Equipes não admitiriam, nem para elas mesmas, que premiação em dinheiro da Liberty Media vale mais do que conquista entre Pilotos. Sem compromisso de bater Hamilton, Pérez pode ajudar Verstappen simplesmente tirando um mísero pontinho do inglês

Dificilmente, uma equipe de Fórmula 1 irá admitir, até para ela mesma, que financeiramente é melhor conquistar o Mundial de Construtores do que o de Pilotos. A questão, analisada puramente pelo lado do dinheiro, pode ser levada em conta neste sábado (20), na classificação para o GP do Catar, sob a ótica do ponto extra para volta mais rápida. Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull) dividirão a primeira fila, com os escudeiros Valtteri Bottas em terceiro e Sergio Pérez só na 11ª colocação. 

A largada para a prova no circuito de Losail acontecerá neste domingo, às 11 horas (de Brasília), com ao vivo e tempo real do GRANDE PRÊMIO. A corrida noturna no deserto, com 57 voltas, será a 20ª das 22 etapas previstas no calendário de 2021 — os compromissos na Arábia Saudita (em 5/12) e em Abud Dhabi (12/12) encerrarão a temporada. 

Tanto Bottas, quanto Pérez, precisariam cumprir a difícil missão de chegar à frente dos seus rivais postulantes ao título para que justamente o companheiro tenha vantagem na classificação final. De nada adianta para a Mercedes, por exemplo, a atual configuração do grid com o finlandês uma posição atrás do holandês. É aí que o mexicano, largando lá atrás, pode ter um bom desempenho para o time.

O ponto extra para a volta mais rápida, usado ainda nos primórdios da categoria, em 1959, voltou 60 anos depois para o piloto que fizer a volta mais rápida e estiver entre os dez primeiros colocados. Pois de 2019 para cá, nunca este pontinho foi tão estudado pelas equipes. Como Verstappen estará preocupado em ultrapassar Hamilton e assim manter a liderança do campeonato, dificilmente, irá conseguir fazer a estratégia de colocar pneus macios nas voltas finais e ficar ele com o melhor tempo. Pérez, com a corrida já comprometida, pode livremente fazer esse papel desde que ganhe uma posição em relação à largada.

Lewis Hamilton, Mercedes, GP do Catar 2021,
Hamilton está 14 pontos atrás de Vertappen na classificação (Foto: Reprodução/Twitter/@MercedesAMGF1)

Mas nem assim dá para negar que Pérez deixou a Red Bull a pé no meio do deserto, na briga com a Mercedes. Ninguém irá pensar em colocar o seu piloto em uma má posição no grid, já que o ideal é sempre andar na frente. O #11,que vem de três pódios na últimas quatro corridas, fez uma volta ruim e não avançou para o Q3. Apesar de ter feito um ótimo segundo setor, perdeu muito tempo na primeira e na última parte do circuito de 5.380 metros e ficou a 0s105 de Carlos Sainz Jr., da Ferrari.

Na garagem rival, o #77, em suas últimas corridas pela Mercedes, até teria condições de brigar pela pole-position, mas foi atrapalhado por uma bandeira amarela nos minutos finais, provocada por uma quebra da asa dianteira, seguida de um estouro de pneu, de Pierre Gasly, da AlphaTauri.

Max Verstappen, Red Bull, GP do Catar 2021
Verstappen pode esperar que Pérez tire ponto extra da Mercedes (Foto: Reprodução/Twitter/@RedBullRacing)

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A Mercedes tem 521,5 pontos no Mundial de Construtores, só 11 à frente da Red Bull. Ainda que com os prejuízos causados pela covid-19 na temporada passada, a campeã Mercedes recebeu US$ 124 milhões em premiação da Liberty Media para a atual temporada. Entre os pilotos, Verstappen tem 332,5 pontos, 14 a mais que Hamilton.

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