouxe o resultado mais esperado possível, e o mais comum desde 2014.

De qualquer forma, o piloto realmente andou mais do que o esperado hoje, em Ímola. Na sexta e no treino livre de sábado, Hamilton esteve quietinho, digamos assim – meio que guardando as forças para a hora de buscar a pole.

O companheiro dele, Valtteri Bottas, até que teve destaque nos treinos livres, mas, na classificação, o finlandês ficou quase 0,5s atrás do companheiro de equipe – o que, ainda mais neste ano, é uma diferença enorme. Não é por menos que a Mercedes #77 irá largar apenas na oitava posição.

Todo mundo sabe que o Hamilton é melhor que o companheiro de equipe, mas essa diferença em Ímola dá uma boa dimensão do feito do inglês.

Em Ímola, Pérez largará em segundo pela primeira vez na carreira (Crédito: Red Bull / Twitter)
Em Ímola, Pérez largará em segundo pela primeira vez na carreira (Crédito: Red Bull / Twitter)

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Em segundo, outra surpresa – essa, talvez, realmente surpreendente: Sergio Pérez, conquistando uma primeira fila inédita na carreira. Checo não vem tendo um começo de Red Bull fácil, e o acidente com Esteban Ocon na sexta deixou tudo mais complicado. Fora que Max Verstappen tem um reino para chamar de seu no time austríaco.

Um tempo de adaptação para o mexicano na nova casa era de se esperar, mas essa segunda posição deixará os torcedores do piloto mais felizes.

E poderia ser ainda mais: na entrevista pós-classificação, Pérez disse que errou na última curva e que ele poderia ter feito a pole. Quando vemos os tempos parciais, realmente o piloto perdeu tempo no último trecho da pista.

Claro que todas essas surpresas caem, de alguma forma, no colo de Verstappen. O holandês foi apenas terceiro, quando se esperava mais dele.

De qualquer forma, a diferença entre eles – que, pelo que se desenha, vão ser os protagonistas do ano – foi quase irrisória: 0.035s entre os dois primeiros, e 0.097 entre os três primeiros.

Lando Norris, da McLaren, poderia ter sido outra surpresa. O inglês fez um verdadeiro temporal com o seu carro laranja. Teria ficado entre os três primeiros, mas teve a melhor volta no Q3 deletada por ultrapassar os limites de pista. Acabou atrás do companheiro, Daniel Ricciardo, que vem sofrendo nesse começo de McLaren.

Aliás, a F1 se enrolando com essa regra dos limites de pista não é nenhuma surpresa.

Charles Leclerc colocando a Ferrari em quarto e Pierre Gasly com a AlphaTauri em quinto não são necessariamente surpresas, mas revelam como os dois francófonos são rápidos e consistentes. Merecem carros melhores do que possuem na mão, ainda que os times italianos estejam até que superando o esperado – principalmente em uma volta rápida.

A Williams não tem mais um “carro de F2” na F1 (Crédito: Williams / Twitter)

Fechando as surpresas, é bonito ver a Williams passando para o Q2 com os dois carros, ainda mais em Ímola, uma pista de más lembranças para os ingleses. A histórica equipe teve tempos muito difíceis nos últimos anos e, nesta era pós-Frank e Claire Williams, parece que finalmente está encontrando algum rumo para se recuperar.

Claro, estamos falando apenas de uma classificação. Mas sentir que a Williams não tem mais o pior carro disparo da categoria já é um alento. O caminho pela frente é, ainda, muito longo. Não será fácil.

Agora é o momento de controlar a ansiedade para amanhã. Será interessante ver Pérez (de pneus macios) largando ao lado de Hamilton (com calçados médios), com a prerrogativa de atacar o heptacampeão. Verstappen em terceiro também pode dar um belo salto até a primeira curva. E, obviamente, Hamilton tem a faca e o queijo na mão para impor o seu ritmo e vencer.

Se fosse para apostar, diria: teremos um GP em Ímola cheio de emoções e surpresas, com vitória do atual campeão.

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